CAPÍTULO 1

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|R y d e r|

— Troque os freios de disco e a vela de ignição. — Ordeno ao Oliver, o novo estagiário da oficina em que trabalho. — O cliente disse que o motor está com problemas. Liguei a moto e a descarga está expelindo fumaça preta, é o cabeçote.

— Trocá-lo?

— Vê se pode ser consertado, se não, troque. — Ele concorda e caminha até a XRE 300, começando a fazer o que mandei.

Depois que saí da cadeia, consegui um emprego como mecânico aqui em Seattle, longe do Oregon onde todos sabem quem eu sou e conhecem meu histórico. Rodríguez é o dono da oficina, mas assim que percebeu meu talento e apego com as motocicletas, ofereceu-me o cargo de mecânico chefe.

E claro, contei a ele meu histórico e o avisei que estou em condicional. Jamais seria filho da puta ao ponto de omitir isso e acabar dando problemas a ele. Felizmente, Rodríguez entendeu e me deu o voto de confiança. Claro que a maior demanda de trabalho também corroborou para sua decisão de me manter aqui. Não querendo me exibir, mas eu sou bom, muito bom.

Não tive mais problemas desde que saí da prisão e cumpro minha parte do acordo da condicional todos os sábados. Sou voluntário em uma casa de idosos. Até que eu gosto dos velhotes, alguns são engraçados e algumas idosas são taradas. Eu as deixo bater na minha bunda e pegar nos meus braços, eu as entendo, estão na seca há muitos anos e os idosos homens não são muito.... Atraentes.

Elas merecem uns segundos de felicidade.

Dona Dolores é minha velha preferida. Ela tem oitenta e três anos, mas possui uma alma jovial, em contrapartida, uma coluna não tão jovial assim. 

Dona Dolores foi diagnosticada com demência, isso a faz esquecer a idade que tem e todos os sábados ela chora por não poder andar na garupa da minha moto e apertar meu abdômen enquanto se segura em mim, palavras dela.

Eu tento fazer com que se sintam realmente mais jovens, fazer com eles o que a maioria das pessoas não fariam com idosos, como ensiná-los a andar de skate. Nenhum quebrou a bacia até hoje.

Esse trabalho tem me ajudado, me faz sentir um pouco melhor, como se eu estivesse compensando o que não consegui fazer por Cíci, tira um pouco da culpa que carrego.

— Jacob, desde quando tu curte a Barbie? — Michael, um dos amigos que fiz aqui na oficina aparece com o celular da doida de cabelo rosa nas mãos, ligado e tocando.

Todos aqui me chamam de Jacob, por mais que eu odeie meu primeiro nome, é melhor para manter a discrição. 

Eu simplesmente odeio esse nome por ter sido meu pai a escolhê-lo.

— Vá se foder. — Tomo o celular de suas mãos e o atendo. — Alô?

— Ah, graças a Deus. — É uma voz feminina e parece aliviada. Será a pantera cor de rosa? — Quem fala?

Ryder - Amor sobre rodasOnde histórias criam vida. Descubra agora