O Funeral do Rei

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Terminamos, finalmente! - Tintus exclamou, colocando suas mãos sobre a cintura, suspirando profundamente. Levamos 4 dias seguidos para decorar o santuário, colocar os assentos  para a corte que assistirá o funeral e um bom local para depositar os dois caixões. O resto fica por parte dos decoradores do rei. Faltam 3 dias para o funeral do rei. Tintus voltou para fábrica, já que não pertencia a corte. Eu acho isso uma injustiça, mas a vida é assim. 

Estou desocupado, vou até a organizadora do evento, coloco mais um nome na lista de convidados, coloco os Stylers. Razar foi esperto de impedir o meu caminho naquele dia, ele me pediu desculpas e pediu humildemente para convidá-lo ao funeral do rei. Eu posso ser orgulhoso, mas não sou burro, corria risco de morte, caso eu recusasse o pedido. Mas quanto mais aliados eu tiver, melhor será. 

Os dias passam tão depressa. Um dia antes do funeral, Lucrécia chega protegida por 100 de meus soldados. Haviam vindo comigo 50. Não posso me descuidar, o duque Zennon não está contente comigo, e ele é possivelmente o sucessor do rei, por ser seu irmão. Quero estar protegido caso ele tome medidas trágicas ao herdar a coroa. 

Chegou o grande dia, convidados começam a chegar, eu me visto de acordo com a ocasião, Lucrécia também. Somos um dos primeiros a entrar no santuário. O lugar é imenso, cheio de flores artificiais e túmulos entre elas. Corpos dos mais honrados e conhecidos vampiros que fizeram parte do reino Habbor. Eu e Lucrécia esperamos por todos. O rei e a rainha chegam. Todos ficam de pé, reverenciando-os. O rei me chamou, desço do meu acento, me unindo à eles. Ele começa a falar. Percebo que Zennon não tira seus olhos de mim. Então o rei diz:

- Hoje é um dia memorável, senhoras e senhores. Hoje é o dia em que o seu rei dormirá, o certo seria descansar, para futuramente voltara governar com seus sentidos em ordens. Tudo isso devemos ao tão conhecido Conde Sanguine. - todos dão algumas risadas, pois sou apelidado por muitos como Conde Sanguine, que significa o conde de sangue.  Eu também dou algumas risadas. O rei continua a falar. - Obrigado meu amigo. - o rei continuou com o discurso por mais um tempo e por fim estava pronto para dormir. Ele se deita em um caixão, a rainha se deita em outro. 

- Meu irmão! - Zennon gritou. O rei levantou a cabeça. - E o novo rei? Diga quem deverá assumir o trono!

- Ora, meu irmão. É simples. Há apenas um vampiro com total legalidade para me suceder no trono. Este deve ser o rei. - Otolon Habbor se deitou novamente e me disse para começar. Eu peguei algumas agulhas ligadas à um tubo e enfiei em suas veias. Duas em seus braços, duas em suas pernas e uma em seu pescoço. Fiz o mesmo com a rainha. Estou pronto. Deslizo meu dedo sobre um botão à superfície do caixão, então os tubos começam a se encher de sangue. O sangue do rei e da rainha começam a secar, seus corpos ficam desidratados. Garanti que fosse indolor a fase. Foram-se 15 minutos até que o rei e a rainha desmaiassem.

- Está feito! - eu digo aos presentes. Muitos aplaudem, outros gritam, mas Zennon está ali, parado, olhando para mim. Isso está começando a me irritar. Explico aos presentes como ocorreu o processo:

- Senhoras e senhores. Nosso rei e rainha entraram agora em uma espécie de coma. Estão dormindo, vão continuar assim até que seja posto sangue neste tubo. - eu fecho os caixões. Tem um pequeno fundo deles, aponto com os dedos nos dois caixões. - Caso o sangue for posto aqui, este cairá diretamente na boca dos adormecidos, fazendo com que recobrem novamente os sentidos do seu corpo.

Termino de falar. Sou aplaudido, todos saímos para a festa no Salão de Festas Real. Zennon ainda me fuzilha com o olhar.

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