Capítulo 5.

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ELENA.
Nesse um mês que fiquei sem ver o Lucca, eu consegui mais ou menos me recuperar, infelizmente a falta que ele me faz é muito maior do que a dor que me causou.
Eu arrumei um emprego em uma cafeteria aqui perto de casa, trabalho seis horas por dia, e folgo aos finais de semana.
Estava voltando de mais um dia normal de trabalho, até que chego em casa.
"Cheguei." Caminho até a sala, e paraliso com o que eu vejo.
"Ahh, Lucca?" Meus olhos se arregalam, e sinto meu coração acelerar.
"Oi." Ele diz, e dá um sorriso torto.
Lucca não mudou nada, continua do mesmo jeito, com aqueles olhos verdes penetrantes, e aquele lindo sorriso com covinhas, como eu senti a sua falta.
"Eu não sabia que você tinha voltado." Continuo parada no meio da sala.
Ainda não acredito que Lucca está aqui, pensei que ele não voltaria mais.
"Pois é, eu cheguei a pouco tempo." Ele diz, e passa a mão na nunca, um gesto que ele faz quando está nervoso.
"A comida está lá na cozinha filha, vá tomar um banho primeiro, vocês vão ter o tempo do mundo para conversarem."
Minha mãe sorri, e sobe as escadas acompanhada de Jeff, deixando eu e Lucca sozinhos.
"Tudo bem." Digo, sem tirar os olhos do Lucca.
"Como você está?" Ele, pergunta.
"Bem, e você? Como foi com a sua mãe." Eu estou muito sem jeito.
"Foi tudo bem."
"Legal." Digo.
"Legal." Ele repete.
"Bom, eu vou subir para tomar um banho." Digo.
"Ok, tudo bem, vai lá."
Subo as escadas, e entro no meu quarto.
Estou extremamente nervosa, meu Deus eu estou parecendo uma menininha perto dele.
Para como isso Elena, lembre-se de tudo o que ele te fez passar.
Noites mal dormidas, madrugadas sentada no chão do meu quarto chorando enquanto relia a carta que ele me deixou, me insolando de tudo e todos, se sentindo traída e muito magoada.
Afasto esses pensamentos, e vou tomar um banho gelado.
Termino o banho e me enrolo na toalha, penteio os meus cabelos molhados, e visto uma t-shirt roxa, e um shorts confortável de ficar em casa.
Desço as escadas, e vejo Lucca deitado no sofá assistindo
Para sempre.
"Parece que mudou sua opinião sobre filmes românticos." Brinco.
"Eu ainda acho um saco." Ele dá um leve sorriso.
Vou até a cozinha almoçar, e ouço ele vindo atrás de mim.
"Então, fiquei sabendo que você arrumou um emprego." Ele diz, enquanto se senta em uma das banquetas, que tem em frente ao balcão.
"Sim, arrumei na cafeteria que tem aqui perto." Olho para trás e dou um leve sorriso, que ele retribui.
"E você gosta?" Ele, pergunta.
"Claro, é muito legal, trabalho seis horas por dia, e folgo aos finais de semana."
Me sento de frente para ele.
"Que bom que está gostando."
Meu celular toca, e vejo que é Cadu, pego o celular rapidamente de cima da bancada e atendo.
Ele pergunta algumas coisas, e eu dou respostas rápidas e curtas.
Desligo o celular, e sinto os olhos do Lucca sobre mim, certeza que estou vermelha agora, abaixo os olhos e encaro o chão.
"Vocês voltaram?" Lucca pergunta, rude.
"Oque? Não, claro que não."
Sou rápida em responder.
"Não mesmo?" Ele olha dentro dos meus olhos.
"Não, depois que você foi embora, nos aproximamos, mas somos só amigos, nada mais." Levanto e levo o prato até a pia.
Depois que Lucca foi embora, eu me aproximei do Cadu, eu contei a ele sobre o que aconteceu, e ele ficou ao meu lado e me deu total apoio, mas somos só amigos.
"Bom, eu achei que comigo longe, você poderia voltar com ele, até porque ele é perfeito para você." Ele abaixa os olhos, e brinca com os dedos da mão.
"Não significa que você estava longe, que iríamos voltar." Digo.
"Não?"
"Mais é claro que não, Lucca eu ainda te amo muito, não significa que não somos mais um casal, ou que você passe um tempo longe, que eu deixei de te amar."
Apoio os braços no balcão.
"Você ainda me ama?"
Ele pergunta, e olha nos meus olhos.
Por que eu disse que ainda o amo? Droga Elena.
"Por que está me perguntando isso? Você não tem esse direito."
Digo, olhando em seus olhos verdes.
"Me responde, por favor."
"Lucca, mesmo depois de tudo o que você fez comigo, o amor na acaba assim." Digo.
"Então quer dizer que você ainda me ama?" Ele dá um leve sorriso, e eu não respondo.
Lucca vem até mim e passa o polegar no meu rosto, fazendo carinho, e eu automaticamente fecho os olhos.
"E você? Ainda me ama?" Sussurro.
"Elena, você é a minha vida, eu te amo mais que tudo." Ele pega meu rosto com as suas mãos.
"Eu preciso de um tempo, não sei se consigo te perdoar, eu ainda estou muito magoada." Digo.
"Tudo bem, eu vou te dar o tempo que for preciso." Ele me dá um beijo na testa.
"Que tal assistirmos um filme agora?" Ele, sugere.
"Acho uma ótima ideia."
Fomos até a sala e ele deixou eu escolher o filme, escolho
Como perder um homem em 10 dias, que eu já assisti pelo menos umas cinco vezes.
No meio do filme vejo Lucca se sentar mais perto de mim, mas não ligo, eu gosto quando ele fica pertinho de mim.
"Você está chorando?" Lucca, pergunta.
"Huhum." Murmuro.
"Por qual motivo?"
"Você viu quando ela dá uma voltinha para mostrar o vestido, ele coloca a mão no peito e sorri apaixonado para ela, isso foi tão romântico."
Eu sei que isso não é para tanto, mais eu acho esse gesto lindo, todas as vezes que assisto esse filme, me emociono nessa cena. 
"Vem aqui." Ele bate as mãos nas coxas, e eu deito a minha cabeça no colo dele, logo em seguida ele começa a fazer cafuné em mim.
Meu Deus, como eu senti saudade disso.
Minutos depois que o filme acaba, eu acabo escolhendo outro filme que também já assisti, e adoro.
O melhor amigo da noiva.
Lucca não resmungou, ou fez comentários engraçadinhos dessa vez.
Ele está focado na Tv, e continua fazendo cafuné em mim.
"Lucca?" O chamo sem tirar os olhos da tv, e continuo deitada em seu colo.
"Oi." Ele, sussurra.
"Só para saber se estava acordado, não falou nada desde do outro filme." Sorrio.
"Engraçadinha, só estou prestando atenção no filme."
Ele bate o indicador de leve na ponta do meu nariz.
Quando o filme acaba já é de noite, e estou cheia de fome.
"Que tal pedimos pizza?" Pergunto.
"Uma ótima ideia."
Enquanto ele liga para a pizzaria, eu subo para ver se os nossos pais também vão querer.
Bato de leve na porta, e não obtenho resposta, abro uma brechinha da porta do quarto, e vejo que eles já estão dormindo.
Decido não acorda-lós.
"Eles vão querer?" Lucca pergunta, assim que volto para sala.
"Já estão dormindo, preferi não acorda-lós."
"Ok."
"Você escolhe agora o que vamos assistir."
Entrego o controle para ele.
Minutos depois ele escolhe um filme de tubarão, Água rasas.
"Já assistiu esse filme?"
Ele pergunta, e eu nego com a cabeça.
"Ótimo, nem eu." Ele sorri, e revela suas lindas covinhas.
Eu não resisto, e levo o meu polegar até elas.
Olhos em seus olhos, que já estão me encarando, e automaticamente fomos nos aproximamos, até eu conseguir sentir a sua respiração pesada em meu rosto.
Quando nossas bocas estavam quase se encostando, a campainha toca.
Rapidamente nos afastamos, e ele vai atender a porta.
Ele volta com as pizzas, e o refrigerante.
"Que bom que chegou na hora do filme." Digo ainda tímida, lembrando do que quase aconteceu.
"Sim." Ele diz, concentrado em cortas as pizzas.
Lucca me serve, e se senta ao meu lado no sofá.
Dou play, e começamos a assistir o filme.
Quando terminamos de comer, levo tudo para cozinha, e volto rápido para sala, para não perder o filme, que por sinal é muito bom.
Antes de me sentar no sofá, apago as luzes, deixando tudo escuro, só a iluminação da tv na sala.
Deito a cabeça no colo de Lucca, e minutos depois acabo me distraindo do filme, e me pego olhando para cima, encarando a boca dele.
No mesmo momento, ele passa a língua pelos lábios, os umedecendo, e prende o piercing entre os dentes.
"Vai ficar me secando, ou vai prestar atenção no filme?"
Ele sorri, e me olha.
Rapidamente viro o rosto e volto a minha atenção para o filme, ficando totalmente sem graça.

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O Filho do Meu Padrasto 2Onde histórias criam vida. Descubra agora