I see my apocalypse when I look into your eyes- tyzula au

Cap 4- Some good advice.

Pois é, infelizmente o sábado passado não foi só um sonho irritante. Foi bem real, a prova viva disso foi passar a última semana toda no colégio com a Ty Lee me provocando sobre a nossa aposta e me falando de uma tal "surpresa" que ela ia fazer. Minhas expectativas não poderiam ser mais baixas.

Claro que eu vou ter que cumprir o que apostamos, eu sou uma pessoa de palavra. Bom...nem tanto assim, só que nesse caso eu não tenho outra escolha, ao menos que eu queira que ela me encha o saco sobre isso o resto do ano. Mas a verdadeira questão é: por que ela está insistindo tanto para nos encontrarmos? E por que ela vai escolher o lugar? Qual é a surpresa que ela falou sobre? Será que ela quer me humilhar na frente de todos mais uma vez? Ok, foram quatro perguntas, mas são perguntas importantes, então mesmo assim está valendo!

Eu já cansei de pensar sobre isso várias vezes e de perguntar a Mai também. O que não adiantou nada, já que ela me disse mais coisas sem sentido, como: "Talvez isso não tenha nada a ver com uma competição e a Ty Lee só quer passar um tempo com você" e algumas outras idiotices. A Mai têm dito muitas coisas sem nexo sobre esse assunto nas últimas semanas, acho que ela simplesmente não vê as coisas da forma que eu vejo, se ela continuar assim é capaz de eu precisar acordá-la para a realidade dos fatos. Que preguiça.

De qualquer forma, acho que posso conviver com essas perguntas até amanhã, mas seja lá o que for que aconteça, eu vou não vou me humilhar mais na frente de ninguém. Nem pensar.

-narrador onisciente on-

As mentes de Azula e Ty Lee se ocupavam pensando em um mesmo assunto, porém se sentiam de maneiras diferentes. Ty Lee andava pelos corredores do colégio devaneando sobre o que seria no dia seguinte, enquanto compartilhava suas expectativas com Suki e Katara. A garota estava ansiosa, o tipo bom de ansiedade, e esperava que tudo corresse bem.

Ao mesmo tempo em que pensava isso, também perguntava a si mesma por que Azula sempre a olhava de longe no colégio, mas quando tinham a chance de se falarem ela a ignorava. "Será que ela é tímida em público?", pensou Ty Lee, "ou de repente ela possa estar um pouco nervosa...ela não parece muito desse tipo mas, falando a verdade, eu pouco conheço dela.", completou. Uma faísca de ideia surgiu em sua cabeça, e resolveu que precisava da ajuda das colegas, também recém-conhecidas.

— Pessoal! — chamou Ty Lee. Suki e Katara se entreolharam.

— O que foi? — perguntou Suki.

— Vocês conhecem a Azula há muito tempo, não é? Eu só a conheço há três semanas, e tudo que eu tenho certeza que sei sobre ela é que ela é linda, um pouco competitiva, têm muito dinheiro e é ótima em tudo que faz. Eu não sei muito bem o que fazer para que as coisas não fiquem chatas amanhã! Alguma ideia? — ela olhou para as amigas com olhos de cachorrinho, implorando por uma resposta.

Katara suspirou fundo e logo depois deu um sorriso. Ela gostaria de poder ajudar melhor a amiga, mas não há como.

— Ty, eu acho que você ainda não percebeu, mas nós também não a conhecemos muito bem. Provavelmente o pouco que você sabe ainda é mais do que eu sei. Ela é bastante reservada e na maioria das vezes que fomos á casa do Zuko ela nem apareceu, a semana passada foi quase que um caso isolado. — disse Katara. Ty Lee pareceu meio desapontada, mas compreensiva com a situação. Pelo que ela tinha notado até agora, Azula realmente era uma pessoa bem intrigante e um pouco esquisita socialmente.

— Tudo isso é verdade. Mas, se você quer mesmo ajuda, a única pessoa que vai saber te ajudar é a Mai. Até onde eu sei ela é a única amiga da Azula e, apesar de não falar muito, acho que ela conversaria sobre isso com você. — apontou Suki.

Ty Lee sorriu e assentiu com a cabeça. Ela se decidiu, e faria isso mesmo, no final das aulas procuraria por Mai em algum momento que Azula não estivesse por perto e pediria ajuda. Ela se sentiu um pouco nervosa, mas nada muito grande que conseguisse impedir o entusiasmo e nem suas expectativas.

Dito e feito. Ao final das aulas a garota saiu á procura de uma aluna com uma franja estilosa, roupas de cor escura e, claro, uma bela cara de paisagem. Ty Lee teve bastante sorte, já que hoje era um dos dias que Azula não voltaria para casa junto de Mai, portanto a mesma ficaria mais um tempo perambulando pela escola e sozinha.

Quando a encontrou, foi quase como um choque de realidades. Ty Lee, alegre e aliviada, e Mai, confusa e até um pouco tensa.

— Mai, oi! Nossa! Você é difícil de encontrar. — exclamou a novata, sorrindo.

— É a minha especialidade. — Ty Lee deu uma risada com o comentário.

— Olha, sei que essa é uma situação meio esquisita e tal, mas, eu preciso da sua ajuda para algo importante. Você 'tá livre agora? —

Mai arqueou uma das sobrancelhas, porém assentiu para a outra garota. Sua curiosidade aumentou ainda mais.

— Acho que você já deve saber sobre amanhã né? Se não souber, é uma longa história, mas dá pra resumir só dizendo que a Azula perdeu uma aposta para mim, eu a chamei para outro encontro só que agora onde eu escolhesse. —

"Ela disse encontro? Tipo, encontro? Eu sabia que estava certa! A coitada dessa garota tá afim da Azula e nem sabe que ela entendeu tudo errado. São as duas pessoas mais lerdas que eu já conheci, até mais do que o Zuko." Pensou Mai, confirmando tudo que ela já imaginava. Agora o problema era dar um jeito de explicar para Azula que ela confundiu a situação toda.

— Deixa eu adivinhar, você veio me pedir ajuda pra saber das coisas que ela gosta? É isso? — Mai já sabia da resposta. "Esse pessoal é muito previsível" pensou.

— Exatamente! Quero saber o que ela gosta, o que fazer para deixar ela confortável e tal. Eu quero conhecer ela melhor, sabe? Até tentei, mas aqui no colégio ela nem troca uma palavra comigo. Aí fica complicado mesmo. — Mai riu levemente.

— Ela é complicada, você vai ver. Só para constar, ela é realmente bem inteligente, mas é muito lerda para algumas coisas. Enfim...deixa eu pensar...as coisas que ela gosta, não é? Bom, ela gosta de competir, isso você já percebeu, gosta de...hm...coisas vintage, de batata frita, música antiga e de adrenalina. Porém, se você estiver pensando em fazer algo romântico, não faça! Ela odeia gestos grandes. —

— Obrigada, Mai! Você me disse bem mais do que eu esperava, com certeza ajudou muito! Espero que eu não faça nenhuma besteira amanhã. — "É mais provável que a Azula faça" pensou Mai.

Ty Lee se despediu com um sorriso e rapidamente saiu dali, indo para casa. Ela tinha muitas coisas para pensar e se programar até o dia seguinte, então precisava de todo o tempo que pudesse.