Já se passaram um mês desde o dia em que fiz minha primeira e até o momento, única consulta com o obstetra. Desde daquele dia, Derick e eu apenas conversamos o necessário, ou seja, sobre nosso filho e nada mais. Ele também está mais próximo da Lamara, o que é até bom para não me levar a criar expectativas sobre nós dois.
Há duas semanas o filho de Miguel e Sol nasceu, todos os dias meu pai vem em um horário que a mamãe não esteja, pois ele não quer encontra-la desde o episódio no jantar ao qual Derick e a mãe vieram. Papai diz sentir vergonha pelo acontecido, e quer evitar brigas futuras. O coitado do Rodrigo fica com as bochechas vermelhas de tanto beijo do vovô, papai é um tremendo avô babão.
Minha barriga está começando a aparecer. Todos os dias quando acordo fico horas apreciando-a de frente ao espelho, me lembrando do dia na clínica em que escutei o coração do meu filho pela primeira vez. Não sou hipócrita em não admitir que também penso no quase beijo com o Derick, mas é algo que prefiro esquecer pelo bem de nós dois.
Na frente do espelho, aliso a minha barriga levemente enquanto observo cada traço do meu corpo que está em mudança devido a gestação, em seguida, pego minha bolsa e desço para a cozinha onde estão todos reunidos, exceto meu pai.
— Bom dia família! — Digo sentando a mesa.
— Bom dia. — Todos respondem em couro.
É tão lindo o jeito que Sol cuida do Rodrigo, fico mim perguntando se serei uma mãe tão babona quanto ela.
— Hoje à tarde, Sol e eu pegaremos o voou de volta a Portugal. — Diz Miguel de boca cheia. Ele parece que faz isso para me deixar incomodada.
— Mais já? E para de falar de boca cheia Miguel. — Digo. — Eu nem tive tempo de aproveitar o meu sobrinho direito e vocês já querem leva-lo.
— Nem eu. — Diz Layanne. — Mas acho que se livrão da visita da linguaruda da tia Cassandra acompanhada da vovó que é outra linguaruda. Se ao menos a gente ganhasse uma nota de cem por cada fofoca.
— Sorte que elas ainda não souberam do nascimento do bebê.
— Então estamos indo embora a tempo. — Diz Sol fazendo todos rirem.
— Foi ótimo te conhecer Sol. — Digo pegando a bolsa e abraçando Sol. — Espero que venha passar mais uma temporada conosco. — Beijo meu sobrinho que está nos braços dela. — E eu quero que você venha passar mais tempo com titia fofura. — Me viro e já vejo meu irmão de pé, o abraço fortemente. — Toda vez tem que ser assim?
— Tem. — Miguel me solta. — Mas você poder ir me visitar com o meu sobrinho. — Passa a mão na minha barriga e diz preocupado: — Só te peço uma coisa, toma juíza Gi.
— De nós três, eu sou a que tem mais juízo.
— Tô vendo. — Diz Layanne ironicamente se levantando para pegar a bolsa — Agora vamos embora ser ajuizado.
Layanne beija o rosto de todos e não se despede, ela odeia despedidas, diz que é algo meloso e cheio de tristeza. Miguel já é acostumado com o jeito de Lay, no dia que ele saiu de casa para morar com a Sol em Portugal, Layanne saiu sem avisar a ninguém e não se despediu dele, Miguel ficou magoado, mas assim que ele colocou os pés em solo português, Layanne ligou para justificar, porém, não se despediu nem ao mesmo pelo telefone.
Assim que saio de casa, papai já estaciona o carro, como se soubesse que sairíamos neste exato momento.
— Adivinhou foi? — Pergunta Layanne entrando no carro.
— Eu tenho uma antena que detecta quando minhas filhas saem de casa.
— É mesmo? Detecta também quando suas filhas estão sem dinheiro.?
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Tudo Começou Em Uma Viagem
أدب المراهقينGeovana é uma garota que engravida precocemente em uma viagem organizada pela escola e tem que enfrentar a conturbada família tradicional, os julgamentos e olhares dos colegas no colégio, sendo submetida a momentos constrangedores e estando sujeita...