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Alfonso e Neto estavam no carro do delegado, os amigos chegaram no pé do morro, nunca tinham ido até lá sem ser em visitas oficiais ou operações, sabiam que não podiam demorar muito por alé ou teriam problemas com questão do reconhecimento de seus rostos.

A cena que viram assim que estacionaram o Jeep branco ao lado da calçada, foi como um soco no estômago de Alfonso. Nem deus sabe o motivo de tal sensação, mas um gosto amargo veio em sua boca ao ver a loira abraçada por dois homens foi de fato desagradável. Neto apenas levantou uma sombrancelha e riu chamando a morena que o encantou mais cedo na praia.

Viram Maressah ir chamar a amiga e Anahí mais uma vez abraçar os homens armados e um deles secar um fina lágrima que escorreu pelo seu rosto delicado. Aí está outra coisa que perturbou o juízo de Poncho, ver aqueles homens a tocando e aparentemente consolando.

Assim que as moças entraram no carro o morno deu partida. Foram conversando de forma leve e descontraída pelo longo trajeto até a Barra, desta vez a loira estava mais solta e menos retraída, talvez pelo aperto no baseado que deu. Poncho tentou se centrar e ser mais sociável com as moças, principalmente com Anahí, ignorando a sensação de minutos antes.

Assim que os quatro chegaram pegaram a fila VIP e as pulseiras do louge, os homens fizeram questão de pagara, Neto e Maressah que já estavam se comendo pelo olhar saíram na frente, rumo a pista de dança lá de baixo, deixando Alfonso e Anahí sozinhos na área VIP lá de cima.

Alfonso usava uma calça de brin preta e uma blusa branca lisa de algodão, as mangas curtas e apertadas desenhavam seus músculos do braço com maestria e deixavam o peitoral e tanquinho em evidência.

Os dois se sentaram em uma espécie de sofá de dois lugares e pediram uma cerveja e um drink de cereja. Anahí estava quase que vidrada nos cabelos pretos e bagunçados dele, o rosto sempre sério e o perfume amadeirado deixavam o home com um ar sexy e irresistível, ele era tão grande e robusto que ela bebeu metade do drink assim que lhe foi entregue.

Alfonso estava encantado pela moça, a cada vez que a via se surpreendia mais, o corpo delicado e sensual estava tão perfeito com aquele vestido, os olhos dela. Ah os olhos dela eram seu ponto fraco, e com a maquiagem preta em volta estavam ainda mais azuis se é que isso é possível. Já na boca dela, vermelha e entre aberta, era lá que ele se perdia por completo.

Os dois trocaram uma conversa fria que aos poucos com a bebida e o ambiente os envolvendo se tornou calorosa e íntima, ele via o porque de Neto ter se encantado por ela, assim como ela via como o outro podia ser agradável e sensual quando baixava um pouco a guarda. Agora não eram o patrão e empregada, eram apenas uma mulher sexy e um homem sedutor.

Quando as palavras não se fizeram mais suficientes, o moreno a convidou para descer até a pista de dança. Ele conduziu a mulher a sua frente com uma mão em sua cintura e o corpo colado ao dela, aspirando o aroma doce e suave que ela emanava.

Tocava uma música eletrônica. Coincidência ou não uma música conhecida por ambos. Anahí sob efeito dos drinks de vodka com cereja que tomou dançava desinibidamente, se esqueceu de tudo. Em sua mente não passava nenhum problema, se esqueceu de Sabiá, de seu falecido pai, de suas dívidas, ela só sentia a música pulsar em suas veias, as pessoas dançando ao seu redor, a música vibrar o local, se se quer lembrava de que seu chefe estava a centímetros.

Alfonso sem perceber travou a respiração, sua mente estava nublada, a letra da música descrevia com exatidão seus pensamentos no momento. Aquela mulher que atormentava seu juízo estava dançando e rebolando como uma deusa, ele se aproximou ainda mais e a rodeou com seus braços dançando junto. A cintura fina dela parecia feita pare se encaixar ali.

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