Capítulo 10. Dividir e conquistar

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Esta autora nunca foi muito fã da ideia de se apaixonar e querer dar a vida por outra pessoa, mas recentemente um certo cavalheiro já citado nessa coluna está se infiltrando no coração e nos pensamentos de Lady Emyline, isso não tem como acabar bem.

TABLOIDE DE GRUFFIN, por LADY EMYLINE.

Quando os gêmeos finalmente saíram da água, algumas horas depois, Emma aproveitou a oportunidade e saiu também, dizendo que iria ajudar os dois com as comidas. Os três se secaram e se sentaram sobre a toalha onde Emma estava antes de ir para a água. O sol estava quase se pondo e em breve eles teriam que voltar para casa.

Luca cochichava baixinho com Stella, dizendo algo no ouvido da irmã enquanto os dois comiam um pedaço de uma torta de uva. Os olhares que os dois trocavam carregavam mais palavras do que era necessário serem ditas, eles olhavam de vez em quando para Emma. Ela conhecia aquele olhar, ela e Caleb também faziam aquilo.

- Sabiam que também tenho um irmão gêmeo? – ela perguntou para os dois, que a olharam com desconfiança e arquearam as sobrancelhas de forma espelhada. – O nome dele é Caleb. Nós dois também éramos muito unidos quando éramos menores, mas agora ele vive viajando.

- Seu irmão também é ruivo? – Stella perguntou e Emma assentiu. – Ele deve ser lindo!

Luca revirou os olhos com o comentário da irmã, Emma sorriu e assentiu.

- Ele é, tem cabelos ruivos e olhos azuis como os meus. Muito lindo, inteligente e talentoso, trabalha como pintor, tem várias telas em galerias da Itália e Portugal.

A menina pareceu ficar muito animada, Emma sabia que estava conseguindo se aproximar e conquistá-la. E ela sabia que se conquistasse a confiança de um, teria a do outro.

- Será que algum dia ele poderia pintar um retrato meu? – Stella parecia muito empolgada.

- Não sei, ele é muito ocupado, mas posso tentar conseguir pelo menos um desenho com carvão. O que acha?

Para a surpresa de Emma, a menina deu um gritinho empolgado e se levantou, abraçando o pescoço de Emma, o irmão apenas olhava a cena com desdém.

- Se você conseguir que o seu irmão faça um desenho meu, eu deixo que se case com o meu tio. – Declarou a menina. – Eu sempre quis ter um retrato meu para colocar no meu quarto. Nós vamos ser ótimas amigas.

Pronto, Emma já havia ganhado a menina. Não importava que Luca não a aprovasse muito, ela iria dividir e conquistar. Agora só faltava Luca e Adam, mas o mais velho provavelmente fosse ser mais fácil.

- Damas são seres realmente estranhos. – Murmurou Luca, Emma lhe lançou um olhar feio, mas ele lhe mostrou a língua. – Vocês só pensam em bonecas, chás e retratos. Não existe nada na vida de vocês que não seja supérfluo.

Supérfluo. Uma criança de seis anos que falava supérfluo!

- Me perdoe, Luca, mas não o ouvi falando sobre suas propriedades, trabalho ou qualquer coisa que não seja supérfluo. ­– Emma rebateu com um olhar severo. – E isso não são modos de se falar com uma dama, nem que ela seja sua irmã. Você precisa aprender a ser mais agradável, ou nunca vai encontrar alguém para se casar com você.

O menino riu, gargalhou com a cabeça caindo para trás, parecendo que Emma tinha dito algo muito absurdo.

- Nunca vou me casar. – Declarou ele.

- Pela maneira como está agindo, não vai mesmo. Nenhuma dama vai aceitar um pedido de casamento de alguém assim.

Antes que o menino pudesse dizer mais alguma coisa, Adam apareceu com Catarina, Thomas vinha logo atrás.

O segredo de Emma CampbellOnde histórias criam vida. Descubra agora