Capítulo 17.

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ELENA.
O centro daqui é enorme, tem várias lojas de diversas coisas.
Minha mãe e Joana não se aguentaram, e acabaram comprando algo para o Lucca.
Como eu sei que ele ficaria bravo por eu comprar algo, acabei comprando só o bolo, pensei em escrever um carta para ele.
"Compramos tudo." Digo.
"Então vamos, meninas." Joana diz, e sai da loja.
Assim que chegamos, eu deixo o bolo na geladeira e vou para o quarto, quando abro a porta me deparo com Lucca dormindo.
Vou até ele e vejo gotas de suor pelo seu rosto, ligo o ar condicionado, e pego o caderno da capa branca que eu trouxe e uma caneta.
Saio do quarto, e vou para a casa da árvore, que fica no jardim.
Escrevo a carta, com todo amor e carinho que eu tenho pelo o Lucca, espero que ele goste, já que disse que não queria presentes, podemos considerar isso como uma lembrancinha.
Tenho ideia, de trazer alguns lençóis e travesseiros, seria legal passarmos a noite aqui na casa da árvore, juntos, só nos dois.
Vou para o quarto pegar tudo, e por sorte, Lucca ainda está em um sono profundo.
Pego tudo o que preciso e arrumo tudo na árvore, aproveito e dou uma limpada no lugar, ficou bem legal, em volta do teto de madeira, tem alguns pregos que seguram vários piscas piscas coloridos, que eu achei na graveta da cozinha, deu um ar mais animado para o lugar.
Aproveito e deixo a carta embaixo de um dos travesseiros, não quero que por acaso ele acabe encontrando a carta no nosso quarto.
Volto para o quarto, antes dele acordar e decidir vim atrás de mim, e acabar vendo a minha surpresa para ele antes da hora.
Chego no quarto, e vejo ele sentando na beirada da cama, coçando os olhos e com os fios dos cabelos todos bagunçados.
"Acordou na hora certa."
Vou até ele e deposito um beijo na sua cabeça.
"Ah é, e porque?" Ele pergunta, com a voz rouca.
"Já são oito horas, daqui a pouco o jantar fica pronto." Digo.
"Ótimo, estou cheio de fome."
Ele me abraça pela cintura, e eu fico no meio das suas longas pernas.
"Deve estar mesmo, dormiu metade do dia." Brinco.
"Melhor do que passar o dia andando por aí."
"Não é, mais não vou discutir isso com você, vem tomar banho comigo?" Pergunto.
"Claro que sim."
Depois que tomamos banho, eu acabo optando pelo mesmo vestido vermelho que eu usei no natal, essa foi a roupa mais bonita que eu trouxe.
Desfaço o coque do meu cabelo, que acaba ficando algumas ondas naturais, e faço uma maquiagem levinha.
"Estou pronta, vamos descer?" Pergunto.
Ele sai do banheiro, com os cabelos molhados e penteados para trás, mais alguns fios ficam fora do lugar, o deixando ainda mais sexy, com uma calça jeans preta, e uma t-shirt branca, é tão injusto ele ser tão lindo, sem ao mesmo se esforçar.
"Eu ja te falei, que esse vestido te deixa ainda mais gostosa?"
Ele puxa a minha mão, me fazendo dar uma voltinha.
"E eu já te falei que você fica extremamente sexy de branco?" Sussurro para ele, como se eu estivesse contando um segredo.
"Bom saber, mais se você continuar me olhando desse jeito, vou ser obrigado a ter jogar naquela cama, e ficar horas fazendo você gemer o meu nome." Ele diz, e passa o polegar na minha bochecha, que com certeza está corada agora.
"Vamos descer." Puxo Lucca para fora do quarto, antes que ele me convença a ficar com ele no quarto.
Chegamos na mesa de jantar, todos já estão lá, minha mãe está com o vestido preto de malha que eu dei a ela no natal, Joana está com uma blusa branca de cetim e com uma saia lápis preta, Jeff está de calça jeans e uma blusa manga curta azul.
Estão todos bem arrumados.
E eu fico feliz por isso, como eles estão tratando com importância e carinho o aniversário do Lucca.
"Vocês estão lindos." Joana, diz.
"Vocês que estão, todos bem vestidos." Digo, e recebo um sorriso carinhoso dos três.
"Que tal tirarmos uma foto?"
Jeff, pergunta.
"Ótima ideia." Respondo, junto com a Joana.
"Nem pensar, não gosto de tirar fotos." Lucca por sorte, diz baixo, fazendo só eu escutar seu comentário grosseiro.
"Eles estão tentando, tira pelo menos uma, por mim."
Faço a minha melhor cara de coitadinha, e ele acaba cedendo.
"Pode ser." Ele coça a nuca.
Eu amo quando o Lucca fica envergonhado ou sem jeito.
Ficamos todos um ao lado do outro, enquanto eu fico na frente, e tiro pelo menos umas três fotos.
"Eu adorei essa." Minha mãe diz, se referindo a última foto.
As duas primeiras fotos, Lucca está bem sério, que chega a ser até engraçado, na última ele está dando um leve sorrisinho.
[.]
O salmão grelhado que minha mãe fez estava ótimo, e acompanhado por uma taça de vinho, ficou melhor ainda.
Terminamos de jantar, e ficamos todos na sala conversando, por um tempo, até eu pegar meu celular e ver que são meia noite.
"São meia noite, parabéns meu amor."
Eu praticamente pulo em seu colo, e distribuo vários beijinhos pelo seu rosto.
"Parabéns para o meu único neto, que eu amo demais e tenho muito orgulho." Joana abraça ele, que fica meio sem jeito mais depois passo os braços em volta da vó.
"Parabéns meu filho, Deus te abençoe, e que você possa sempre seguir pelo caminho certo."
Jeff diz, e se aproxima para abraçar o filho, só que Lucca deu um passo para trás e preferiu dar só um aperto de mão.
Eu fico triste por isso, eu vejo o quanto Jeff tenta e fica triste com essa situação, mais do mesmo jeito que ele demorou para perdoar a vó, mas conseguiu, ele pode também perdoar o pai.
"Temos uma coisa para você." Joana diz, empolgada.
"Hm."
Minha mãe e Joana entregam as sacolas para ele, que para a minha surpresa, não se exaltou, e não falou nada grosseiro.
"Eu já sabia, vocês não tem jeito."
A sua mudança de humor é uma coisa que ainda me surpreende.
"Em minha defesa, eu não comprei nada para você, só o bolo."
"Nem o bolo você precisava ter comprado, linda." Ele beija a minha testa.
"Mas tem uma coisa que eu quero te mostrar, depois do parabéns." Sussurro, só para ele escutar.
"O que seria?" Ele pergunta, curioso.
"Surpresa."
Depois do parabéns, a mãe do Lucca ligou para ele, por vídeo chamada.
No começo ele ficou desconfortável, eu escutei sua mãe perguntar sobre mim, acabei descobrindo que ele tinha falado de mim para ela, que fez questão que eu aparecesse na chamada para me conhecer.
Ela era oposto do Lucca, muito engraçada, simpática, eu adorei conhecer ela, mesmo que tenha sido por celular.
"Nós vamos indo, eu ainda quero mostrar uma coisa para o Lucca." Digo.
"Tudo bem, só tenham cuidado queridos, não quero ser bisavó tão cedo." Joana, brinca.
"E não vai ser, eu não quero ter filhos." Lucca diz, ríspido.
Como assim, ele não pretende ter filhos? Nem daqui a alguns anos?
[.]
"O que estamos fazendo aqui?." Ele me pergunta.
"Vem logo." Puxo sua mão, o fazendo subir as escadas de madeira.
"O que é tudo isso?"
"Você não queria presentes, e eu decidir fazer algo legal para você." Digo.
"Isso é perfeito" Ele me puxa, e cola os nossos lábios.
"Está tudo bem? Estou sentido você distante." Ele, diz.
"Está." Minto.
Eu sei que é besteira pensar nisso agora, mais saber que ele não quer ter filhos, me deixa abalada, o meu sonho é ser mãe, não agora é claro, eu sou nova demais, mais eu quero ser daqui a alguns anos.
"Elena, não minta para mim." Ele puxa de leve o meu queixo, me fazendo o encarar.
"É só que... deixa para lá."
"Fala."
"Você não pretende ter filhos? Nem daqui alguns anos?" Pergunto.
"Não, não quero ter filhos."
"Ah." É só isso que consigo dizer.
"Amo você Elena, não vamos precisar de filhos."
"Amo você, Lucca." Digo, e passo os braços em volta do corpo dele.
Será que ele vai me amar tanto, a ponto de me fazer desistir de uma coisa que sempre quis?

Será que ele vai me amar tanto, a ponto de me fazer desistir de uma coisa que sempre quis?

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