Dallas

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Abro meus olhos com um susto, reconheço não ser meu quarto, apenas percebo ser familiar, aos poucos o som de uma televisão preenche o espaço. Viro de lado e me deparo com Cameron usando apenas um calção assistindo atenciosamente a série de televisão. Engulo em seco e então ele olha em minha direção.

- Bom dia. - Ele diz.

- A gente não... - Falo ignorando seu bom dia e levantando a coberta, olhando para meu corpo e vendo se eu estava de roupa. Cameron começa à rir e então responde:

- Você quer saber se a gente transou? - Ele pergunta, balanço minha cabeça, confirmando.

- Não, por que se não você estaria sentindo dores terríveis se você se mexesse. - Cameron se gaba, encaro ele e se possível, já teria matado ele com o meu olhar. Antes de levantar da cama, ajeito minha saia e então afasto a coberta, boto meus pés no chão lentamente, como se fosse a primeira mulher a pisar na lua. Me levanto e a gravidade impiedosa me atinge, como se eu tivesse sido esmagada por um elefante. Me apoio na cabeceira da cama e observo o quarto, procurando por meu sapato.

- Onde ta o meu sapato?

- Ta lá embaixo na cozinha. - Ele diz ainda concentrado. Me viro para ele, na esperança de me guiar, já que eu não conhecia nem 1/4 daquela casa.

- Já vou, só espera a propaganda. - Cameron diz como se tivesse lido minha mente.

- Sabe, se eu não estivesse tão fraca agora, eu bem que poderia tacar esse copo na tua cara horrorosa. - Falo apontando para o copo de água quase cheio na cabeceira.

- Ta bem. - Ele diz na defensiva, Cameron se levanta e resmunga algo - Só fica sabendo que depois tu vai achar esse episódio em algum canal nem que esteja na puta que pariu.

Cameron anda para fora do quarto e então tento andar, a cada passo, parecia um pedaço tirado de meu corpo, isso sem contar a forte da porra da dor de cabeça.

- Heather morreu? - Ele grita do corredor, chego até a porta de seu quarto e então tenho sua visão, Cameron tava parado, apoiado na parede, ando mais devagar que uma tartaruga, ele então se movimenta bruscamente e vem em minha direção, estremeço de medo, pensando no que ele iria fazer, quando ele está perto o suficiente, Cameron coloca seu braço direito envolta de minha cintura e com o outro pega minhas pernas, ele me carrega com facilidade pelo corredor, Cameron desce a escada e a cada instante me sentia mais envergonhada. Chegamos na cozinha e então ele me coloca em uma estante. Cameron se afasta e me olha.

- Você parece horrível.

- Ah, obrigada! - Falo sarcástica, ele ri pelo nariz e logo responde.

- Mas também, além de você ter ficado bebaça, ainda se tacou na água gelada com a Alyson.

- Não é minha culpa se a Alyson é uma puta e quis te dar.

- Uhhhh, essa doeu. - Ele diz sorridente, como se visse graça na situação. Coloco minha mão em minha cabeça, na esperança de que ela tivesse um poder mágico de cura.

- Calma aí. - Cameron anda pela cozinha e então abre um armário somente de remédios, ele pega algo de lá e então vai até outro armário, tirando de lá um copo, ele o enche de água e vem em minha direção, Cameron me da a aspirina, coloco na boca e logo depois ele me alcança o copo de água. Ele apóia suas mãos bem ao lado de minhas pernas, me dando calafrios e antes que pudesse ao menos perceber, seu corpo estava colado no meu, acabo de tomar a água e então ele tira o copo de minha mão, Cameron passa suas mãos por minhas pernas, me deixando arrepiada até que chega em minhas coxas, onde acaricia elas, ele se aproxima e então minha respiração acelera, Cameron beija meu pescoço, me fazendo ficar um pouco assustada, consigo me controlar o suficiente para não empurrar ele de mim, depois de alguns instantes não consigo conter e solto alguns gemidos baixos. Ele se afasta e então me encara, Cameron passa sua mão por minha bochecha.

- Isso ta bem vermelho... - Ele segura meu rosto e deposita um beijo no machucado, logo depois ele faz uma trilha até minha boca, prendo minhas mãos em sua nuca e antes que ele pudesse chegar à minha boca meu celular toca.

- Você achou meu celular? - Pergunto virando meu rosto e olhando para meu celular.

- Ele tava em uma estante da sala do Nash - Ele diz beijando meu pescoço novamente, estico meu braço e pego meu celular. Atendo ele.

- Alô. Filha? Onde você ta?? - Ele grita do outro lado da linha. Demoro um pouco pra responder, graças à Cameron que continuava à beijar meu pescoço, coloco minha mão em seu cabelo, segurando forte.

- Oi pai! Eu to aqui na casa da Kendall... - Falo de olhos fechados, rezando para ele acreditar.

- Por que você não me avisou?? Estava preocupado.

- Eu sei, eu sei, mas é que meu celular tava sem bateria e eu só consegui carregar hoje de manhã. - Falo e Cameron ri baixinho, fazendo cócegas em meu pescoço.

- Você ta bem?

- Sim.

- Ok, venha logo para casa, a sua tia vem almoçar aqui.

- Beleza, já vou. - Desligo o celular e então espero alguns instantes de prazer, Cameron me puxa pela cintura, fazendo com que seu peito esteja colado no meu, depois pega minhas pernas e as abre ficando entre elas, ele segura e acaricia elas enquanto beija e morde meu pescoço, começo a gemer novamente, solto um longo suspiro até que afasto ele lentamente sabendo onde isso iria dar.

- O que foi?

- E-eu preciso ir. - Falo descendo da bancada.

- Tudo bem. - Ele diz. Pego meu sapato e meu celular, Cameron pega sua camisa que tava encima de uma cadeira e então saímos de sua casa, vamos até seu carro e então entramos, dou as coordenadas da minha casa e então paramos na porta, Cameron me encara e então pergunto:

- O que é?

- Esse seu machucado e a sua roupa, ele vai desconfiar disso...

- É eu sei, por isso vou dizer que todo mundo no final da festa acabou se jogando no rio e que eu bati com a minha cara em uma pedra, sei lá. - Falo fazendo ele rir.

- Mas e essas duas marcas vermelhas? - Ele diz mexendo sua cabeça em minha direção.

- Duas? Que duas?

- Essas no seu pescoço. - Ele diz passando a mão embaixo de minha mandíbula do lado esquerdo de meu rosto e depois mais abaixo. Olho para ele não lembrando de ele ter feito isso, Cameron começa a gargalhar e então tento me conter, ficando séria, ele faz o mesmo e então começamos um rápido jogo do sério, não consigo conter e começo à rir. Passo a mão pelas duas marcas e então falo:

- Vou dizer que vampiros existem.

- Acho que essa é a mais convincente. - Ele diz risonho, bato em seu braço - aí! O que eu fiz?

- Obrigada pelas marcas, idiota, isso vai ter volta, só espere.

- Não foi minha culpa se você tava me provocando, além do mais, eu mal posso esperar.

- Eu? Te provocando? Não era eu que tava sem camisa.

- Ah! Então quer dizer que você se sentiu atraída? - Ele pergunta levantando sua sobrancelha, não respondo, apenas rio e coloco minha mão em minha cabeça - Beleza, vou me lembrar disso mais vezes.

- Ta bem, então me lembre de andar sem camisa mais vezes também, ok? - Falo encarando ele.

- Você ta pedindo pra ganhar outra marca nesse pescoço - Ele diz mordendo seu lábio inferior - mas com certeza eu vou me lembrar. - Ele diz isso e então saio do carro.

- Ei Heather!

- O que foi agora? Vai dizer que tem alguma marca na minha bunda também? - Falo fazendo ele gargalhar.

- Não, só espero que você vá para a casa da Kendall mais vezes... - Ele diz piscando e sorrindo.

Dirty LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora