Acordo pouco antes do horário marcado, tinha que estar no subsolo antes do príncipe.
Antes de descer confiro meu filho que dormia serenamente, seu quarto estava um verdadeiro caos já que na tarde anterior ele e uns amigos brincaram ali, havia brinquedos por todos os quantos. Adentro o cômodo, pego um papel e um caneta, escrevo um bilhete para que arrume o local antes do café, colo na parte de dentro da porta e enfim me dirijo ao subsolo.Uma leve movimentação preenchia o cômodo, soldados iam de um lado para o outro, Levy caminha até mim com um sorriso nos lábios, havia combinado com ele o que fazer na tarde anterior, o mesmo já havia começado a trabalhar, me surpreendendo com uma mesa posta de diversas pistolas, fuzil, e suas munições categoricamente organizadas a direita de cada arma. A sua frente um alvo estrategicamente posicionados a uns seis metros de distância. Sorrio satisfeita.
- Zeloso como sempre.- Elogio.
- Sempre o melhor para a senhorita.- Ele ri.- Não serei eu a desagradar-lhe.
Aceno positivamente a cabeça, o soldado se mantém parado ao lado da mesa, sei que ficará para minha segurança, esse pensamento quase me faz rir. O príncipe é ingênuo demais para pensar em me ferir, e mesmo que pensasse não seria capaz, ele não teria coragem. Patético. O que me surpreende é que até gosto disso, de sua gentileza e inocência. Devo ter enlouquecido para estar pensando assim, ele é apenas prisioneiro que será descartado quando perder o valor... Não é?
Pontual como se esperado de um príncipe, o moreno vinha a passo largos, vestido de uma camiseta branca, calças pretas e uma bota da mesma cor. O mesmo esboçada um sorriso tímido enquanto se aproximava.
- Bom dia, Alteza.- Cumprimento, com uma pitada de deboche.
- Bom dia, gracinha.- Ele solta uma risada nasal.- Não sei se gosto de como você diz meu título.
- Por que? - Pergunto inocentemente.
- Você faz parecer algo ruim.
Coloco a mão sobre o peito simbolizando uma falsa ofensa.
- Venha, vamos começar.- Aponto o lugar ao meu lado, Charles caminha parando ali.
- Certo, não deve ser tão difícil.- Diz com uma arrogância que me faz revirar os olhos.
- Não é uma espada que você fica balançando, precisa de foco, técnica e agilidade. Se não souber pode se machucar ou pior machucar um dos meus.- Resmungo.
Ele revira os olhos e esboça um sorriso vitoriosa por ver que me irritou.
- Tente com essa.- aponto para uma pistola preta.- É uma Glock G22 .40, ela é boa para quem não tem experiência.- Vejo segurar a arma, o mesmo coloca o dedo sobre o gatilho o pressionando.- Está maluco?- Charles me encara perplexo.- E se a pistola estivesse carregada? Poderia ter se ferido.
- Mas está vazia, não seja estérica.- Ele responde.
- Igual a sua cabeça.- Tenho um sorriso ladino nos lábios.
Ele ignora a provocação.- Já que está vazia, onde estão as balas?
Não deixo de revirar os olhos, um erro tão amador como esse me irrita.
- As balas? Na cantina eu suponho.- Ironizo.- Mas as munições estão no estojo a sua esquerda.- Aponto para o objeto sobre a mesa.- Carregue-a e só coloque o dedo sobre o gatilho se estiver cem porcento seguro de que irá atirar.
Ele não diz nada, apenas pega o estojo e tenta encaixa-lo na arma, pressiona freneticamente o objeto que se recusa a ficar no lugar, tento entender porque de não ficar, então reparo que está ao contrario. Ele murmura alguns xingamentos aos objetos.
- Essa merda não encaixa de jeito nenhum.- Resmunga mais alto.- Caralho.
- Que vocabulário mais xulo para um príncipe.- Decido Provoca-lo. - O que o rei diria desse comportamento vossa alteza?
Seu corpo inteiro enrijesse, ele semi-cerra o olhar Enquato fita aquele alvo, estou preste a continuar quando sinto uma mão em minha cintura, olho para o lado e Levy está me encarando, ele balança a cabeça dizendo me para parar com as provocações, me irrita ele dizer o que devo fazer, mas não deixo de concordar com o soldado.
Mesmo querendo ver como o principezinho fica quando está bravo, a cato a recomendação de meu soldado por hora. Levy pode ter medo mas eu não tenho.- Vamos lá, me entregue isso ai.- Ele entrega a Glock junto do estojo.- Veja.- Desviro a peça e a encaixo de maneira correta.- Pronto agora você pode atirar.
Entrego-lhe a arma carregada, Charles posiciona os braços esticados, ele não coloca o dedo sobre o gatilho, o que me faz dar um fino sorriso de aprovação. Ele me lança um olhar pelo canto do olho como se esperasse um comando.
Caminho em sua volta arrumando sua postura, ergo um pouco mais seus braços, consigo sentir seus músculos tensos com meu toque. O que só comprova ainda mais nossa ligação já que sinto seu sangue correr.- Agora, se concentre e quando quiser atire.
Sem demora ele atira, dois disparos seguidos, seus corpo é levemente jogado para trás, devido aos coices que a arma da.
Não foi um péssimo resultado, porém não é um nível que aceitaria de um soldado, ele acertou a parede porém não o alvo.- Talvez você tenha futuro.- Digo o provocando.
- Eu sou um príncipe, óbvio que tenho futuro.- Responde convencido.
- Para ter essa certeza tem que ao menos acertar o alvo.- pego rapidamente a Glock de suas mãos.- Assim.- o Projetil corta o ar, um único disparo que perfura o centro do alvo.
-Sua exibida.- Ele cruza os braços emburrado.
Entrego-o a arma novamente, o mesmo entende o recado, e se posiciona como instrui antes. Ele me encara procurando aprovação, aceno positivamente com a cabeça. Vejo ele tentar varias vezes, vez ou outra me olha pelo canto dos olhos, dou um sorriso involuntário ao ver ele acertar o alvo. assim que noto minha reação dou-lhe as costas e saio do andar com pressa.
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Você é minha luz, ou inevitável escuridão
FantasyEm um mundo onde você sente todas as dores que a sua alma gêmea sente. A líder de uma revolução - que luta dia após dia pela igualdade - descobre sua inesperada ligação com o filho do rei. Sua ligação com o príncipe, colocará a prova de se é capaz o...