Capítulo 11

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 Acordo com o som estridente da campainha ( ok eu tenho que falar com o meu pai para mudar o som desta coisa! ). Olho para o telemóvel e são 10:30, pergunto-me quem será, o meu pai a esta hora está a trabalhar, portanto deve ser a Vera.

Vou até á porta e pego no... atendedor? Não sei como se chama, é aquela coisa para ver quem está lá fora.

-Quem é?

-O teu amigo mais lindo!

-Diogo? - reconheço-o pela voz.

-Sim, estava a dar uma corrida e deu-me sede, deixa-me subir e beber água.

-Não tens casa para beber?

-Anda lá, aproveitas e ficas na companhia da melhor pessoa do mundo, mas despacha-te que tenho sede.

Abri-lhe a porta de entrada e fiquei á espera que ele subisse e abri a porta de casa.

-Bom diaaa.- ele fala muito sorridente enquanto entra pela minha casa a dentro.

-Bom dia. - falo secamente indo de volta para o quarto.

-Ui, não me vais buscar um copo de água?

- Porra, sabes onde fica os copos.

Viro costas e volto para o meu quarto.

-Vou á casa de banho, tá bom?- o Diogo fala entrando no meu quarto já se dirigindo á casa de banho da suite.

-Tá. – Volto a embrulhar-me nos cobertores

-Ainda tás a dormir? - ele fala quando sai da casa de banho

-Antes de me interromperes, sim.

-Hum, posso-me deitar também?

Olho para ele confusa, mas logo respondo. - ta bem, mas não me chateies.

-Estou-me a meter contigo, continua a dormir bela adormecida.

- Não te vais embora? - Falo com o meu tom de quem está sem dúvida de bom humor.

-Fogo, já a expulsar-me de casa? - olha para mim com um olhar indignado e eu ignoro - Olha, podes vir a minha casa hoje?

- Ok, mas só nós?

- Não, eu já falei com os outros.

- Hum ta bom. - volto a deitar-me.- a que horas?

- Ás 15:30.

-Ok.

-Até logo então.- fala já se dirigindo á porta.- Ahh, leva biquíni!

- Ta bom ... até logo, encosta a porta quando saíres.

Ouço a porta de casa bater e volto a dormir porque ainda é muito cedo.

...

Estou neste momento no super mercado com o meu pai, hoje é sexta-feira e ele não foi trabalhar de tarde.

-Ah é verdade, hoje vou a casa do Diogo.

- Fazer? - pergunta enquanto põe um pacote de cereais no carrinho das compras.

-Nada de mais, vamos estar lá com a Vera, a Mariana e o resto da malta - dirijo o carrinho para a secção das frutas.

-Okok.

...

O meu pai acabou por querer ir comprar umas sapatilhas então ficamos mais tempo no shopping do que pensávamos, porque primeiro que o meu pai decida o que quer levar... acabou por escolher umas sapatilhas cinzentas da Nike.

Estávamos a sair do shopping e quando olho para o relógio já são 15:05 então acabo por pedir ao meu pai por me deixar na casa do Diogo, portanto pela primeira vez na vida, se não acontecer nada pelo caminho, vou chegar a horas. E como já sabia que íamos demorar mais tempo do que o previsto no shopping, preveni-me e já levei o biquíni vestido.

Exatas 15:28 chego na casa do Diogo.

-Luna? - Diogo olha-me com uma cara confusa mas logo sai da frente para que eu possa entrar em casa dele.

-Sim...- retribuo o olhar confuso - lembras te? Esta manha combinamos eu vir aqui a tua casa.

-Sim, mas porque é que chegaste tão cedo? - dirigimo-nos para a sala de estar. Olho em volta e reparo que a sua sala teve algumas mudanças, a parede de antes azul agora é branca e tem um quadro enorme pendurado, os moveis também foram quase todos trocados para uns mais modernos, fazem parecer a sala mais pequena devido ao seu tamanho.

-Cheguei á hora combinada. -pego no telemóvel e mostro lhe a tela.- 15:30!

-Tás a gozar? Eu combinei com os outros ás 16:00!

-Então para que é que disses-te para eu vir meia hora mais cedo? - sem nos percebermos já estávamos a levantar o tom da voz.

-Então, porque tu chegas sempre atrasada a tudo, ia lá adivinhar que ias chegar cedo agora.

-Eu já estava pronta, foi só o meu pai me trazer aqui.- e já estamos literalmente aos berros, já é normal entre nós começarmos a discutir do nada.

-A serio, quando quero que chegues atrasada chegas a horas e quando quero que chegues a horas chegas atrasada! - fala e põe as mãos atrás da sua cabeça.

- E eu ia lá saber oh génio!

-Mas o que se passa aqui? Está tudo bem?. - nem percebemos a presença da mãe do Diogo, que está agora a descer as escadas e com uma cara preocupada.

-Sabe dona Sónia, é o seu filho que não para de discutir comigo sem motivos nenhuns! – Falo agora já num tom mais calmo.

-Diogo! Já te disse muitas vezes para seres simpático com os teus amigos. - reprende-o pondo as mãos á cintura. Dou uma risada discreta.

-Mas mãe!- reclama o Diogo mas de imediato é cortado.

-Mas nada! Trata bem a Luna. Desculpa querida, nem te cumprimentei. -a mãe do Diogo dirige-se agora a mim e dá-me um beijo na testa.

-Não tem mal. Está tudo bem consigo?

-Está sim e contigo?

- Também. - falo e dou um sorriso simpático.

-Bom, eu vou voltar para o escritório, se precisarem de alguma coisa digam. E tentem não se matarem um ao outro!

-Sim mãe.

A Sónia volta a subir as escadas, logo de seguida o Diogo retira os olhos da mãe e olha para mim.

- Já que chegas-te cedo vamos pondo a conversa em dia.- fala se sentando no sofá.

Sento me á beira dele - Pois né.

Faz uma breve pausa mas logo fala- olha... preciso de te dizer uma coisa. - desvio o olhar da televisão e olho para ele.

A teoria (im)perfeita para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora