Quase um mês se passou desde o ataque aos lobisomens. As mercadorias que encomendei do Imperador chegaram. Tive algumas visões que confirmaram que o tal líder dos lobisomens tinha sobrevivido, mas eu estou enfrentando um problema muito maior agora: Zennon está no sul, recrutando lorde e com eles seus exércitos para futuramente vir à capital, me matar e tomar o reino, mas é claro que não vou permitir que isso aconteça. Estou sentado na sala do trono, lugar onde ouço os apelos do meu povo, fazendo que a justiça do rei seja cumprida. É uma sala grande e bonita, quando algo é falado em um tom de voz mais elevado, todos os presentes conseguem ouvir.
- Meu rei, eles mataram todos da nossa vila. Até as mulheres sofreram as consequências, nós não tínhamos como nos defender. Eles queimaram tudo! - disse um vampiro de joelhos, havia outros ao seu lado também de joelho e o lorde do vale. Não confio em palavras de ninguém que estão de joelhos, gosto de olhar nos olhos daqueles que estão conversando comigo ou me pedindo algo, para que eu possa ver se suas intenções são realmente verdadeiras.
- Levantem-se todos.
- Você, lorde Belisk, me diga onde estava com seus homens no momento do ataque.
- Meu rei, eu estava à caminho da capital. Uma carta chegou até a mim com o selo real. - o lorde levou sua mão direita ao bolso, retirando uma pequena carta. Trevo que estava ao meu lado seguiu até o homem, pegou a carta e a trouxe até a mim. Abro a carta, reconhecendo o selo partido. Começo a ler.
- Eu não escrevi esta carta, lorde Belisk, isto é evidente, mas presumo que o senhor não tenha culpa, sendo que eu nunca lhe escrevi, então não reconheceria a minha letra. Trevo. - viro-me para Trevo, baixando o meu tom de voz. - Quando acabarmos aqui, espalhe a notícia de que eu quero falar com o meu povo, diretamente. Amanhã ao anoitecer estarei na varanda real e vou esclarecer aos meus súditos o real estado do reino. - Trevo balançou a cabeça. Volto com a minha atenção ao lorde Belisk.
- Esta letra, meu caro lorde não pertence à mim, mas sim ao Duque Zennon.
- Eu presumi isso, meu rei. Fiquei em dúvida, eu não sabia se a carta pertencia ao senhor ou não. Fiquei com medo e trouxe a minha tropa. Fui parado no meio do caminho quando fiquei sabendo do massacre do meu povo. Meu rei, me informaram também que os atacantes usavam armaduras com o símbolo do lorde Salvator, que recentemente se uniu a causa de Zennon.
- Fez bem em vir até a mim, lorde. Mas me esclareça uma coisa. Você soube do massacre quando estava no meio do caminho, quem lhe avisou, sendo que você estava longe e ninguém seria rápido o suficiente para lhe dar esta notícia tão rápido.
- Aparelho celular, meu rei. É muito útil, todos nós seguimos o seu novo governo.
- Certo. - sinto uma alegria tão grande que sinto como se meu corpo estivesse prestes a explodir. Muitos vampiros, lordes e vilas se recusam a usar os celulares, os carros e outras coisas que eu comprei do imperador, mas outros já aceitam. O processo de modernização no reino está sendo lento.
- Lorde Belisk, convido-o para ficar aqui na capital por alguns dias. Trevo levará você e seus soldados a um lugar para se acomodarem. E este massacre não ficará impune, eu lhe asseguro.
Recebi mais uns três súditos depois deles, então segui até a sala de treinamento. Em batalha, uso agora duas espadas, gostei e peguei a mania, e estou retirando três horas de meu dia para me dedicar a nova arte de luta. Além de usar duas espadas, aprendi também a atirar, eu e a guarda real. O conselho chegou a conclusão de que a guarda real deveria me acompanhar em todo o lugar que eu for para a minha própria segurança, poi s nunca se sabe onde os homens de Zennon estão. Não tive outra escolha se não aceitar. Mas estando armados, o nosso poder de fogo aumenta muito. Eu preciso apenas de achar uma forma para afastar Zennon, pois matá-lo eu não posso, ele é um duque e a morte precoce dele poderia me trazer futuros problemas com o seu irmão, o rei Otolon.
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O Reino dos Vampiros
Teen FictionUm conto. O mundo estava em guerra entre vampiros, lobisomens e humanos. Giovanni Wulfric, um lorde de uma família militar, que após a morte de seu pai herdaria todos os títulos no mesmo. Nasceu e cresceu em um reino próximo ao do que os vampiros c...