Curvo os cantos dos lábios e junto sua boca com a minha, segurando seu queixo. Agora o beijo é suave, lento, sem pressa ou complicações. Sinto que estou transmitindo todo o carinho que sinto por ele com esse beijo. Gostaria que fosse fácil assim dizer o que sinto por ele. Sua mão toca levemente minha bochecha, me fazendo arrepiar. Acaricio sua nuca, mergulhando meus dedos em seus cabelos macios, tentando fazê-lo se aproximar mais de mim. Preciso dele, preciso tanto. O mais próximo que consiga estar de mim. Não quero que nenhuma partícula de oxigênio nos separe.
Meu corpo fica tenso ao escutar leves batidas na porta. Me separo de Julio e fico olhando para ele por alguns segundos, aonde o desejo e a ansiedade ainda habitam, fazendo suas pupilas estarem mais dilatadas do que o normal. Solto uma pequena risada ao vê-lo arrumando o cabelo enquanto caminha para abrir a porta, arruma a roupa e morde o lábio, que está inchado, como uma prova de que estava beijando uma garota.
Acordo do transe ao ouvir o barulho da porta se abrindo. Rapidamente amarro meu cabelo em um rabo de cavalo alto e tiro a jaqueta toda amassada que eu estava vestindo. Me sento na cama e finjo que estou fazendo a coisa mais normal do mundo: balançando meus pés de um lado para o outro.
— Olha quem está aqui. Isa...
Olho para frente e vejo a garotinha mais linda do mundo. Sorrio ao vê-la em um vestidinho rosa, seu cabelo penteado em uma trança e suas pernas escondidas por uma meia-calça branca e sapatilhas vermelhas. Ela tem uma bandeja em suas mãos, onde traz duas taças com sorvete de framboesa.
— Paula... você está linda. Aonde você vai? — pergunto para a pequena a colocando em meu colo. Ela cora e deixa a bandeira em cima da cama.
— Tenho que ir para o aniversário de uma amiga... com minha mãe. — responde. — ela me pediu para trazer sorvete para vocês, porque como nem ela, nem Miguel, nem eu vamos estar aqui... vão poder comer alguma coisa. — ela desce de meu colo e arruma a saia. — Amo vocês.
— A gente também. — respondemos ao mesmo tempo. Olho para Julio, e ele me devolve com um sorriso radiante, sedutora e expressiva. Olho para o outro lado.
Pego minha taça de sorvete e a colher, a mergulhando na sobremesa congelada. Coloco um pouco na boca ignorando os olhos de Julio que estão observando todos os meus movimentos. Estou nervosa, por isso tremo um pouco: a mistura de sorvete mais Julio Peña não é uma boa combinação. Como mais um pouco, mas neste momento sinto o dedo de Julio encostando levemente no osso de minha mandíbula, levantando meu queixo.
Sua boca está a centímetros da minha. Ainda está um pouco inchada e avermelhada, o que me faz deseja-la mais. Quando vejo que se aproxima, fecho os olhos e estico os lábios, esperando me encontrar com os dele. Mas por algum motivo não o sinto. Abro os olhos e ele está a uma pequena distância mas não o suficiente para que eu consiga lhe beijar. Sorri brincalhão e minhas bochechas esquentam. Novamente, seu polegar desliza pela minha bochecha, chegando até meu lábio inferior para fazer um leve carinho. Sinto frio, não sinto mais meus lábios, o sorvete não ajudou muito.
Sem esperar, seus lábios novamente se unem aos meus em um beijo apaixonado. Para profundizar mais o beijo, ele me segura pela nuca e me aproxima mais dele.
— Mmm... Frambuesa — Geme com uma voz rouca que me faz arrepiar. Isso me descontrola, e meus hormônios me obrigam a deitar na cama, com Julio em cima de mim.
~•~
Mudei o negocinho kkkkkk enfim, FELIZ NATAL, trouxa esse presentinho para vocês, los amo. Não esqueçam de votar e comentar :)
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Abraços Grátis - Isulio (Adaptada)
Romansa"Muitas vezes não encontramos as palavras adequadas para expressar o que sentimos, seja por timidez ou porque os sentimentos nos dominam, e é em um abraço que encontramos a solução, no idioma dos abraços. Eles nos fazem se sentir bem, aliviam a dor...