Passado...
Raios, trovões, tempestade assombrosa!
Crises, medo, sinapses venenosas!
Tateando os fios dentro um novelo de lã,
Juntando os fragmentos de uma esperança vã...Lá estava eu, gritando para o nada,
Afogando-me na solidão!
Eclipse! Inércia! Impotência!
Inutilidade! Crise! Inexistência!E cá estou eu, preso novamente!
Presente...
Raios, trovões, tempestade assombrosa!
Crises, medo, sinapses venenosas!
Tateando os fios dentro um novelo de lã,
Juntando os fragmentos de uma esperança vã...Um salto! Movimento! Velocidade!
Em mim, pulmões impotentes!
Impulso! Força! Pressa! Desespero!
A visão turvada pelo novelo.RESPIRAÇÃO! IMPULSO! FORÇA! FEROCIDADE!
ALÍVIO! SUCESSO! FELICIDADE!
A tempestade ainda caia,
Os céus ainda rugiam,
O novelo ainda existia.
Todavia, eu voltava a enxergar o horizonte abraçado à liberdade.Ouvi uma voz que me disse: "somos os reis desse chão!".
Senti, de imediato, o conforto pairar em meu coração!
Aliviado, agora respirava,
Pois, em meu porto seguro repousava,
Ao lado de quem me falava:
"Estou com você, irmão!"
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Letras de um Desconhecido
PoetryUm conglomerado de palavras soltas e pontuações desarranjadas. Um grande quebra-cabeças. juntem peça por peça e, para que haja aderência suficiente, acrescentem, nas lacunas entre cada encaixe, algumas gotas de cola de melancolia. Ei-lo diante de vó...