HISTÓRIA FINALIZADA
Jacob Ryder é um homem solitário.
Amargurado, traumatizado e violento, sua ficha criminal não é uma das mais pequenas.
O fardo de carregar uma vida repleta de momentos traumatizantes, Ryder, como prefere ser chamado, criou uma mu...
(Recomendo que deem play na mídia assim que a parte da música começar.)
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|R y d e r|
A Califórnia é quente, mesmo que esteja à noite. Chegamos na cidade de Los Angeles às nove. Elena já havia reservado um quarto de hotel enquanto ainda estávamos no Oregon.
Sim, apenas um.
Decidimos que lidamos bem com a situação de dormimos juntos e pouparemos grana se ficarmos no mesmo quarto e não separados. Mesmo sendo uma boa ideia, também é péssima ao mesmo tempo.
Elena está estranhamente animada. Ela não diz o motivo e não quero ser invasivo. Faz uma hora que chegamos e ela não para de sorrir para a tela do celular. Admito que está me irritando.
Com quem ela está falando?
Quem está tirando esse sorriso perfeito no rosto dela?
Por que parece que ela esqueceu que eu existo desde que pegou nesse telefone?
Faço um pigarro forçado, tentando chamar a atenção da Pepa, mas é o mesmo que nada. Ela nem sequer me olha.
— Elena! — Quase grito, perdendo totalmente a paciência. Ela finalmente tira o foco da tela do celular e me encara, confusa. — Quer que eu te deixe a sós com o celular? — Minha voz soa completamente cínica.
— Desculpe, Ryder. — Ela continua sorrindo. — É que eu recebi uma notícia maravilhosa, só isso.
Franzo o cenho. Ela estende o celular na minha direção, mostrando-me o que parece ser uma foto. Tento olhar com atenção, mas tudo que consigo ver é a imagem preto e branco de uma televisão velha e sem sinal.
— Eu deveria saber o que é isso? — Murmuro. Elena revira os olhos.
— É uma ultrassom. — Ela se levanta, dando pulinhos e batendo palminhas. Está parecendo uma criança. — Eu vou ser titia. Minha irmã está grávida.
— Ah...
Que porra eu falo agora?
Nunca passei por isso.
Eu deveria ficar feliz? Parabenizar?
— Eu amo crianças, não vejo a hora de pegar minha sobrinha ou sobrinho no colo. — De repente, Elena para de rir e arregala os olhos. — E se forem gêmeos?
— Não daria para ver se fosse? — Aponto para a tela do celular.
— Minha mãe só descobriu que estava grávida de gêmeas, um mês após a primeira ultrassom. — Ela sorri. — Quero ter gêmeos também.