Livro 4 da série Família Campbell.
Conhecida por suas muitas correspondências, além da sua tendência a fofocas, e depois um encontro inesperado com um belo barão, Emma envia uma carta para ele em agradecimento por tê-la ajudado quando ela necessitou...
Às vezes nós pensamos que amamos alguém, mas a verdade é que nós amamos a versão que nós mesmos criamos daquela pessoa na nossa mente, sendo inevitável a decepção ao conhecer a pessoa verdadeiramente.
TABLOIDE DE GRUFFIN, por LADY EMYLINE.
Emma observou Thomas pegar um embrulho nas mãos do mordomo e seguir para as escadas.
- As senhoritas podem me acompanhar, por favor? Vou mostrar onde ficam os quartos. - O mordomo disse, muito simpático.
Emma deixou Catarina ir na frente, ainda não tinha conseguido digerir o que aconteceu. Ela nunca pensou que Thomas fosse agir daquela forma ríspida com ela.
- Você mereceu. – Cat declarou baixinho. – Ele não é um dos seus irmãos para você se intrometer na vida dele.
- Eu não imaginei que ele fosse assim. Não me pareceu o mesmo das cartas. – Ela disse baixinho para a irmã. – E eu sou assim, o que posso fazer? Se ele não gosta de mim assim, não vamos dar certo juntos, é melhor irmos embora.
Um nó se formava na sua garganta e seu peito estava apertado. Será que ela tinha se enganado tanto com o cavalheiro por quem se apaixonou? Valia a pena continuar ali?
- De jeito nenhum! – Cat falou de forma autoritária. – Já estamos aqui, agora vamos ficar.
Emma suspirou e só seguiu escada acima atrás da irmã, então ela escutou a voz de Thomas. Ele estava parado de frente para uma porta no corredor.
- Adam, está na hora. – Ele dizia. – Você vai fazer William se atrasar.
Ela escutou um suspiro frustrado e um menino de uns treze anos abriu a porta, olhando furiosamente para Thomas e depois para Emma e Catarina, então ele sorriu.
- Senhoritas, é um prazer tê-las na nossa casa. – Adam saudou.
Mais um menino. Mais um sobrinho de Thomas? Ele era diretor de um colégio interno, um orfanato ou algo assim?
- Ainda preciso tomar o café da manhã! – ele disse ao se virar de novo para Thomas, que apenas lhe estendeu o embrulho que tinha em mãos.
- Ele também é um dos seus sobrinhos? – Cat perguntou animada. O menino tinha mais ou menos a mesma idade que ela.
- Na verdade – o menino respondeu antes de Thomas. – Eu sou um dos escravos que ele mantém acorrentado na masmorra da casa.
Emma não pôde evitar de arregalar os olhos.
- Adam! – Thomas disse em tom de advertência.
- Mas não se preocupem, ele nos alimenta todos os dias e nós temos direito a um banho por semana. – O menino disse com um sorriso e pegou o embrulho de Thomas.
- Por falar em banho, você certamente está precisando de um. – Emma não sabia como, mas a menina do andar de baixo apareceu, saindo de dentro do quarto. Agora o único animal com ela era um urso de pelúcia.
Emma decidiu que era melhor ignorar tudo isso eseguiu o mordomo até o quarto dela e de Cat. Aquilo que era para ser o seu sonho, estava se tornando um pesadelo. Como ela pôde ter se enganado tanto com Thomas? Ele nunca mencionou que vivia com um monte de crianças, será que haviam mais?
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