Believe me

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Acordo com um susto, tento me mexer mas não consigo, meus braços estavam presos, observo o local à minha volta zonza, via-se apenas árvores, sentia que eu estava amarrada em uma e minha visão quase escura, só vejo um vulto vindo em minha direção. Norman. Ele chega perto.

- Eu te falei que era melhor você ter me falado onde estava o dinheiro, mas pelo jeito temos alguém teimosa aqui... - Viro meu rosto, evitando seus olhos.

- Eu já disse que eu não sei onde está a porra do dinheiro! - Grito na sua cara - agora faz o favor de me soltar?

- Durante todo esse tempo, todas as mensagens enviadas e o Cameron nem liga para o que eu disse sobre te matar? Ele deve mesmo gostar de você hein?

- Por que você fez isso Norman? - Pergunto incrédula.

- As mensagens? - Ele pergunta, balanço minha cabeça - Heather, eu sempre soube sobre os nossos pais, que o pai de Cameron devia para a minha família, e que o seu pai estava escondendo o dinheiro. Mas nunca pensei que seria longe demais, matar alguém? Você acha isso certo? - Ele diz e fico em silêncio - a perda de alguém na família é algo horrível, faz as pessoas se transformarem, se eu te matasse agora mesmo e chegasse em casa sujo de sangue, minha mãe não faria nada de tão drogada que ela deve estar, você não faz noção, eu simplesmente não existo mais para ela. Já o meu pai - ele ri debochado - não deve nem saber que sua filha está morta, viajou faz dois meses e ainda não voltou.

- Olha, Norman, eu sinto muito, mesmo. - antes que eu pudesse dizer algo ele me interrompe.

- O que você tinha dito aquele dia? Da vontade de estourar o crânio das pessoas que dizem isso, não era?

- Foda-se, Norman, me escuta, acredite no que eu estou te dizendo, não estou com o dinheiro, nem eu, nem Cameron.

- Você está sim! Você ta escondendo de mim.

- Não estou escondendo nada Norman. Por que eu faria isso?

- Pra proteger o seu namoradinho.

- Para Norman, não estou protegendo ninguém. - Falo e então Norman se aproxima, tirando de seu bolso um canivete um pouco grande, ele pega sua lâmina e aproxima de meu rosto.

- Agora me faça acreditar no que você está dizendo. - Engulo em seco, apavorada. Norman passa o canivete no lado do meu rosto, me fazendo sentir uma pequena ardência na pele.

- Sabe, seria uma pena fazer isso... Eu realmente gosto de você. - Ele diz enfim descendo para meu pescoço. Fecho os olhos e rezo para que algo acontecesse e impedisse o que estava prestes a acontecer.

Alguns instantes depois não sinto mais nenhum canivete contra a minha pele. Algo havia acontecido. Abro os olhos lentamente e vejo um Cameron agarrando os braços do garoto. Cameron o jogo na terra e pula em cima dele, batendo-o com força. Grito para Cameron parar, mas ele não me escuta, apenas continua a bater em Norman.

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Desculpem o cap pequeno!

Dirty LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora