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-Vamos começar a preparar a operação- Alfonso fala firme, estava presidindo uma reunião na delegacia- Essa semana conseguimos interceptar um telefonema onde o tal Sabiá afirma fazer um descarregamento das drogas em três semanas. Mas aí é onde mora o problema, os caminhões iram vir de diferentes estradas até entrar no morro- fala mostrando algumas imagens no projetor- Precisamos de postos em cada uma das entradas do alemão, e precisamos estar o mais discretos possível para interceptar com sucesso.

-E é valido lembrar da importância do sigilo deste assunto, ficamos sabendo que alguém de dentro do presídio está tendo informações privilegiadas e repassando para o comando da facção- completa um major.

Passada a reunião, o horário de almoço se aproxima. Alfonso como sempre fica muito compenetrado no trabalho, se esquecendo muitas vezes até de se alimentar. Hoje não foi diferente, estava faminto e só de lembrar do almoço de ontem chegou a salivar.

Junto ao pensamento, vieram imagens de Anahí, se lembrava de te-la visto antes, e agora de perto contatou ser uma tentação, não podia negar que ela o atraia fisicamente. Com isso em mente, lembrou de ve-la subindo o morro na noite anterior e de seu semblante abatido sempre, não pode evitar um sentimento estranho no peito, talvez uma necessidade de proteção.

Seus pensamentos são interrompidos pelo toque do celular. Valentina; na mesma hora bufou e revirou os olhos, ela estava testando seus limites. O moreno rejeitou a chamada a tempo de ver Neto se aproximar.

-Deixa eu adivinhar, pela cara, Valentina?- Neto fala divertido indo se sentar ao lado do amigo.

Pedro Neto sempre se deu bem com Poncho justamente por suas personalidades distintas, Neto era animado, sempre fazendo piadas e interagindo com quem quer que fosse, era raro não se dar bem com alguém, por isso era tão implicado com a prima de Poncho.

-Era- o moreno de olhos verdes suspira e se recosta na cadeira- Ela parece que nos últimos dias está fazendo o possível para encher minha paciência.

-Eu sempre te falei cara, isso ainda vai dar muita merda. Um porque já te disse que ela não presta e dois porque ela é sua prima caralho.

-Fala baixo porra- Poncho fala- Eu sei onde estou me metendo ok?

-Você até pode saber, mas ela não- Neto fala olhando a hora no relógio- Eu sei que sempre deixou claro que não queria nada sério, mas você sabe que ela quer, e hora ou outra ela vai fazer alguma coisa, sabe como ela é instável- passou a mão nos cabelos mel- E pelo jeito vai ser mais rápido do que pensamos- indicou com a cabeça o celular que tocava outra vez.

Poncho nada falou, apenas desligou o celular, estava irritado com Valentina.

-Mas e agora? Vamos almoçar? Abriu um restaurante na barra que parece ótimo- Neto chama depois de ver a hora.

-Vou para casa almoçar- se levantou e recolheu seus pertences- A nova empregada cozinha bem para caralho irmão. Por que não vem?- convidou o amigo.

-Então conseguiu uma faxineira finalmente? Não consigo nem imaginar o lixão que devia estar sua casa- falou rindo e acompanhando o amigo até o Jeep de Poncho, sempre que almoçavam juntos iam no mesmo carro, não precisava de dois.

-Minha mãe resolveu isso para mim- falou desativando o alarme do carro.

Alguns minutos depois chegaram na casa de Poncho e estacionaram o carro na garagem. Antes mesmos de abrirem a porta Neto se manifesta.

-Porra Poncho, que delícia de cheiro cara.

Assim que entraram na sala de jantar a mesa estava pronta, uma macarronada com molho bolonhesa e salada céesar estavam cheirando maravilhosamente. Any entrou na sala com uma jarra de suco de laranja espremido na hora quando viu os dois homens parados, dois belos homens diga-se de passagem.

-Boa tarde seu Alfonso, senhor...- falou em tom de questionamento, não conhecia o outro homem.

-Pode me chamar de Neto falou o outro divertido- Um prazer.

Ela concorou com a cabeça e sorriu tímida colocando o suco na mesa.

-Precisa que pegue outro prato seu Alfonso?- ela perguntou próativa.

-Por favor Anahí- ele concorda se sentando a mesa junto ao amigo.

Alguns instantes depois ela serve os dois e se retira.

-Poncho, você não me falou que além de cozinhar fodidamente bem ela é uma gata- fez uma expressão exagerada- Gostosa demais irmão.

-Bonitinha- Poncho desdenha, mas por dentro concordava com ênfase.

Depois de almoçar, Alfonso subiu para escovar os dentes e pegar alguns documentos, Neto não perdeu tempo e foi na cozinha conversar com a tal Anahí, sem maldade nenhuma, apenas fazer amizade. Descobriu que ela além de linda era super divertida, sua personalidade parecia muito com a dele, pena ela não ter muito tempo para expressa-la.

Neto ficou encantado com a loira era divertida e inteligente, descobriu que ela trancou a faculdade no 7 período de direito e lamentou, ficou sabendo que o sonho era ser advogada para melhorar a comunidade onde morava e logo contou que era o morro do alemão, despertando mais curiosidade no homem.

Quando Poncho desceu, encontrou ela lavando louça enquanto ria do que Pedro falava. o sorriso dela era realmente bonito, ela era toda bonita. Mas ele precisava voltar ao trabalho

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