CAPÍTULO 14

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Não esqueçam da ⭐.

Não esqueçam da ⭐

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|R y d e r|


— Como está se sentindo? — A voz da Dona está diferente, mais fraca, quase não consigo entender o que ela diz.

— Bem. — Pela chamada de vídeo, percebo que Dona está sentada no jardim do asilo. Como sempre, o céu de Washington está coberto por nuvens cinzentas. — Como vai a viagem?

— Melhor do que eu esperava. — Sorrio ao ver Elena se aproximando com uma bandeja em mãos, tomando cuidado para não derrubar nossos pedidos.

— E você e a Elena? — Noto os olhos de Dona brilharem ao perguntar sobre minha parceira de viagem. Fico feliz instantaneamente por perceber que Dona não se esqueceu dela.

— Pode perguntar isso para ela. — Digo assim que Elena coloca a bandeja na mesa e se senta ao meu lado. Seu rosto é tomado por um sorriso assim que vê Dona na tela. — Ela quer saber de nós. — Murmuro em seu ouvido.

— Oi, Dona. — Elena toma o celular da minha mão. — Estamos bem. — Elena olha para mim, seu olhar diz tudo que sente, e na mesma hora meu coração se enche, ficando grande demais para caber no meu peito. — Você tinha razão, ele dá trabalho, mas vale a pena.

Entrelaço meus dedos aos dela, puxando sua mão em direção a minha boca e beijando delicadamente sua pele sem tirar meus olhos dos dela. Quero que ela sinta que é tudo para mim sem que eu precise dizer, assim como senti que também era importante para ela.

— Ryder, querido. — O chamado de Dona tira minha atenção de Elena. Volto meus olhos para a idosa, que me olha com um sorrisinho. — Poderia me deixar a sós com sua namorada? Não é por muito tempo. — Estranho o pedido, mas não me oponho. Seja lá o que Dona queira dizer a Elena, parece ser importante.

— Tudo bem. — Beijo a testa da minha garota e me levanto, deixando as duas conversarem.

Saio da pequena lanchonete beira de estrada no estilo anos sessenta. O ar seco de Tucumcari bate como um soco no meu rosto assim que passo pelas portas de vidro da lanchonete. Paramos aqui no Novo México após cinco horas de viagem para almoçar e encher o tanque de Darla.

Tucumcari se parece um pouco com Holbrook, porém possui um estilo bem mais antigo. Parece que literalmente voltamos do tempo para a década de sessenta. Todas as lojinhas possuem um estilo retrô, até mesmo os carros são antigos.

Pelo lado de fora consigo ver Elena conversar com Dona. Sua expressão não é uma das melhores. Minha vontade é voltar para lá e perguntar o que está acontecendo, mas me mantenho parado, apenas observando. Elena parece assentir com a cabeça, como se estivesse concordando com algo, o que atiça ainda mais a minha curiosidade.

O que elas tanto falam?

Por que Elena está com essa cara?

O que porra está acontecendo e por que eu não posso saber?

Ryder - Amor sobre rodasOnde histórias criam vida. Descubra agora