Epílogo

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Aquele seria um grande dia, adrenalina habitava em Daniel enquanto ele se arrumava para um evento muito importante para todos eles, além de ser o aniversário de oito anos da pequena Tori, seria também um símbolo de lembrança de tudo que o trio viveu anos atrás. Daniel saiu do banheiro ajeitando sua mais nova blusa, que tinha ganhado de presente recentemente, o mais velho tentou não utilizar seus óculos mas sua visão era precária sem os mesmos, logo desistiu de sua estúpida ideia e colocou o objeto em seu rosto. Passando mais um vez seu perfume em seu pescoço, se dirigiu em busca das chaves de seu carro, logo trancando sua casa, da qual tinha recém se mudado para.

Daniel passou o caminho escutando músicas animadas e focando na letra das mesmas, o dia estava lindo não tinha como negar isso, e o fato de Daniel Nascimento estar com um bom humor para ir em uma festa era algo raro e único. Sua afilhada tinha se tornado a criança mais esperta e brincalhona que ele conhecia, não que ele fosse de gostar de crianças mas ele era completamente bobo por Tori Bizzocchi desde que a mesma era pequena.

Tori já não poderia ser chamada de pequena, afinal pelas palavras da mesma ela já era quase adulta como a tia Bia, e quando ela crescesse mais ela iria pintar seu cabelo de azul e virar a melhor astronauta que o mundo já tinha visto! A garotinha não tardou em começar a falar, sendo sua primeira palavra "canguru" e logo em seguida aflorou nas demais palavras, era fácil para a menina fazer as coisas que mais gostava, ela era muito esforçada para uma pessoinha de oito anos.

Tori tinha a pela negra como chocolate, seus cabelos eram crespos e lindos de qualquer forma possível, ela tinha traços marcantes e um sorriso contagiante, céus ela era linda! Uma garotinha com um potencial enorme, ela iria longe apenas sendo ela, aquilo era o mais especial nela, sua personalidade e seu brilho natural. Ela era incrível, e todos enxergavam isso nela, ela brilhava mais que todas as estrelas e ela era o significado de encantador, por que quando você conhecia aquela garotinha não tinha como não se encantar.

Anderson tinha se tornado um pai incrível, ele daria tudo por sua criança e logo eram eles contra o mundo. Bizzocchi tinha aprendido com sua filha mais do que ela tinha aprendido com ele, os dois eram família, e o significado daquilo era lindo.

Daniel tinha tomado o posto de sua empresa já fazia um tempo, no inicio teve várias dificuldades em assumir tudo de uma vez, mas ele sabia que não estava sozinho nessa batalha, afinal todos eram obrigados a ter toda a paciência do mundo com ele, ou então eram demitidos. Óbvio que esse não era o pensamento de Nascimento, mas a maioria dos funcionários ainda o viam como o cara fechado que costumava ser.

Então sua rotina tinha tomado direção em poucos meses desde que Anderson tinha começado a o orientar por lá, Daniel continuava muito focado no trabalho e era difícil fazê-lo se desconcentrar quando estava preso em seus papéis. A dedicação de Nascimento facilmente o fez tomar as rédias da empresa rapidamente, com poucos problemas o atrapalhando.

𖣘

Se aproximando da casa de Anderson, Daniel estacionou seu carro na porta garagem do mesmo, ele sabia que o amigo morria de raiva quando ele fazia isso, por isso ele sempre fazia. Logo desceu de seu carro e seu perfume foi exalado juntamente ao ar gelado do carro que foi liberado ao abrir da porta, o homem que se encontrava de barba cheia, porém bem feita, retirou do banco traseiro uma enorme embalagem do presente de sua afilhada, se dirigindo até a porta onde bateu sem mais delongas.

— Eu atendo!- Um gritinho estridente infantil soou do outro lado do objeto de madeira.— Tio Daniii!- A mais nova diz com empolgação, abraçando fortemente o padrinho.— E UM PRESENTE!- Exclamou mais animada ainda.

— Como vai minha pequena?- Daniel diz se abaixando para ficar da altura da menor, que fechou a cara.

— Tio Dani! Eu tenho oito anos, sou praticamente uma adulta que nem todos vocês.- A mais nova soltou e Daniel ergueu suas sobrancelhas, tomando o presente da mesma assim que ela terminou sua frase.— Eii!

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