Capítulo 35.

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ELENA.
"Você precisa ir mesmo?" Lucca pergunta, enquanto eu termino de calçar as minhas botas salto baixo preta.
"Eu combinei com ela a dias, amor." Digo.
Desde da semana passada, a Ana vem me chamando para ir almoçar na casa dela, e é claro que eu aceitei.
"Só tenha cuidado, por favor." Ele se senta na cama, e me olha.
"Com o que?" Pergunto, e coloco o meu par de brincos.
"As coisas não saíram muito bem, a última vez que você saiu sozinha."
"Eu sei, tomarei todo o cuidado, poemeto."
"Tudo bem, qualquer coisa você me liga, que eu vou correndo."
"Esse seu lado protetor é tão fofo."
"Fofo é o meu pau, Elena."  Ele se levanta da cama, e vem até mim.
"Ele também." Digo.
"Safada."
"Você gosta que eu sei." Sorrio.
"Eu amo vocês duas." Lucca beija a minha testa, e coloca as mãos na minha barriga.
"Nós também te amamos." Coloco as minhas mãos, por cima das dele.
"Vem, vamos." Ele sai do quarto, e eu o sigo.
[.]
"Tem certeza que não quer ficar, e almoçar com a gente?" Pergunto, quando ele estaciona o carro em frente a casa da Ana.
"Tenho, o Pedro não vai estar, e tenho preguiça de conversa de mulher." Ele sorri, e eu dou um leve tapa em seu braço.
"Tudo bem, te amo." Beijo os seus lábios.
"Eu te amo linda, se cuida e me mande mensagem."
[.]
"Eu ainda não acredito que ficamos grávidas juntas, estamos quase de quatro meses." Ana sorri, e dá um gole no seu suco de laranja.
"Eu também não, nunca imaginei ser mãe tão nova." Digo.
"Nem eu, mas estou tão feliz, com a gravidez do meu menino e com o Pedro, nunca me senti tão completa."
"E eu da minha menina." Sorrio.
"Além de ficarmos grávidas juntas, vamos ter um casal."
"Já pensou em algum nome?" Pergunto.
"Gostamos de Miguel, mais estamos olhando as tantas opções, e você?"
"Não pensei ainda em nenhum, eu e Lucca estamos tão ocupados em comprar roupas e coisinhas de menina, que nem pensamos em um nome." Nós duas sorrimos.
"Rapidinho Elena, vou ao banheiro e já volto."
"Claro, vai lá." Ana se levanta do sofá, e sai da sala.
Aproveito e pego o meu celular, para responder as mensagens do Lucca.
"ELENA!" Ouço Ana gritar, e rapidamente me levanto, e saio da sala.
Paraliso quando entro no banheiro, Ana está sentada ao lado do vaso sanitário, e a sua calcinha está no chão, coberta de sangue.
"Aconteceu alguma coisa!" Ela grita, com as mãos na barriga.
"Eu vou ligar para o Lucca, vou te levar ao hospital." Digo, desesperada.
Corro até a sala, pego o meu celular e ligo para o Lucca, ele mal consegue entender o que eu falo, já que estou ofegante e nervosa.
Volto para o banheiro, me ajoelho em frente a Ana, e seguro as suas mãos.
"Elena, o meu bebê." Ela, chora.
"Vai ficar tudo bem." Minto.
Ajudo ela se limpar, e a vestir uma roupa limpa, minutos depois o Lucca chega, e tem a mesma reação que a minha.
"O que aconteceu?" Ele pergunta, e passa as mãos pelos cabelos.
"Precisamos levar a Ana para o hospital, pega ela no colo, e a leva até o carro." Digo, e assim ele faz.
Chegamos ao hospital, e tivemos que ficar esperando na recepção.
Enquanto esperamos alguma notícia, Lucca liga para o Pedro, explicando o que aconteceu.
"Ele está a caminho, linda." Lucca diz, enquanto me abraça.
Trinta minutos depois, o médico vem nós dar a notícia, Ana sofreu um aborto espontâneo, e perdeu o bebê.
"Eu posso ir ver ela?" Pergunto.
"Claro, podem entrar os dois." Ele nos leva até o quarto que ela está.
"Você quer entrar?" Pergunto, para o Lucca.
"Sim, não vou deixar você sozinha."
Quando entro no quarto, me deparo com a Ana olhando para o teto, com os olhos inchados, e o rosto vermelho.
"Ana?" A chamo, parando ao lado da maca.
"Elena." Ela começa chorar, e eu sem pensar muito, subo em cima da maca, e me deito ao lado dela.
"Eu sinto muito." Abraço ela, enquanto Ana aperta forte a minha mão.
"Eu perdi, perdi o meu menino." Ela, aplica.
"Vai ficar tudo bem."
"Me desculpa, por você tem visto aquela cena, ainda mais que você está grávida." Ela chora ainda mais.
"Você não tem o que se desculpar, só se preocupa em ficar bem." Digo, e vejo o Lucca olhar para nós.
Ele está ao lado da porta de entrada, com os braços cruzados diante do peito, e seus olhos estão indecifráveis.
"O Pedro está vindo?" Ela, pergunta.
"Está."
E assim fico com ela até o Pedro chegar, fico deitada ao seu lado dando todo o meu apoio, enquanto Lucca está sentando em um pequeno sofá, ao lado da maca.
Demos o nosso apoio para o Pedro, e depois viemos embora, eles precisam ficar sozinhos, e assimilar tudo o que aconteceu.
[.]
"Como você está?" Lucca me pergunta, quando entramos no carro.
"Não sei, não sei o que pensar e nem dizer." Suspiro.
"Eu sei, é complicado o que aconteceu."
"Muito, eles não mereciam isso, espero que fiquem bem logo." Digo.
"É"
"E você? Como está?" Pergunto, e olho para ele.
"Bem." Ele mente.
"Você está mentindo, me conta como está." Insisto.
"Eu fiquei imaginando se fosse você..." Interrompo, imediatamente.
"Não pensei, não sou eu, nós estamos bem." Digo, tentando conforta-ló.
"Vocês duas são as mulheres da minha vida, eu amo vocês, não suportaria perder alguma de vocês." Sinto meu coração se aquecer, com a declaração dele.
"E você não vai, não vai perder nenhuma de nós." Digo, e pego a sua mão que está em cima da minha coxa, e a levo até os meus lábios, a beijando.
"Eu te amo, te amo pra caralho, Elena."
"Eu te amo pra caralho, Lucca." Sorrio, com a nossa forma estranha de declarar amor um pelo outro.
"Vamos tentar amenizar o dia pesado que tivemos hoje, que ir jantar comigo?" Ele pergunta, quando liga o carro, e sai do estacionamento do hospital.
"Quero, com certeza."

"

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O Filho do Meu Padrasto 2Onde histórias criam vida. Descubra agora