Cinzas Brumas que ofuscam o horizonte
Brumas cinzas que nublam o firmamento,
Cinzas Brumas, perigosas, venenosas,
Cólera, pressa, desespero e um estrondo!Cinzas Brumas que riscam a face,
Brumas cinzas que afogam o peito
Cinzas Brumas que sufocam a vida, o ar, o predicado e o sujeito.Cinzas Brumas que ofuscam o horizonte
Brumas cinzas que nublam o firmamento,
Cinzas Brumas, perigosas, venenosas,
Cólera, pressa, desespero e um estrondo!Corres, perpassas por esse estonteante e voraz nevoeiro!
Mergulhas nos embates daquilo que te afoga o peito!
Vais! Pelejas! Morres ou vives!
Pois, só te resta viver ou morrer!Não és dono de ti,
mas a ti pertence a decisão!
Vais, ligeiro, áspero e veloz
como a bala de um canhão!Para o tudo, para o nada!
Vais e cortas o nevoeiro,
és a arma engatilhada!
És a morte e o ceifeiro!Cinzas Brumas que ofuscam o horizonte
Brumas cinzas que nublam o firmamento,
Cinzas Brumas, perigosas, venenosas,
Cólera, pressa, desespero e um estrondo!
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Letras de um Desconhecido
PoetryUm conglomerado de palavras soltas e pontuações desarranjadas. Um grande quebra-cabeças. juntem peça por peça e, para que haja aderência suficiente, acrescentem, nas lacunas entre cada encaixe, algumas gotas de cola de melancolia. Ei-lo diante de vó...