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No dia seguinte, Anahí foi para o trabalho agoniada. Sabe quando você tem mania de perseguição? Então, a loira estava exatamente assim, durante toda a noite e o caminho para a casa de Alfonso ela se sentia vigiada e ameaçada, por onde olhava sentia que tinha alguém a seguindo e que a qualquer momento o Sabiá viria até ela acertar as contas, assim como fez com Ricardo anos atrás.

Ela chegou na casa de Alfonso com alguns minutos de antecedência. POderia espera um pouco antes de começar a trabalhar, mas achou melhor não, lembrou do que Sílvia sempre falava: mente vazia oficina do diabo. Era melhor mesmo começar seus afazeres para espantar para longe esses pensamentos negativos de sua mente.

Alfonso tinha muito trabalho aquele dia estava com alguns problemas para resolver, o combate ao tráfico no morro do alemão e a operação contra o Sabiá estava dando mais trabalho que o esperado por todos.

Tinha se afundado em trabalho, a delegacia estava toda concentrada, nem Neto tinha soltado suas gracinhas. Poncho ligou para o telefone fixo de sua casa e avisou Anahí de que não era necessário almoço para ele hoje, iria comer algo ali perto e voltar a suas obrigações.

Any estava limpando o quarto de Alfonso durante a tarde, era incrível como aquele home era capaz de fazer bagunça. Depois de organizar todo o quarto foi para o banheiro da suites, estava lavando tudo quando começou a chorar.

O choro foi involuntário mas dolorido, ela estava chorando por tudo. Pela morte de sua mãe, pela relação com seu pai, pelo abandono da faculdade, pela situação em que se encontrava agora e principalmente pelo medo. O medo de o que iria fazer daqui para frente? O valor que Sabiá cobrava dela exigia mais de 80% de seu salário, mal sobrava dinheiro para ela, e agora com essa loucura de antecipar o dia da cobrança; o que iria fazer?

Ela tinha metade do valor cobrado, estava angustiada com a dúvida do que fazer, pegaria encomendas de roupas pra consertar, mas não podia fazer nada além disso, ela não tinha se quer tempo para isso; seu dia precisava ter 25 horas e ainda seria pouco.

Alfonso precisou voltar voando para casa no período da tarde, tinha um documento lá que era de extrema necessidade no momento. Saiu da delegacia em disparada rumo ao condomínio onde morava, seria algo rápido; ir ao escritório e pegar o documento, em seguida voltar para o trabalho.

Ele parou o jeep de qualquer jeito e subiu as escadas apressado, nem se lembrava que anahí estava la ainda devido ao horário. Foi até o escritório e pegou o necessário.

Quando ia descer as escadas novamente, ouviu um barulho de choro vindo de seu quarto, na hora estranhou e foi ver o que era. Se lembrou da funcionária ao ver alguns utensílios domésticos espalhados pelo quarto.

Se aproximou da porta do banheiro pronto para soltar uma grosseiria para Anahí quando viu a loira de costas. Ela esfregava o chão e chorava desesperadamente; era um choro sofrido que vinha da alma. Na hora sentiu toda sua capacidade de ódio se esvair de seu corpo, percebeu que ela ainda não tinha se dado conta de sua presença e recuou alguns passos para trás, ficando por de trás da porta apenas olhando.

Algo em seu ítimo gritava, po um instante até se esqueceu de ir embora levar a documentação que veio buscar. Só conseguia olhar para ela. Reparou melhor nos traços delicados e desolados dela, o corpo era feminino e suave, curvas discretas, cabelos brilhantes. Os olhos azuis claros cercados pelo vermelho da dor lhe atraiam de uma forma louca, seu peito apertou, uma coisa estranha que nunca havia sentido antes, por ninguém parecia resgar seu corpo de dentro para fora. Era quase uma sensação de necessidade. como se precisasse abraça-la e deixa-la confortável em seu peito para que se protegesse de todo mal que lhe aflingia.

Depois de alguns minutos observando-a e lutando contra sua respiração desregulada e seu impulso de abraça-la e cuida-la, ele finalmente voltou a sí. Saiu apressado do quarto e voltou para a delegacia o mais rápido possível.

No fim do dia, estava irado com tudo e com todos, tinha que ter se concentrado no trabalho, mas nada era capaz de tirar de sua mente os olhos dela. Aqueles malditos olhos azuis.

E ENTÃO? GOSTARAM DO CAPÍTULO?

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