O Mensageiro de Fora

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Todos bebem, dançam cantam e se cumprimentam no Salão de Festas até que as portas se abrem e dois vampiros entram. Um deles é Gillius, o Comandante Supremo do exército real do reino, cargo criado pelo próprio rei Otolon. Eu notei sua falta no funeral. Gillius está coberto de sangue, tem um outro vampiro ao seu lado, nunca o vi antes. Ele veste roupas finas, seda, com certeza, tem um jeito elegante de se portar. Seu corpo está ereto. Estou curioso. 

- Senhoras, senhores. - Gillius cumprimenta todos ali presentes com uma rápida reverência. - Preciso falar imediatamente com todo o conselho agora, milordes. - agora Gillius olha para mim, levando seu olhar para Zennon. Todos nós, apenas os representantes do conselho vamos para a sala de reuniões, e nossas mulheres ficaram no salão. 

- Este é Baltazar Ditryle, milordes. Estamos sendo atacados, ele veio pouco minutos antes da legião de humanos. Ele não pertence a esse reino, veio de outro reino vampiro.  - não me espanto. Sei que existe outros vampiros lá fora. Desde que tomou este reino há 800 anos atrás, Otolan o isolou de todo o resto do mundo, reforçando os muros, tornando-os  impenetráveis, sendo impossível ultrapassá-lo uma vez que o portão estiver fechado. 

- Eu me chamo Baltazar Ditryle, meus senhores. - Baltazar fez uma leve e respeitosa reverência à nós e em seguida começou a falar: 

- Trago uma mensagem do meu tão amado imperador, Jordan Luvith. Ele é o responsável pelos vampiros de toda a América latina. Me ordenou que viesse até seu reino para alertar seu rei dos perigos que estão a correr.  - houve uma súbita inquietação no recinto. Todos começaram a falar desesperadamente até que o grito de Zennon os fizeram calar-se. O mensageiro continuou a falar:

- Os humanos estão cada vez mais avançado com sua armas, os lobisomens estão unindo suas matilhas e nós somos os únicos separados. O império está caindo. A América também, e  Europa ocidental. Temos que nos unir e lutar contra os inimigos, devemos nos unir como um só! Todas as nossas tropas juntas podem fazer a diferencia no mundo e por fim reinaremos para sempre! - sinto que a corte está ficando motivada, mas estou um pouco desconfiado desse mensageiro e antes mesmo que ele comece a falar novamente, eu o interrompo. 

- E como você pode garantir que não está mentindo? Como pode garantir que não está trabalhando para o humanos? Como pode garantir que quando sairmos com as nossas tropas por esses portões, não haverão armadilhas montadas para nos pegar? 

O mensageiro pareceu um pouco confuso mas explicou tudo. Ao que parece, os lobisomens então se unindo entre si e os humanos estão avançando em seus estudos contra os vampiros e também em armamentos. Apenas os vampiros que estão separados. A intenção é unir todos os reinos e autoridades vampíricas mundiais. Baltazar explicou que existe um imperador e quatro reis, contando com o nosso reino e que todos unidos poderíamos governar o mundo, em maior quantidade.

- Mas nós ainda não temos um rei! - disse o Conde  Gorus Thorn, um dos mais ricos do reino e portador de um grande exército. Zennon se ofendeu. Antes que mais algo fosse dito, as portas se abriram, um dos cavaleiros de Gillius entrou e sussurrou algo em seu ouvido. 

- Senhores, estamos sendo atacados em dois lados. Pelo portão e pelo mar. - informou Gillius, aflito. Fico de pé imediatamente. O mar. O mar é caminho direto à minhas terras. Os outros senhores também ficaram de pé. Começaram a falar entre si, então eu digo alto num tom favorável para todos ouvissem. 

- Caro mensageiro do imperador! Encontre uma forma direta para que o seu imperador tenha contato direto com o nosso futuro rei, ou com nós mesmos, o conselho do reino. - aumento agora mais ainda o meu tom de voz, alarmante.

- Meus senhores, partirei para defender o mar, qualquer ajuda militar prestada neste momento viria a calhar. - Zennon não satisfeito também ficou de pé, pedindo ajuda aos mesmos lordes para proteger os portões. Os lordes escolheram suas posições. Eram 13 no total. 7 vieram servir a minha causa e os outros 6 seguiram a vontade de Zennon. 

Todos deixaram o salão à procura de suas mulheres e mais soldados fiéis. 

- Tecnologia, mensageiro. Use-a para surpreender os nossos conselheiros. Eu e alguns conselheiros sempre fomos a favor de adotarmos a tecnologia humana, mas o rei Otolon sempre nos impedia.. - digo ao mensageiro aos sussurros e ele balança a cabeça em concordância. Eu e Lucrécia entramos no carro. Os 50 soldados que eu tinha trago juntamente dos 100 que pedi que Lucrécia trouxesse nos escoltaram de volta para casa. Dei ordens para que eles se preparassem para uma batalha, mandei encher os navios de munição e de bolsas de sangue. Enviei alguns soldados à fábrica mais próxima para trazer o máximo de bolsas de sangue produzidas até agora. Assim fora feito, estávamos quase pronto para a guerra.

O Reino dos VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora