Ryder - Amor sobre rodas

CAPÍTULO 2

[ CAPÍTULO PRÉVIA ]
Deixe sua ⭐

|R y d e r|

Estaciono Darla no pequeno espaço na lateral do asilo.

É uma casa grande de três andares e muito branca. Há alguns idosos sentados na pequena varanda, bebericando seus chás matinais.

O asilo fica em uma área afastada da cidade grande, em Issaquah, no condado de King. É uma cidade calma e residencial, um pouco fria, mesmo no verão.

— Oh, Jacob. — Janete, uma das vovós que vivem aqui, exclama animada ao me ver.

— Olá, Jane. — A chamo pelo apelido que eu mesmo dei. Ela enrubesce, sorrindo tímida. Janete é uma graça, toda chique com seus cabelos super brancos e penteados elegantemente. Ela me lembra um pouco a rainha Elizabeth.

— A Dona está animada para ver você. Ela disse que a Joice deu permissão a ela para andar de moto, mas duvido que seja verdade. — Jane comenta e revira os olhos.

Jane e Dona Dolores não se dão muito bem. Jane é toda delicada e cheia das etiquetas, Dona é o extremo oposto.

— Irei conversar com Joice pessoalmente, eu também duvido. — Dou uma piscadela para ela, lançando todo meu charme.

Eu não consigo ser desagradável com esses velhos, eles estão — espero que demore alguns anos — no final da vida, eles precisam evitar sentimentos ruins e relaxar. E esse é o meu trabalho.

Adentro o asilo, que é bem branco também, as janelas são enormes e entra bastante luz solar. Esse lugar é bastante calmo e sereno, eu realmente gosto daqui.

— Olha quem chegou. — Joice aparece sorrindo de orelha a orelha. Ela é uma jovem de dezenove anos que faz técnico em geriatria, está fazendo um estágio aqui.

O problema é que a garota resolveu gostar de mim além da conta, e isso não é nada bom.

— Bom dia. — Não demonstro muito ânimo. Não que eu não goste dela, é uma ótima menina, mas eu não sou o tipo de cara para ela. E, com certeza, ela não é o tipo de garota para mim.

Talvez uma de cabelos rosa seja...

Ignoro minha consciência, focando minha atenção em Joice, que parece perceber que eu não estou de bom humor.

— Deixou Dona montar na minha garupa? — Vou direto ao ponto e Joice revira os olhos e cruza os braços.

— Ela me encheu o saco desde quando foi embora no sábado passado. Resolvi deixar, confio que não vai matar ela.

Antes que eu pudesse responder, minha nádega esquerda é apertada com força. Uma mão pequena sobe pelas minhas costas e uma idosa de cabelos ruivos tingidos aparece ao meu lado.