Chinese

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Volto para casa, sem tentar esconder meu desanimo. Subo as escadas até meu quarto, fecho a porta e deito em minha cama.

- Pelo menos agora, se ele um dia voltar a falar com você, não vai mais se sentir tão culpada. - Falo para mim mesma.

Pego no sono. Meus últimos pensamentos são os que envolviam Cameron. Acordo, no máximo, uns dez minutos depois, havia apenas cochilado. Me levanto meio zonza e desço as escadas até a cozinha para buscar um copo de água. Antes que eu pudesse sequer colocar o pé na cozinha, escuto a voz de meu pai no celular.

- Que droga! Será que eu tenho que resolver tudo por aqui?! - Me escondo atrás da parede, impedindo-o de me ver. Era possível ouvir uma voz nervosa falando alto no outro lado da linha. - Não. Não. Não. Não vou deixar isso acontecer, isso vai arruinar todos os meus negócios. - A pessoa fala algumas coisas inaudíveis - Isso não vai acontecer. - Keith diz e por fim desliga. Por fim entro na cozinha, indo em direção ao armário, pegando um copo.

- Está tudo bem, pai? Você parece estressado.

- Não é nada. É só algumas coisas que estão dando errado. Vou precisar voltar pra White Pine Bay.

- O que? De novo?? - Falo enchendo o copo de água.

- Sim. Mas prometo que volto antes da madrugada.

- Por que você passa tanto tempo lá?

- É que meus negócios estão lá, filha, estão com alguns problemas e eles precisam da minha ajuda para resolvê-los.

- Ok... Vai sair quando? - Ele olha seu relógio. Era uma da tarde já.

- No fim da tarde. - Ele passa por mim e sobe as escadas.

*tempo depois*

Já estava escurecendo, meu pai desce as escadas da casa impaciente. Me levanto, andando em sua direção para me despedir.

- Vou voltar antes da madrugada, tudo bem?

- Tudo bem. - Ele deposita um beijo em minha testa. Keith caminha até a porta, antes de fechá-la ele se vira.

- Se quiser chamar alguma amiga ou amigo para vir, não tem problema, só não de uma festa. - Rio e concordo com minha cabeça. - Tchau filha.

- Tchau pai. - Ele se despede e vai embora, fechando a porta.

Pego meu celular e ligo para Nash, dizendo que havia contado para Cameron, mas que explicaria para ele mais tarde por que não estava a fim de explicar a situação. Já era o bastante passar por ela no mesmo dia. Me deito no sofá como sempre e coloco um filme qualquer. Deve existir alguma coisa entre o sofá e eu, sempre que me deito, uma onda de sono me invade. Meus olhos já estavam fechados, podia perceber que estava na "fase de transição". Um barulho alto fez eu acordar de vez, era a campainha. Solto um gemido, estava com muita preguiça de me levantar. Alguns instantes se passam e a pessoa aperta a campainha novamente.

- Já vou! - Grito impaciente. Chego até a porta, a destranco e a abro.

- Chinese? - Nash diz sorridente levantando a sacola que continha comida chinesa. Sorrio e dou passagem. Nash caminha até a cozinha e coloca a sacola em cima da ilha da cozinha.

- Então... - Nash batuca com seus dedos na estante.

- Então...

- Agora tá explicado por que o Cameron não responde mais minhas mensagens.

- Está explicado.

- Bom... Está com fome? - Ele pergunta apontando para a sacola. Faço que sim com minha cabeça. Nash tira da sacola duas caixinhas com yakisoba dentro. Pego um refrigerante e encho dois copos, levando-os até a mesinha de centro em frente ao sofá. Nash chega e me da uma das caixas. Nos sentamos no sofá. Apoio meus pés na mesinha e Nash faz o mesmo.

Dirty LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora