Nos Caminhos Da Floresta: União

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Lá as águas eram claras, as brisas eram leves e o mato era verde. Com um pouco de sorte, era possível ver pequenas rãs pelas margens do riacho.

 Com um pouco de sorte, era possível ver pequenas rãs pelas margens do riacho

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Kim Seok-Jin

   "Quando a comitiva de Angeloi foi embora, o castelo estava em êxtase pelo sucesso do encontro diplomático. Os criados fofocavam sobre os anjos, entre mil elogios a beleza dos recentes convidados, diziam também que o rei havia elogiado-me para mamãe. Ele supostamente teria dito que eu era um jovem promissor e muito educado, aquilo poderia ser maravilhoso para minha relação com o parlamento, caso o boato se provasse verdadeiro ou apenas se tornasse tão grande a ponto de o levarem como tal.

   Fazendo dois dias desde o retorno deles para Angeloi, começei a tocar levemente no assunto "Kim Tae-Hyung" na frente de mamãe. Fosse durante as refeições ou durante nossas obrigações reais, longe ou perto dos outros parlamentares, eu nunca deixava mamãe esquecer o quanto eu achava Tae-Hyung uma pessoa fascinante. Demorou um pouco até que ela realmente demonstrasse mais expressões com relação ao assunto, talvez estivesse receosa. Mas durante um dos poucos cafés da manhã em que a família real de Mágissa estava com todos os seus membros restantes à mesa, ela deu corda para minhas falações:

"Tae-Hyung é muito educado e me fez abrir os olhos para muitas questões, mamãe. Eu gostaria de poder vê-lo mais vezes.", eu disse

   Seok-Ki continuou a sua refeição, me ignorando como sempre, mas pude ver uma sombra de desgosto em sua jovem face. Devia estar com medo de que Tae-Hyung abrisse o bico e a culpa fosse toda jogada nela. Mesmo que após o fim da festa eu a tivesse garantido que ele não contaria nada, ela tinha todos os motivos para não confiar em anjos. Mamãe por outro lado, gozava da ignorância quanto a tudo que havia se passado na noite do baile, então ficou muito feliz por eu ter me dado bem com pelo menos um anjo:

"É bom que esteja despertando interesse neles, meu filho. Eu errei em como lhe tratei naquela noite, sei que queria muito ir para as negociações, ambos estavamos nervosos e agora vejo que fui muito rígida. Prometo te recompensar com algo, algum pedido?"

    Meus olhos brilhavam em felicidade. Mamãe não era alguém que gostava de estar em conflitos e eu entendia o estado em que ela estava naquela noite, então normalmente diria que não precisava de nada. Mas naquele momento eu precisava sim de um pequeno favor:

"Mamãe, você poderia pedir para o pai de Tae-Hyung deixá-lo vir aqui?"

   Seu suspiro foi cansado, mas afirmativo. Mesmo com mamãe avisando que não seria nada fácil e que eles eram muito fechados, eu precisava tirar Tae de lá, era uma promessa para um amigo e eu não ia deixá-lo na mão! Mesmo que demorassem meses, o que de fato aconteceu, eu estava disposto a correr atrás. A primeira carta foi enviada com uma semana da saída deles e teve como resposta um belo "não". A segunda teve um "logo mais Tae-Hyung estará menos ocupado e consideraremos". Tae-Hyung me disse que talvez estivessem esperando ele sair de castigo e que podiam usar essa oportunidade como teste para ele, então eu deveria mandar a terceira carta em alguns dias. Mamãe parecia tão empenhada quanto eu ao insistir, achava que eu estava começando a aceitar a aliança com Angeloi, seria uma pena se ela soubesse, às vezes eu me sentia culpado, não gostava de mentir pra ela."

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