Yvrídia: O Reino Híbrido

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"Alí a magia permanecia intocada, os animais corriam livres e o coração da ilha batia forte. Aquela terra seria eternamente fértil."

Jeon Jung-Kook

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Jeon Jung-Kook

   "O céu esteve escuro por dois dias seguidos, mas mesmo assim ninguém parecia nem um pouco abalado. A chuva era forte, o cheiro inebriante da grama encharcada enchia os focinhos de qualquer um que pisasse em Yvrídia. As notícias corriam muito rápido, os animais todos se agitavam para presenciar o que viria a ser um dos eventos mais importantes para o reino.

   Ao nascer do terceiro dia, o sol se abriu de maeira quase mística. As corças saiam dos aposentos reais bastante apressadas, era só questão de tempo. Naquele momento eu só podia ouvir mínimos estímulos mundanos e a luz irritava muito meus olhos, meus pulmões doiam. Seria impossível lembrar que qualquer outra coisa, então agora só poderei dizer aquilo que foi documentado.

   Aos sons e sinais da manhã, soaram alto as trobetas do palácio e aí todos souberam que ele tinha enfim chegado. A aglomeração aos pés do castelo esperava ansiosa, o portão foi aberto e todos viram o que seria um presságio dos mais profundos desejos divínos. A rainha estava coberta com um fino vestido de seda leve que balançava com o vento e sua barra ia até a canela. Ao seu lado vinha o rei, com leves roupas de algodão em um tom bastante claro de creme.

   Seus olhares eram joviais como sempre, mas pareciam muito cansados. Pés descalços sentindo a água e a lama, traziam um sorriso orgulhoso e pequenas lágrimas enquanto todos os súditos a sua volta balançavam as caldas em êxtase pela visão que tiveram. Nos braços, os reis carregavam um recém nascido filhote de coelho.

"O filho das deusas e herdeiro dessas terras!!!"

"Graças as deusas!!!"

"Majestade, como ele se chama?"

   A rainha mirou o pequeno filhote em seus braços, fechou os olhos e remexeu os dedos do pé na grama. Suas orelhas se mexiam como se escutasse milhares de nomes, seu pequeno rabo tremia um pouco e a respiração profunda significavam reflexão e meditação, a rainha estava em profundo transe. Alguns minutos de completo silêncio na floresta eram coisas quase impossíveis, mas mesmo assim aconteceu naquele dia. Quando a aura mágica se dispersou aos poucos a rainha olhou o filho que segurava com tanto cuidado, sorridente como era, respondeu aos súditos:

"Saúdem o príncipe Jeon Jung-Kook"

   Os aplausos foram tão altos que me acordaram no susto, um bebê de sono leve."

[...]

   A cesta que me seria entregue parecia maior que o usual, eu sabia bem para quê ela serviria, não era a minha primeira vez naquele trabalho, mas ainda assim parecia grande demais. Ver mamãe carregar aquilo com tanta facilidade até as minhas mãos, mesmo estando grávida, me lembrava de nunca duvidar da rainha de Yvrídia. Uma leve espiada no conteúdo e percebi algo mais estranho que o peso:

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