Capítulo 20

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— Mariana! — Dona Yenni grita — minha querida! Pode vir aqui, por favor? — Da cozinha a mãe de Chris grita por Mari que esta no quarto.

— Estou indo! — Mariana grita do quarto — oi tia, do que precisa? — Ela diz chegando à cozinha.

— Minha querida, eu queria saber se a Camila já voltou do supermercado — ela limpa as mãos no avental — Christopher saiu com Joel para fazer não sei o que com os amigos dele, mas estou começando a ficar preocupada com essa demora, pode ligar para ela, minha filha? — Mari concorda com a cabeça.

— Claro, nem precisa pedir, só um segundo — Mari pega o celular e digita o numero do celular de Camila, que chama ate cair. — Ela não atende está caindo na caixa postal, deve ter esquecido dentro do carro. — Mas no fundo Mariana esta realmente preocupada.

— Liga para o Carlos — a empolgação na voz da mãe de Chris é evidente — pede para ele ir ate o centro ver se a encontra por lá.

— Boa ideia, mas... — ela hesita e olha para dona Yenni — a senhora acha que eu devo ligar para o Christopher primeiro e contar que ela está demorando?

— Não, não é necessário — ela coloca a mão sobre a cruz de ouro em seu pescoço — ela só deve estar presa na fila do supermercado, não deve ser nada demais. Mas quero que chequem só por via das dúvidas. — Mariana liga para Carlos e pede que o mesmo venha ate a casa de Chris para busca-la e leva-la ate o centro.

Enquanto isso...

Abro subitamente meus olhos quando sinto a água gelada tocando meu corpo, tusso um pouco e com a visão turva eu pisco algumas vezes para tentar decifrar o lugar que estou, mas não consigo enxergar direito, ainda estou tonta.

Mas consigo decifrar a imagem do demônio sentado a minha frente, muito bem.

— A bela adormecida acordou — desgraçado. — Suponho que se pergunte onde esta, e o que estou fazendo com você aqui, ou melhor, o que farei com você.

— Vai para o inferno — digo ainda sem todas as forças. Ouço sua risada maníaca.

— Ah minha querida, mal conversamos na última vez que nós vimos como você, esta minha querida Camila? — Tento me mexer, então só agora percebo que estou presa em uma cadeira, com os braços nas costas e os tornozelos presos as pernas da cadeira.

— Você deveria estar mofando na cadeia seu lunático — aperto forte meus olhos tentando me livrar dessa sensação de desmaio.

— Acho que usei boa noite cinderela demais, não é, me perdoe por isso. — Ele sorri para mim e eu preferiria arrancar os olhos.

— O que você quer? Acha que ninguém vai sentir minha falta? — Se ele fosse me matar, já teria feito.

— Achei que seu querido namorado não iria largar do seu pé — ele se levanta — ou melhor, aquele grudento daquele segurança metido — se agacha a minha frente — mas vejo que eles não aprendem mesmo — ele tenta tocar meu rosto, mas eu o viro.

— Fala de uma vez o que você quer! — Grito e ele segura meu rosto com as mãos.

— O que eu quero! — Seu peito sobe e desce — quero minha vida de volta! Tudo que tirou de mim sua vadia. — E como um flash, me fazendo acordar, a tapa vem certeira em meu rosto. — Eu poderia ter feito você feliz! Mas você não quis! Sou mais bonito, mais inteligente e tenho muito mais colhão que aquele pirralho que se diz homem e que você namora! — As lagrimas escorrem por meu rosto — então já que você me fez perder tudo, ou seu queridinho me dá o que eu quero, ou ele vai sentir na pele o que é perder tudo. — Ele saca o celular do bolso. — Sorria estrela.

O Lado Escuro Dos Sonhos - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora