O sol começava a sair no horizonte quando Anahí se levantou. 5h da manhã e a jovem loira preparava suas roupas e um casto café da manhã, para enfrentar horas de condução pública até o trabalho.
Anahí Portillo, 25 anos, olhos azuis como o oceano, cabelos loiros como fios de ouro e uma dívida enorme. Residia no Morro do Alemão/RJ desde seu nascimento, tinha uma vida tranquila e cheia de amor, sua mãe Lúcia era uma mulher cheia de vida e alegria, contagiava a todos com sua esperança e bom humor. Lúcia era dona de casa, vez ou outra fazia alguns bicos de costureira para completar a renda da família. Ricardo foi um pai bom, apesar do trabalho em excesso que precisava fazer como jardineiro, estava sempre disposto a ajudar quem quer que fosse e principalmente a amar sua mulher e filha.
Era tudo bom apesar dos pesares. Até o sétimo aniversário de Any, quando foi obrigada a ver sua mãe ser morta a tiros em um confronto entre polícia e comando local. Mais um caso não isolado de vítimas de bala perdida nas favelas brasileiras; desde esse fatídico dia, a vida da loira não foi mais a mesma. Ricardo com a perda da amada não soube administrar sua própria vida, muito menos criar uma menina sozinho, para aliviar a dor da perda, passou a se encher de drogas e bebidas fortes, se tornou um homem extremamente violento e hostíl. Anahí precisou se criar sozinha, estudava de dia e ajudava sua madrinha por consideração Silvia no bar que ela tinha.
Silvia era amiga de infância de Lúcia, foam criadas juntas brincando pelas ruas estreitas do morro. Não teve filhos então com a perda da amiga tomou Anahí como sua espécie de protegida, ajudava a loirinha no que era ossível, mas era tudo muito complicado quando se tinha um Ricardo descontrolado fazendo o inimaginável.
Os anos se passaram e o consumo de drogas com os traficantes da facção local se tornoucada vez maior, a dívida ultrapassava limites e os juros pioravam tudo.
Cerca de dois anos atrás, as dívida por drogas de Ricardo estavam tão exorbitantes que lhe custou a vida. Sua cabeça rolou morro abaixo e a dívida absurda recaiu nas mãos da filha.
Any sempre tinha sido uma boa aluna na escola, rodeada de amigos e influências das piores, nunca se deixou levar para o mal caminho, ela e sua melhor amiga Maressah sempre foram muito centradas e estudiosas, de forma que Anahí conquistou sua tão sonhada vaga na faculdade de direito do estado do Rio de Janeiro.
Acontece, que com a mort de seu pai, ela precisou arcar com a dívida ou seria a próxima a ter o mesmo destino. Acabou por trancar a faculdade e trabalhar como doméstica para se sustentar e fazer o possível para pagar o que devia sempre nos prazos estipolados por Sabiá, o chefe da facção do morro do alemão.
Há seis meses, as cobranças por parte do comando passaram a ser mais frequêntes e altas, o que levou a loura a trabalhar no bar de Silvia outra vez. A vida dela se resumia a isso, trabalhar, pagar contas e vez u outra tirar um tempo para sí e para Maressah. De segunda a sexta trabalhava das 7 às 18h na casa da família Herrera, uma família de muitas posses e influência por todo o Brasil; das 20 às 00:00h trabalhava no bar de Silvia. Sábados e domingos trabalhava dia e noite no bar e se sobrasse um tempinho ainda acitava alguns trabalhos de costureira.
Hoje não era um dia atípico, ela vestiu uma roupa simples, prendeu os fios longos e macios, pegou um pão puro e uma xícara de café apenas para forrar o estômago e logo seguiu para a pista.
Depois de um longo caminho para descer o morro, finalmente pegou um ônibus. O primeiro de três que eram necessários até chegar ao Leblon onde ficava a mansão Herrera.
Era segunda-feira, mais uma semana monótona e exaustiva se iniciava na vida de Any.
E AI? PRIMEIRO CAPÍTULO OK, O QUE ACHARAM ATÉ AGORA? ERA O QUE ESPERAVAM? SE TIVER MUITOS COMENTÁRIOS POSTO OUTRO CAPÍTULO AINDA HOJE 😃
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Deixe-me ir
Teen Fiction"Menina, me dá sua mão, pense bem antes de agir Se não for agora, te espero lá fora, então deixe-me ir Um dia te encontro nessas suas voltas Minha mente é mó confusão Solta a minha mão, que eu sei que cê volta O tempo mostra nossa direção Se eu soub...