Mari correu até o aeroporto pra pegar uma garrafa de água enquanto eu coloco qualquer vestígio de comida que tenha dentro do meu organismo pra fora. Fala sério, que diabos eu comi? Malditos morangos!
— Toma — ela volta, eu pego a garrafa, gargarejo a água na boca e depois cuspo, tentando tirar o gosto amargo e horrível de vômito da boca. — Cami, o que foi isso? – ela me ajuda a sentar no banco do carro e depois da à volta se sentando no banco do motorista.
Encosto-me no banco respirando fundo e fazendo careta ao sentir um cheiro nada agradável.
— Que diabo de cheiro é esse? — faço careta e me ajeito no banco — não sei, acho que foi algo que eu comi ontem, acordei vomitando, tomei café, mas vomitei agora de novo, acho que foi sei lá, a partida deles, não sei — me concentro em manter o rosto seco porque já estou sentindo vontade de chorar de novo.
— Hum, esses enjoos você só sentiu hoje? — ela pergunta antes de ligar o carro. E eu a olho.
— Tive alguns a uns dias atrás, mas não vomitei — massageio minhas têmporas — podemos ir pra casa? Minha cabeça vai explodir, não devia ter chorado tanto — ao abrir meus olhos vejo que ela me olha fixamente com uma expressão preocupada. — Mari? Está tudo bem? — toco seu ombro.
— Hein? Ah, tá sim, vamos — ela liga o carro e sai do estacionamento do aeroporto.
O clima é de um enterro, não tenho nem vontade de sair, não tenho vontade de nada, só quero tomar banho e me deitar, é isso. Mari diminui a velocidade e para em uma farmácia.
— Tá sentindo alguma coisa? — pergunto quando ela estaciona o carro.
— Não, eu vou comprar um remédio pra dor de cabeça e... — fico esperando uma resposta e ela suspira — fica aqui, eu já volto. — ela sai muito antes de eu ter tempo pra questionar.
Que diabo deu nela? Algum tempo depois ela volta com uma sacola, joga no banco traseiro e da partida do carro.
— O que foi que você comprou? — tento pegar a sacola, mas ela me impede — que foi que deu em você menina? — ela me olha com aquela cara preocupada. — Mari tá me assustando.
— Relaxa ok? Está tudo bem, quando chegarmos a casa nós conversamos. — não estou entendo nada. Esqueço o assunto e foco em ficar bem.
Ele se foi, e espero que volte.
Depois de uns cinco minutos, chegamos e eu desço do carro como se meu corpo estivesse morto e sei lá, eu tivesse virado um zumbi, estou cansada, só quero minha cama.
Subimos as escadas e ao chegar ao apartamento eu me jogo no sofá esperando uma resposta da atitude estranha de Mari.
— Ok, chegamos, desembucha — falo e ela me olha com aquele olhar preocupado — que foi Mariana? — ela suspira pega a sacola e se senta ao meu lado.
— Cami, qual foi a última vez que você menstruou? — hein?
— Acho que mês passado, não sei, porque? — ela passa as mãos no rosto.
— Quando você e Chris dormiam juntos, vocês usavam proteção? — a olho confusa.
— Sim — me recordo dos momentos — algumas vezes sim, por quê? — toco seu braço — Mari, tá tudo bem?
— Camila, você tá tomando anticoncepcional todos os dias? — aonde ela quer chegar?
— Estou, bom, acho que estou, tanta coisa acontecendo em tão pouco tempo, posso ter esquecido um ou dois dias, não sei, mas porque você tá me enchendo de perguntas desse tipo se eu... — ela me olha, tira de dentro da sacola um teste de gravidez e é quando eu entendo o que ela quer dizer — não! Não mesmo! — me levanto já entrando em pânico.
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O Lado Escuro Dos Sonhos - Livro 2
RomansaApós conquistar o coração de Christopher, Camila agora se vê diante de um problema ocasionado pela sua entrega de corpo e alma ao seu amado. O casal agora terá que enfrentar as dificuldades que existem em um relacionamento a distancia, sem mencionar...