Capítulo 20.

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LUCCA.
Eu ainda não consigo acreditar que Elena aceitou morar comigo.
Isso parece um sonho, agora vamos ser um só, vou poder ficar  ainda mais junto da minha garota.
"Você me ouviu?" Pergunta, Elena.
"Aham, ouvi." Minto.
Eu parei de ouvir ela, a uns cinco minutos, Elena não para de falar sobre os nossos pais, se morarmos juntos é realmente uma boa ideia, que somos novos demais.
"E se eles não aceitarem? E se não conseguimos nos adaptar?"
Eu seguro uma de suas mãos trêmulas, e a levo até meus lábios, depositando um beijo.
"Linda, fica calma, vai dar tudo certo." Asseguro ela.
Estaciono o meu carro na garagem, e saio do carro, acompanhado de Elena.
Assim que entramos dentro da casa dos nossos pais, minha vó e Samanta estão na sala, assistindo algum filme.
"Olá queridos, que bom que chegaram." Minha vó, diz.
"Cadê o meu pai?" Pergunto.
"Hoje ele teve que ficar até mais tarde no trabalho, daqui a pouco ele chega." Samantha, diz.
"Queríamos falar algo para vocês, mais acho melhor o Jeff está presente." Elena, diz.
"Aconteceu algo? É grave?"
A mãe dela, pergunta.
"Não, é uma coisa boa, muito boa." Ela olha para mim e sorri, o sorriso mais lindo e doce que já vi, como um garotinho apaixonado, eu retribuo o sorriso.
"Isso é muito bom." Joana, diz.
"Que tal, preparamos o café da tarde, enquanto Jeff não chega?"
"Ótima ideia, mãe."
"Eu até queria ajudar vocês, mais a velinha aqui precisa de um banho." Minha vó diz, e sai rindo.
"Você quer ficar aqui, ou nos ajudar?" Elena me pergunta.
"Ficar aqui." Digo.
"Tudo bem, eu já volto."
Ela beija minha boca, e sai da sala.
Me jogo no sofá, e fico passando os canais na Tv, só está passando merda, então decido desligar.
Pego meu celular no bolso de trás da calça jeans, e vejo duas ligações perdidas de Pedro, e algumas mensagens de Samuel, antes que eu pudesse desligar o celular, e evitar responder, o nome de Pedro aparece na minha tela.
Decido atender, e ver logo o que ele quer.
E aí cara, não atende mais os amigos.
O que você quer?
Pergunto, grosso.
Te convidar para passar o ano novo na fraternidade.
Eu tinha me esquecido que amanhã já é ano novo, Elena e eu não tínhamos programado nada para amanhã, mais com certeza passar o ano novo em casa, só nos dois, é bem melhor do que passar com um monte de filhas da puta, bêbados e drogados.
Pode levar a Elena, se quiser. Ele acrescenta.
Eu não sei, vou ver aqui, mais acho que não vamos.
Desligo, na cara dele.
"Quem era?" Pergunta Elena, reaparecendo na sala.
"Ninguém importante, era só o Pedro."
Levanto do sofá, e caminho até ela.
"Hmm, e o que ele queria?"
Ela franze a testa.
"Nos convidar para passar o ano novo na fraternidade."
Passo o polegar na sua testa, desfazendo as linhas de expressão.
"Você quer ir?"
Ela, pergunta.
"Não, eu não quero ir e te deixar passar o ano novo sozinha."
Digo, acariciando suas bochechas com os meus polegares.
"Eu não iria passar sozinha, se fosse com você." Ela, responde.
"Eu achei que depois de tudo o que aconteceu, você não fosse querer ir." Digo, surpreso.
"Eu não tenho medo deles, e se der alguma coisa errada, nós vamos embora." Ela, diz.
Dou um beijo suave em seus lábios, e ela suspira.
"Eu amo você, Lucca."
"Diz de novo." Eu peço.
"Eu amo você."
Ela beija a minha bochecha, a ponta do meu nariz, até chegar aos meus lábios.
Essa loira é tudo na minha vida, eu a amo tanto, ela não tem noção, do quanto é importante para mim.
"Agora vamos tomar café, ainda temos que contar sobre a grande novidade." Ela me puxa pela mão.
Nos acomodamos na cadeira, Elena faz o meu prato e o dela, com diversas coisas, como uvas e morangos, pães de queijo, um pedaço de bolo de chocolate.
Meu pai chega minutos depois, e se junta com a gente na mesa.
"Eu estou curiosa, o que vocês querem falar?"
"Conta, conta." Diz, minha vó.
Ela sempre foi a boca grande da família, não é de se surpreender que ela fique animada, para ouvir uma grande notícia.
"Também estou curioso."
Meu pai, sorri.
"Bom..." Elena começa, e eu pego sua mão, incentivando a continuar.
Todos estão prestando atenção, com os olhos focados em nós dois.
"Pode ser que é muito cedo, ou que somos muito jovens, mais decidimos morar junto."
Ela termina.
"Oque?" Samatha engasga com a xícara de café.
"Isso é ótimo." Minha vó, diz.
E o cuzão do meu pai permanece calado, parecendo digerir tudo o que Elena acabou de falar.
"Você está bem, mãe?" Elena levanta da cadeira, e vai até a mãe, dando batidinhas em suas costas.
"Sim, só preciso de um minuto."
"Eu não queria que vocês ficassem bravos." Minha doce menina diz, e volta se sentar ao meu lado.
Os lábios de Elena estão tremendo, se algum deles fizerem ela chorar, eu não respondo por mim.
"Eu não sei se é uma boa ideia." Meu pai abre a boca.
"E porque não seria?"
Pergunto, grosso.
"Vocês são jovens demais, Elena não é nem maior de idade."
Ele diz, e dá um gole na sua xícara de café.
Ele já está começando a me irritar.
"Isso não é um problema, Elena faz dezoito daqui a quatro dias." Digo.
"E dinheiro, como vocês vão pagar as coisas?"
Eu acho melhor ele começar calar a porra da boca.
"Nós dois trabalhamos, dinheiro também não vai ser um problema." Altero o meu tom de voz.
Elena aperta a minha mão, e me dá um olhar tranquilo.
"E a minha opinião, não importa?" Samantha, diz.
"Claro que importa, mãe."
Elena franze a testa, uma maninha que sempre faz quando está nervosa.
"Eu concordo com Jeff, não acho que isso é uma boa ideia."
Agora fodeu, se a mãe dela não acha uma boa ideia, Elena também não vai achar.
"Mas, eu amo você filha, e amo você também Lucca, como se fosse meu filho, e se isso vai fazer vocês dois felizes, eu deixo."
Ela sorri, e Elena vai até ela dando um abraço na mãe.
Ufa, solto um suspiro que nem tinha dado conta que estava prendendo.
"Se ela concorda, eu também concordo." Jeff, diz.
"Mais vocês tem que prometer que qualquer coisa que acontecer, ou que precisarem, dinheiro, qualquer coisa, vocês vão nos procurar." Samantha diz, acariciando o rosto da filha.
"Obrigado, mais acho que não vamos precisar." Digo.
"Mesmo assim, é melhor previnir, estamos juntos com vocês, sempre que precisarem vamos estar aqui."
Arregalo os olhos, quando Elena abraça meu pai.
"Muito obrigada, Jeff."
Ela diz, e ele retribui o abraço.
"Tá bom, chega de abraço." Bufo.
"Quando vocês pretendem se mudar, já viram algum apartamento?"
Minha vó, pergunta.
"Já vimos um apartamento, é perfeito, e vamos para lá, ainda hoje." Elena volta a se sentar ao meu lado.
"Mais já?"
"Sim, fica uns vinte minutos daqui, quando estiver tudo pronto, vocês vão lá conhecer."
Nunca vi Elena tão animada como está agora, e vê-lá feliz, me deixa feliz.
"E o trabalho, como vai fazer?" Samanta, pergunta.
Ela não parar de falar nunca?
"O Lucca vai me levar, até eu tirar a minha habilitação."
Ela leva uma uva a boca.
Eles ficam um tempo conversando sobre a nossa mudança, enquanto eu só sabia encher o rabo de comida.
Não estava nem um pouco afim de participar da conversa, ou de ouvir as baboseiras que saem da boca do meu pai.
"Temos que arrumar as coisas." Digo, e me levanta da cadeira.
"Tudo bem, vamos."
"Se precisarem de ajuda, é só chamar." Samantha, diz.
"Obrigada, mãe." Elena, sorri.
Espero que o porra do meu pai, não esteja tentando convencer Samantha, sobre ser uma má ideia, eu e a filha dela morarmos juntos.
"Você está bem?"
Ela pergunta, assim que chegamos ao meu quarto.
"Sim." Pego todas as minhas roupas, que estão no cabide, e jogo tudo em cima da cama.
"Ótimo, por que eu estou feliz." Ela dobra uma das minhas duzentas t-shirt preta, e colocada dentro da mala.
"Eu também estou linda, muito." Sorrio.
"O seu pai se ofereceu a nos ajudar." Ela começa.
"Nem vem." Digo, enquanto ajudo ela a dobrar as roupas.
Estou mais jogando tudo de qualquer jeito dentro da mala, do que realmente dobrando.
"Deixa eu terminar."
Ela, esbraveja.
"Tá." Respondo, sem humor.
"Como estamos nos mudando agora, e não temos dinheiro para comprar tudo de uma vez, ele se ofereceu a comprar os móveis, Tv, e tudo o que a gente precisasse."
Quer saber de uma? Ele que se foda para pagar tudo isso, tem dinheiro para caralho.
"Beleza, escolha as coisas mais caras." Sorrio, e ela revira os olhos.
"Depois do trabalho, minha mãe e sua vó vão comigo no centro, comprar as coisas."
"Enquanto vocês vão lá, eu vou no supermercado, e pedir para mandar alguém colocar internet, essas coisas costumam demorar até três dias."
"Ok, amanhã eu vou ver a Tv, e quando forem instalar a internet, já colocam a tv acabo."
"Você quer que eu veja mais alguma coisa para você?" Pergunto.
"Não, isso está ótimo."
Terminamos de arrumar nossas coisas, que não são tantas assim, e coloco tudo no carro, enquanto Elena se despede do pessoal.
"Que orgulho de você filha, tão jovem, e já está construindo sua vida." Samantha diz, chorando.
Ela se despede do meu pai, e da minha vó, com um abraço, e eu apenas aceno com a cabeça para todos.
"Está pronta?" Pergunto, assim que entramos dentro do carro.
"Sim, estou." Ela me olha, e sorri.
E que comece a nova etapa da nossa vida.

E que comece a nova etapa da nossa vida

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O Filho do Meu Padrasto 2Onde histórias criam vida. Descubra agora