Capítulo 32.

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LUCCA.
Eu realmente só faço merda, se eu não tivesse parado para abastecer, eu teria evitado isso tudo.
Não podia ter feito ela esperar, não podia!
"Como você está se sentindo?" Pergunto, assim que entro no quarto.
"Bem, vou ter que passar essa noite aqui, em observação."
Ela, diz.
"Está tudo bem com o bebê?" Pergunto, me sentando ao lado dela na maca.
"O bebê está bem." Elena responde, e sorri ao colocar as mãos na barriga.
"Me desculpa." Digo.
"Pelo o que?" Ela pergunta, me olhando.
"Por ter demorado para te buscar, se eu tivesse chegado..." Ela me interrompe.
"Ei, a culpa não foi sua, o que importa é que estamos bem." Ela diz, sem tirar as mãos da barriga.
Essa mulher é incrível, eu sempre faço merda, mais ela sempre tenta ver as coisas boas em mim.
Eu acabo tirando uma das suas mãos da barriga, e a levo até os meus lábios, beijando a palma, em forma de carinho.
"Você sabe se o homem está preso?" Ela, pergunta.
"Está, descobriram que ele estava assaltando as pessoas ali no bairro." Digo, puto só de lembrar daquele merda.
"Que bom." Elena suspira.
"O seu rosto." Passo o polegar pelo seu lábio inferior, que está cortado.
E em seguida, levo até a sua bochecha que está uma mistura de cor roxa com verde, e seu olho esquerdo está vermelho.
"Não está doendo tanto assim, poderia ter sido pior." Ela tenta rir.
"Ainda bem que não foi, eu não consigo imaginar o que faria se algo ruim acontecesse com você." Digo, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.
"Está tudo bem, lindo." Ela se deita, e eu me aproximo mais dela, volto a pegar a sua mão, e a levo até os meus lábios novamente.
Com a sua outra mão, ela faz carinho em minha bochecha com o polegar, e olha dentro dos meus olhos.
"Elena, eu quero muito ter esse bebê com você, eu só estava assustado." Confesso, e vejo a expressão de surpresa, em seu lindo rosto machucado
"Você está falando sério?" Ela pergunta, com os olhos marejados.
"Sim, eu só queria que o seu mundo começasse e terminasse em mim, Elena." Digo.
"É assim, Lucca você é tudo na minha vida."
"Me desculpa por tudo, linda."
"Você está chorando?" Ela, pergunta.
Que? Chorando?
Eu nem avia percebido que meus olhos estão molhados.
"Vem cá." Ela me chama, e eu me deito ao seu lado.
Eu não consigo mais segurar, e acabo chorando igual um idiota.
"Vai ficar tudo bem."
Ela me abraça.
"Eu não suportaria perder vocês." Digo, limpando as lágrimas.
"Você não vai perder ninguém, nós estamos bem." Ela me dá um lindo sorriso, que aquece o meu coração.
"Eu estou com medo." Confesso, novamente.
"Do que?"
"De ser um péssimo pai, eu não quero errar, como o meu pai." Enterro o meu rosto, no pescoço dela.
"Você não vai, esse bebê vai te amar incondicionalmente, assim como eu te amo, você só precisa perdoa-ló." Ela diz, enquanto faz carinho em meus cabelos.
"Eu sei." Digo.
Eu vou começar uma nova fase na minha vida, e quero começar perdoando o meu pai, eu sei que lá no fundo ele se sente um merda pelo o que aconteceu.
"E eu vou."
"Eu vou estar do seu lado, para tudo." Ele beija a minha testa.
"Eu te amo, Elena."
"Eu te amo muito, Lucca."
"Posso tocar?" Pergunto, me referindo a sua barriga.
"Claro."
Eu coloco a mão por dentro da sua roupa de hospital, e aliso a sua barriga.
"Sua barriga ainda está igual, deve ser tão pequenininho ainda." Sorrio, e coloco a minha cabeça em sua barriga.
"Está sim, amor." Ela diz, enxugando as suas lágrimas
"Você me desculpa?" Eu preciso perguntar novamente.
"É claro que sim, eu estou tão feliz que você aceitou o bebê." Ela passa a mão em meus cabelos.
Elena, parece sempre encontrar uma maneira de me tocar.
Uma das suas mãos nas minhas, um toque suave do seus dedos no meu braço, sua mão macia tirando o cabelo da minha testa, ela está constantemente me tocando, e eu me sinto como uma criança do caralho, ganhando um presente no natal.
Eu a amo tanto!
"Eu sempre aceitei, eu só estava assustado e nervoso, desculpa."
"Não precisa ficar se desculpando, está tudo bem, vai passar a noite aqui comigo?" Ela pergunta, ainda fazendo carinho em meus cabelos.
"Claro, eu não vou a lugar nenhum, não mais."
"A médica disse que daqui a dois meses, vamos conseguir ouvir o coração do bebê."
"Sério?" Pergunto.
A minha ficha está caindo aos poucos.
"Huhum." Ela, murmura.
"Como você está se sentindo?" Pergunto.
"Bem, estou com um pouco de dor no olho, mais de resto está tudo ok!"
Deposito um beijo em sua barriga, e me aconchego nela.
Caralho, eu realmente vou ser pai.
[.]
1 mês depois.
Sexo, é uma das coisas mais fantástica, sem dúvidas, ainda mais quando você faz com alguém que realmente ame de verdade.
Mais nesse um mês que se passou, a Elena está com os hormônios a flor da pele, ela quer sexo o tempo todo.
Ainda bem que consigo dar conta, do sexo frequentemente, mais é claro, mesmo que eu esteja cansado, nunca negaria isso a ela.
Nós estamos sentados na recepção do consultório, esperando a Elena ser atendida.
Não vejo a hora de ver o nosso filho.
Estou ansioso e nervoso, a última vez que me senti assim, foi quando beijei e transei com a Elena, pela primeira vez.
"Linda, apenas para de balançar as pernas, está mais nervosa do que eu." Digo, e aperto a perna dela, enquanto trocamos olhares.
"Se não estivéssemos aqui, eu te coloria de joelhos, e daria umas boas batidas nessa sua bunda gostosa." Sorrio, ao ver suas bochechas ficarem vermelhas.
Elena ainda fica sem graça, ao meu ouvir falar putaria para ela, e isso me excita muito.
"Lucca." Ela pressiona as coxas, uma na outra.
"Eu sei que se não estivéssemos aqui, você já estaria no meu colo." Sussurro, em seu ouvido.
"Quando que vamos descobrir o sexo do bebê?" Ela pergunta, mudando de assunto.
"Ainda é cedo." Digo.
"Como sabe?" Ela olha nos meus olhos.
"Talvez, eu tenho visto na internet." Digo, e a vejo sorri.
Na verdade, eu tenho pesquisado várias coisas no Google, sobre gravidez, bebês e essas coisas.
"Elena Cardoso Barros."
Uma moça a chama.
"Boa tarde, sejam bem vindos."
Uma velha de cabelos brancos, e óculos diz, e sorri em seguida.
"Boa tarde." Elena responde e sorri, enquanto eu permaneço calado.
"Você pode vesti-lo, para começarmos a consulta, e vermos o seu bebê." A mulher sorri, de novo.
Elena caminha até um banheiro que tem na sala, e volta vestida com o avental.
Ela se deita na maca, e a doutora levanta o seu avental, e passa algo meloso na barriga da Elena, e em seguida um aparelho muito estranho.
"Aqui está!" A mulher diz, e meu olhar se volta para a tela.
Há apenas um ponto pequeno, que já faz o meu coração acelerar, e meus olhos arderem.
Meu inesperado filho, é aquele pequeno pontinho na tela.
"Com três ou quatro meses, vai dar para ver melhor o bebê."
"Vamos conseguir ouvir o coração?" Elena, pergunta.
"Ainda não dá para ouvir muito bem, o bebê está pequeno, mais daqui a um mês, com certeza dará."
"De resto está tudo bem, né?" Pergunto, enquanto aperto a mão da Elena.
"Está tudo certo papais, fiquem tranquilos, você já pode se vestir, para conversamos."
Ajudo Elena a descer da maca, e ela vai até o banheiro, voltando vestida em seu vestido amarelo, em com os cabelos presos, em um rabo de cavalo.
A doutora faz a Elena se pesar, e passa algumas vitaminas.
"Bom, como você é mamãe de primeira viagem, tente não praticar atividades pesadas agora nesse início, os três primeiros meses são os mais importantes, e que precisam de cuidados.
Agora me conte como tem se sentido." A doutora, diz.
"Tenho sentido fome, sono, enjoo, tonturas e...." Ela me olha.
"Só, só isso." Ela sorri de lado.
Tesão, ela tem sentindo muito tesão.
"Tudo dentro da normalidade, e você papai? Alguma pergunta." Ela, diz.
"Algum problema é fazermos muito sexo?" Pergunto, e vejo Elena arregalar os olhos.
"De forma alguma, sexo é super saudável e indicado, aproveitem o quanto quiserem e puderem."
"Ótimo." Mordo o lábio, para evitar o sorriso.
Minutos depois estamos no carro, indo para casa, depois de já termos passado na farmácia e comprado as vitaminas, e algumas outras coisas que a doutora passou.
Elena está me dando um sermão, pelo meu descaramento em perguntar sobre o sexo, como se ela não gostasse!
Eu aumento o som do carro, e a deixo falando sozinha, ela abaixa e eu aumento de novo.
Nós fazemos isso, até eu estacionar no nosso prédio.
Subimos pelo elevador, sem trocarmos uma palavra, ela está encostada de um lado e eu do outro.
As portas se abrem, e caminhamos até o nosso apartamento, em silêncio.
Por que estamos brigados? Eu não faço ideia.
Só tirei uma dúvida com a médica, não foi o bastante para uma DR.

Só tirei uma dúvida com a médica, não foi o bastante para uma DR

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O Filho do Meu Padrasto 2Onde histórias criam vida. Descubra agora