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O dia amanheceu nublado,  com certeza iria chover o dia todo. Anahí vestiu uma calça e blusa de frio antes de pegar sua sombrinha e descer o morro até o ponto de ônibus na pista.

Na tarde anterior, Vera havia lhe explicado tudo sobre o funcionamento da nova casa onde trabalharia, incluindo a localização dentro do condomínio.

Hoje ela estava exausta, na noite anterior acabou por precisar fechar o bar da Silvia, o que a engoliu quase 3 horas de seu sono que já era breve.

Assim como de costume, chegou no condominio e cumprimentou todos os funcionários. Ela era muito querida por lá, sempre gentil e educaca com todo mundo.

Chegou na porta da casa de Alfonso, realmente não era tão grande quanto a de seus pais aponto de precisar de mais de uma empregada. Tinha pego a chave da entrada de serviço no dia anterior e entrou na casa.

A decoração era como ela imaginou, fria e séria. Como o dono da casa. Móveis modernos mas clássicos, equipamentos de última geração e tudo mais. O que a surpreendeu era a bagunça que a casa estava; ele ficou uma semana sem funcionária e parecia que moravam sete adolescentes ali. Roupas jogadas, utensílios fora do lugar, a pia com louça, embalagens de comidas prontas espalhadas, até roupa tinha por lá

A loira suspirou e foi guardar seus pertences do quarto de empregada, ela não precisaria de uniforme, de acordo com dona Vera seu filho não dava importância para isso, ela apenas ressaltou que ele era muito metódico com tudo.

Olhou o relógio de pulso simples que usava e constatou ser 11:00, como sabia que o patrão chegaria para o almoço por volta do 12:30-13:00, achou por bem começar a preparar a comida. Não conhecia ainda os gostos de Alfonso, então resolveu fazer uma coisa simples para não ter erro. Preparou um arroz, feijão, filé parmegiana e uma salada. Como na casa de Vera e Otávio ela não era responsável pela cozinha, apenas pela limpeza, sabia apenas o básico da culinária, o que ela era acostumada a fazer em casa e as vezes no bar de Silvia. 

Any amava cozinhar doces, isso sim era seu ponto forte na cozinha, fazer bolos e quitutes era sua paixão, quem sabe até não preparasse algo algum dia.

Ela deixou a mesa da sala de jantar pronta, colocou todo o necessário, faltando apenas uma travessa para os filés. O armário espelhado onde ficavam esses recipientes menos usados, ficava no alto. Anahí com seus 1,60 não conseguia alcançar, nem na ponta dos pés.

Alfonso estava irritado, Valentina estava testando sua paciência, mandava mensagens, ligava e fazia cobranças sempre. Para piorar o humor do moreno, ainda estava tendo um dia do cão no trabalho.

Chegou em casa e estacionou seu Jeep Compass branco na garagem. Bateu a porta cm raiva e guardou as chaves no aparador ao lado da porta quando sentiu o cheiro do almoço alastrado pela casa. Realmente estava com fome e aquele cheiro de comida de mãe o amansou os ânimos, esperou encontrar uma velhinha de cabelos brancos pelo cheiro do almoço, foi até a sala de jantar e viu a mesa postas, apenas com um jogo americano faltando algo, imaginou que estivesse por colocar o que faltava.

O moreno foi até a cozinha esperando conhecer a nova faxineira, mas o que viu foi tudo menos o que imaginou. Uma loira estava se esticando para alcançar os armários mais altos, ela estava de costas mas dava para ver bem sua silueta. Usava uma calça jeans bem justa que marcava bem suas curvas, junto a uma blusinha longa bem colada, o rabo de galo deixava exposto seu pescoço alvo.

Quando Anahí desistiu de tentar pegar o refratário e buscar um banquinho ou algo assim para subir, deu de cara com um homem parado na porta a observando. De pronto tomou um susto, mas logo identificou ser Alfonso, ela se lembrava bem dele, mas ver de perto é diferente, se perdeu brevemente nos olhos verdes dele, no cabelo bagunçado escuro como a noite, no corpo forte e alto, a jaqueta de couro e a camisa da polícia junto com o distintivo de delegado no cós da calça jeans de cintura baixo servia para dar um ar ainda mais sexy ao homem.

Mas ela rapidamente saiu de seus devaneios assim que o viu que ele a olhava intensamente, como se pudesse ve-la nua e decidiu se apresentar.

-Boa tarde seu Alfonso, sou Anahí, a nova diarista- se prontificou dizendo.

-Boa tarde se meu almoço não estivesse atrasado- ele disse retomando sua postura- Tenho hora Anahí, não posso esperar assim- falou com uma voz grossa que arrepiou a nuca da loira.

-Ah- ela sussurrou surpresa, esperou pelo menos um aperto de mãos ou algo do tipo, mas então se lembrou do que Vera tinha dito sobre o gênio dele; não podia se dar o luxo de ficar irritada, precisava do dinheiro- Me desculpe seu Alfonso, como não sabia o que o senhor gostava, fiz alguns filés parmegiana mas não estou alcançando o as travessas- ela falou educada e delicada.

-Certo Anahí, então se apresse- falou e saiu para a mesa na espera do almoço.

Any ficou de boca aberta quando ele saiu. O que custava ter pego o recipiente para ela? Já viu que esse novo emprego seria uma provação para sua paciência.

Assim que serviu o chefe, ela perguntou-lhe se precisava de algo mais ou se ela podia se retirar.

-Na verdade sim- ele falou limpando a boca com um guardanapo- Precisamos estabelecer algumas regras da casa- falou olhando no fundo dos olhos dela, ficou encantado com o azul claro que via- Meu almoço, tem que estar sempre posto assim que eu chegar- pontuou duro- Meu escritório não pode ser invadido, nem que seja para limpar, assim que der seu horário de dispensa pode ir, não quero que fique depois do horário, nada de tirar minhas coisas do lugar, nada de visitar sem minha consulta. Se precisar de algo para a casa pode falar comigo que providenciarei ou te dispenso para isso, nada de sair em horário de trabalho sem me consultar- passou a mão pela barba rala- E por fim, pode continuar com essa linha de pratos para o almoço, me agradou muito- finalizou dando outra garfada no almoço, ele não gostava de comidas muito refinadas, preferia o bom e velho tradicional, e de fato a comida de Anahí tinha lhe deixado satisfeito, melhor do que a da antiga empregada.

-Sim senhor seu Alfonso- ela concordou baixo- Fico feliz que a comida tenha lhe agradado, se não se importa vou me retirar, mas qualquer coisa que precisar estou na cozinha- falou saido da vista dele que concordou com um aceno de cabeça.

Eram quase oito da noite. Anahí estava descendo de seu terceiro ônibus para começar a subir o morro rumo a sua casa para se preparar para o bar. A chuva forte judiava o Rio de Janeiro, e para comprovar suas teses de que o destino realmente a odiava, assim que pisou fora do ônibus e abriu sua sombrinha o vento engrossou, quebrando o arame frágil que segurava a lona.

Alfonso estava voltando da delegacia, devido a chuva forte acabou atrasando para sair e precisando fazer outro caminho para sua casa. Passou na rua onde começava o território do Alemão. Parou no sinal a tempo de ver uma loira lutando com um guarda chuva quebrado. Assim que a mulher ensopada se virou para reclamar pelo motorista do ônibus que tinha descido ter jogado água em todos da calçada, Poncho viu o rosto e associou ao de anahí, sua nova empregada.

Viu a mesma subir o enorme morro de baixo de chuva e falou para si mesmo no carro.

-Então quer dizer que você mora no alemão anahí- acelerou o carro pensativo. O mundo é realmente pequeno.

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