Capítulo 10 - Almoço em família

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A noitada com o Gustavo ontem foi muito divertida, mesmo que tenha bebido um pouco além da conta. Acho que eu fiquei um pouco nervosa com o almoço de hoje e talvez também porque a postagem com as fotos que ele tirou saíram ontem também. Talvez perdesse minha companhia de fodas e coisas aleatórias. E na boa, precisa de motivo para encher a cara? Acho que a vida adulta por si só já é mais que suficiente.

Eu nem faço ideia de como acordei na minha cama hoje de manhã, só sei que estava só de sutiã e calcinha, o que pode indicar que transei bêbada e não é bom sinal. Foi ai que ouvi algum som vindo da cozinha, será que era o Gustavo fazendo café? Ele dormiu aqui? Fui para a sala e a mesa já estava posta me esperando e claro que eu perguntei se fizemos alguma coisa na noite anterior, ele afirmou que não, mas não significa que ele não queria, só que eu estava fora do meu estado normal. Quem me dera todos os caras com quem já sai fossem assim. Seria mais provável eu acordar pelada, com um bilhete ridículo e uma cama vazia se fosse outra pessoa. Bem, eu acabei vomitando nele – que mico meu pai -, mas mesmo assim, ele me limpou e ficou aqui caso precisasse. Não sei se o G faz essas coisas porque ele é meu fã – nem sei se a visão dele sobre mim é essa – ou se ele gosta de mim ou porque ele é assim mesmo. Não estou fazendo drama, só estou me questionando e bem que eu queria ter a cara de pau de perguntar para ele.

Bom, a transa só foi adiada para agora de manhã. E como todas as outras vezes foi bem gostoso, tanto que perdemos a noção da hora e tivemos que nos arrumar correndo para ir para a casa dos meus pais. Gustavo correu para o apartamento dele para tomar banho e se ajeitar e eu fiz o mesmo aqui. Encontramo-nos novamente no estacionamento. Eu coloquei um vestido florido, mas fresquinho com sandália. Já ele colocou um short colorido, uma regata sobreposta a uma camisa de botões, com chinelo. Ele estava até bem largado, mas são o tipo de roupa que meu irmão usa, então acho que não tem problema quanto a isso.

Era um pouco distante do nosso condomínio, então demorou um pouco, mas nada que uma boa playlist não resolvesse. Bom, Gustavo ficou rindo da minha empolgação com algumas músicas, porque a lista era minha. Bom, não posso fazer nada quanto a meu gosto musical um pouco diferente. Ele deve ter notado isso ontem lá na boate, já que algumas dessas músicas tocaram lá também.

Logo estávamos mais no subúrbio, onde tem casas bem mais antigas e menos prédios. Entrei em várias ruas menores e finalmente chegamos. Pois é, meus pais moram bem longe de mim, o que é bom. Descemos e meu pai já estava na varanda.

- Helena, filha, seja bem-vinda. – disse assim que me viu e foi abrir o portão – E esse quem é?

- Esse é o Gustavo, um amigo.

- É um prazer, senhor... – disse apertando a mão do meu pai

- Roberto. – completou – Venham, entrem. Sua mãe está na cozinha.

Entramos e fui lá falar com a minha mãe e já encontrei com algumas tias e primas curiosas demais pelo meu acompanhante. Cumprimentei a todas e Gustavo foi simpático. Dei um abraço apertado na minha mãe que logo retribuiu. Tinha que ver o sorriso que ela deu quando viu o G.

- Ora, dessa vez veio com o namorado?

- Ele não é meu namorado. É um amigo!

- Amigo... Sei...

- Prazer, - ele se pronunciou – sou Gustavo.

- É um prazer, eu sou Rita. E você é o que da minha filha?

- Sou só um amigo. – sorriu amarelo

- Irmã... – gritou Marina descendo as escadas

A gente se abraçou com vontade, eu e minha irmã nos damos muito bem. Veio seguida da Bia, que eu tenho certeza que é a prima que lê meu blog. Elas cumprimentaram e se apresentaram ao Gustavo, que foi lá para fora depois.

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