Há duas feras rugindo em meu interior.
Há duas forças em constante tensão.
Um combate sensível às minhas decisões.
No entanto, Tudo são incertezas depois do sim e do não!O paradoxo constante entre o grito e o silêncio.
Dos gestos subjetivos e das palavras ao vento.
Sou eu, imperfeito e desconhecido,
Que sofro as consequências do que decido.As duas feras lutam para destroçar-me,
Quando escolho o sim, quando escolho o não;
Quer encolha os braços, quer estenda a mão,
Sofrerei com as consequências por qualquer inclinação.Eu serei devorado pelas consequências!
Estas presas afiadas daquelas bestas,
Destroçando-me, tornando-me uma carcaça,
Me devorarão a alma, arrancarão a esperança!Perco-me nas bifurcações, pois hesitante,
Escolho nunca necessitar escolher!
Temo o que virá depois que eu decidir.
Temo, pois sei que nunca poderei fugir.Ah, feras destruidoras! Por que me devoram?!
Oh, maldito paradoxo! Por que me desarmas?!
Indecisão, quando me deixarás?!
Imperfeição, tu também me abandonarás?!
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Letras de um Desconhecido
PoetryUm conglomerado de palavras soltas e pontuações desarranjadas. Um grande quebra-cabeças. juntem peça por peça e, para que haja aderência suficiente, acrescentem, nas lacunas entre cada encaixe, algumas gotas de cola de melancolia. Ei-lo diante de vó...