31 - As babás, outra vez (parte dois)

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Por Malia.

Acordo no dia seguinte sentindo falta do corpo quente que me abraçou na noite anterior. Olho para os lados e Ethan não está. Pego o celular e vejo as horas. 9 da manhã.

Desço as escadas devagar e me surpreendo com a cena. Ethan está no fogão, preparando alguma coisa.

A visão de suas costas largas e de seus músculos se contraindo quando ele se mexe, me fizeram acreditar que esse seria um bom dia.

- Bom dia. - digo me sentando na banqueta alta da ilha da cozinha.

- Bom dia, amor. - tento esconder um sorriso. - Fiz torradas, suco e ovos mexidos. Você acha que é o suficiente?

- É claro que sim. - apoio o cotovelo na ilha e a mão no queixo. - Hoje é sábado, você poderia ter dormido até mais tarde.

- Eu sei, mas quis acordar cedo para fazer um café da manhã legal. - ele apoia os braços no balcão, me encarando. - Já que estou na sua casa, queria ajudar pelo menos no café da manhã.

- Maya e Tom ainda estão dormindo? - pergunto roubando uma torrada.

- Não. Os dois estão na sala, assistindo TV. - assinto. - Mas acordaram há pouco tempo.

- Vou chamá-los para tomarmos café juntos. - digo descendo do banquinho.

Empurro a porta que separa a sala da cozinha e lá estão eles, jogados no sofá e concentrados na TV.

- May, Tom, venham tomar café da manhã. - digo. - Não acredito que vocês estão assistindo Gravity Falls sem mim! - digo fingindo mágoa.

- Foi mal, Mali. - Tom passa por mim, indo em direção a cozinha.

- Alguém quer torradas?

- Eu quero. Com pasta de amendoim. - Maya diz e se levanta para pegar a pasta de amendoim no armário.

- O que vamos fazer hoje a tarde? - Tom pergunta.

- Não sei, pensei em fazer nada o dia todo. - Tom faz um biquinho.

- Ou irmos para a praia! - Ethan diz e Tom comemora.

- Ei! Você tem que parar de fazer tudo para eles, eles vão começar a te preferir. - digo e ele ri.

[...]

Depois do almoço - que Ethan fez questão de preparar -, levamos Maya e Tom até a praia.

- Não vão até muito fundo. - Ethan adverte e seguro um sorriso.
É fofo ver a forma como ele age com meus irmãos, como se fossem irmãos dele ou como se fosse pai deles.

- Vocês não vem?

- Já vamos, May. - a mini loira assente e corre até a grande piscina salgada, com o mini loiro atrás dela. - Você age como se fosse pai. - digo.

- Um dia eu vou ser. - ele enfia as mãos nos bolsos e encara Tom e May ao longe.
Penso um pouco, isso foi uma indireta? Quer dizer que ele vai ser pai dos meus filhos? - Vou, não vou?

- Acho que sim. - rio. - Você acha que eu serei a mãe, no caso?

- E existe mamãe melhor? - ele repete a frase do dia em que conheci o Max. Rio outra vez.

- Está afim de entrar no mar? - ele pergunta se sentando na areia.

- Nenhum pouco. Não sou de recusar o mar mas está muito frio. - me sento ao seu lado e enfio as mãos no bolso do moletom.

- Eles são doidos. - ele aponta para Maya e Tom. - A água pode até estar quentinha mas quero ver quando eles saírem.

Meu celular vibra. Uma notificação do grupo que tenho com Elis e Anne brilha na tela.

Um amor de verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora