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Depois de muita insistência por parte de Neto as meninas acabaram por ceder e aceitaram se sentar com eles um pouco.

Neto e Maressah estavam em uma conversa entrosada, como se fossem conhecidos de longa data. A verdade é que ambos tinham interesse além do amigável, alí naquele momento estavam preparando o terreno pra o que vinha depois.

Alfonso estava sentado em uma cadeira de praia ao lado do amigo e de frente para a loira, estava de bermuda bebendo sua cerveja com os olhos levemente apertados, mesmo com o guarda-sol o mormaço do meio dia estava dando as caras.

Poncho não era muito sem filtro como o amigo, preferia conversar apenas quando solicitado, mas sendo bem sincera, ele estava mais ocupado em fixar seu olhar na mulher a sua frente do que em prestar atenção no tema debatido pelos outros três.

Anahí estava tímida no começo, mas com Neto ao lado e Maressah à tira colo era meio impossível não rir. Ela tinha os fios loiros livres ao vento, ondas suaves se formavam nas pontas douradas, Alfonso perdia seu olhar lá por horas, o cabelo dela refletia o sol como ouro, a roupa simples que ela usava, um short jeans desfiado e uma blusinha preta de alcinha, era suficiente para abrir margem à imaginação fértil do moreno.

Ele era acostumado a ve-la sempre com roupas longas e cabelo preso estava levemente embasbacado com a beleza da mulher, os seios pequenos e firmes, a cintura fina e marcada, a bunda redondinha estavam em destaque com a roupa; a pele alva como leita brilhava no sol tomando uma coloração avermelhada que despertou algo adormecido no mais íntimo de Alfonso.

Acontece que Poncho não era o único encantado alí. Any estava sentindo a boca seca, não podia negar a beleza chamativa do patrão, mesmo com o uniforme sempre o admirou, mesmo que não admitisse, mas poxa, ele estava tão gostoso e sexy que ela poderia ficar oras o admirando.

Ele tinha a pele em um tom dourado pelo sol, o abdômen trincado e com poucos pelos que se contraía cada ves que ele se movia; o cabelo escuro como a noite deixava algumas gotas pingando pelo corpo. Ela estava perdida nos braços fortes e pernas grossas dele, por um momento se deixou desejar sentir de perto o toque dele. Não conseguia tirar da mente a fantasia de como seria o aperto de seu corpo contra o dele; tinha meses que não transava com ninguém, podia sentir seu ventre se contrair com esses pensamentos.

Quando caiu em sí e viu o quão errado era pensar tal coisa, a loira se prontificou em falar com o moreno.

-Sinto muito seu Alfonso- ela falou em tom baixo apenas para que o outro a ouvisse.

Poncho despertou de seu transe quando ouviu a voz dela, olho-a mais de perto como nunca antes, pode perceber o quão perfeito era seu rosto, a boca carnuda e vermelha, os olhos azuis destacados pelo ambiente, a pela rosada com sardinhas, as sombrancelhas desenhas, o nariz arrebitado. Ela era linda. Por um instante quase perdeu a voz ao imaginar como seria o corpo dela por baixo da pouca roupa, se ela era tão boa na cama como ele pensava.

-Pelo que?- ele fala engasgado sentindo a virilha se contrair.

-Por isso- ela indica o espaço ao redor- Sei que não é muito profissional mas o seu Pedro insistiu tanto- ela deu de ombros, achou mais prudente chamar o amigo pelo nome.

-Realmente- sorriu de canto quase que involuntariamente- Neto sabe ser bem insistente quando quer.

-Seu Pedro se parece muito com Maressah- sorriu ao falar da amiga- Quando quer algo por mais banal que seja, sempre consegue.

-Sabe Anahí, não estamos em horário de trabalho, me chama de Alfonso e pode se referir à Neto pelo apelido, sei que criaram uma amizade- falou expontâneo, nunca se imaginou dando abertura para a empregada chama-lo pelo nome, mas também nunca se imaginou bebendo na praia com sua companhia.

-Tudo bem- ela sorriu- Sendo assim pode me chamar de Any- disse simpática.

Antes que Poncho pudesse responder, a morena se meteu e pediu a opinião da amiga.

-Any, o que acha de pateta?- perguntou divertida direcionando o olhar para a amiga.

-Como assim amiga?- a loira olhou os outros dois em dúvida.

-Sabe o que é Any- dessa vez Neto quem se pronunciou- A Mah estava contando do cachorrinho, e eu sugeri pateta- falou rindo- Não é genial?- levantou os braços.

-Bem- falou pensativa- Não é um mal nome- riu.

-Muito melhor que feijoada- Maressah falou rindo.

-Por que feijoada?- Poncho se intrometeu.

-Ah essa história é boa- a morena esfregou as mãos ignorando os protestos da amiga para que não falasse nada- Quando éramos pequenas, eu, Any e mais alguns coleguinhas lá da comunidade, resolvemos adotar um gato de rua- disparou a rir lembrando da história outra vez- E a Any escolheu o nome de feijoada. Mas nem chegamos a ficar com ele muito tempo, Rato e Junin queriam fazer espetinho com ele, Tia Lúcia quem proibiu- desatou a rir com os outros três.

-Sempre moraram no alemão?- Neto perguntou curioso.

-Nascidas e criadas- Anahí respondeu, não se envergonhava disso.

Conversa vai, conversa vem, Anahí viu as horas no relógio do celular e se espantou.

-Mah, deu nossa hora- falou apressada- Tenho que ir ajudar minha madrinhae você ficou de ir conversar com a Flavinha- se levantou.

-Putz, tem razão, vamos antes que percamos o próximo busão- a morena concordou também se levantado.

-Poxa meninas, a conversa estava boa- Neto reclamou.

-O dever nos chama meu caro- a loira falou brincalhona.

-Precisam de carona?- Poncho ofereceu solícito.

-Muito obrigada, mas o ônibus deve estar pra passar já- Maressah agradeceu.

-Sendo assim, precisamos sair denovo- Neto se prontificou- Que tal uma baladinha hoje a noite?

-Agradecemos o convite Neto, mas infelizmente fica para a próxima- Anahí agradeceu educada- Por mais que queira muito, eu trabalho durante a noite- sorriu amarelo.

-Nada disso- Maressah tomou a frente- Passem para nos buscar lá pelas 21h na entrada do morro. Vamos estar esperando- a morena falou cheia de sorrisos para Neto.

-Sendo assim até mais tarde- os quatro se despediram.

-Maressah, você ficou maluca?- a loira falou para a amiga quando estavam apenas as duas no ponto de ônibus- Eu estou me matando para conseguir a grana de amanhã e você combina que vamos à uma boate? Sério mesmo?- falou gesticulando.

-Amiga, relaxa. Lembra que eu falei da graninha extra?- viu a amiga concordar com a cabeça- Então mulher, eu pago para nós duas, além disso você precisa relaxar a cabeça para amanhã.

-Mas Mah, não quero que gaste seu dinheiro comigo, além do mais eu tenho que ajudar no bar de noite- falou a loira.

-Eu gasto meu dinheiro com quem eu quiser Anahí, e no momento quero gastar com você- falou pegando as mãos da amiga- E quanto a tia Silvia, você acha mesmo que ela vai se importar em te ver desaforgar um pouco do trabalho? ela vai ser a primeira a apoiar.

Assim então ficou resolvido, as duas iriam sair com os rapazes mais tarde. Seja o que deus quiser.

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