HISTÓRIA FINALIZADA
Jacob Ryder é um homem solitário.
Amargurado, traumatizado e violento, sua ficha criminal não é uma das mais pequenas.
O fardo de carregar uma vida repleta de momentos traumatizantes, Ryder, como prefere ser chamado, criou uma mu...
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|R y d e r|
Elena anda rapidamente na minha frente. Seus passos são rápidos e duros, qualquer um que a visse nesse exato instante, deduziria que ela está possessa de raiva, e eu sou o causador.
E, definitivamente, essas deduções estariam completamente e irrevogavelmente corretas. Elena quer me matar, e o pior, eu não tenho culpa nenhuma nisso. Na verdade, nem sei bem o que aconteceu, tudo que sei é que ela ficou com ciúmes de algo que ela disse — aos berros — que eu fiz.
— Elena, dá para parar e conversar comigo? — Insisto pela milésima vez, antes que ela possa entrar no elevador, seguro em seu braço e a puxo para mim de forma mais bruta, mas sem machucá-la.
Assim que seus olhos se chocam com os meus, vejo o ódio neles, ela parece me matar de mil maneiras diferentes em sua mente. Não me deixo abalar. Eu não fiz nada para merecer isso e não vou deixar que ela vá embora sem me explicar exatamente o que ela acha que eu fiz.
— Nós vamos nos sentar naquela cama, e você vai me dizer o que aconteceu, tudo bem? — Digo de maneira pausada e incisiva. Elena solta o ar com força e fecha os olhos, parecendo ceder, finalmente. — Tudo bem?
— Eu não quero falar com você.
— Tudo bem, não fale, mas você vai ouvir, Elena. Não vou deixar você me acusar de algo que eu não fiz.
— Você é um fodido cara de pau, Ryder. — Elena ralha. — Como que você transa com alguém e misteriosamente esquece disso?
— A única pessoa que fodi e fodo, é você. Agora, explique de onde tirou que transei com outra mulher depois que você dormiu ontem.
Eu simplesmente acordei com Elena gritando, me xingando de todas as palavras conhecidas na nossa língua nativa, até que as palavras acabaram e ela começou a me xingar em outras, tenho certeza que era mandarim. Ela estava tão convicta de que eu fodi outra mulher depois dela, que por alguns segundos, até eu duvidei de mim mesmo.
— Depois que transamos você saiu, eu estava quase dormindo, mas me lembro de ouvir você conversando com alguém pelo telefone, e depois você saiu da cama e não voltou. — Franzo o cenho, mas concordo com a cabeça, isso realmente aconteceu.
— Sim, Elena, eu saí, mas voltei dez minutos depois e você já estava apagada. — Solto seu braço. Elena se retrai, parece magoada de verdade. Droga, preferia que ela ainda estivesse com raiva. — O telefone do hotel tocou, era a recepção, disse que havia um homem querendo falar comigo no saguão, disse que era importante. Pensei que teria algo a ver com o coquetel amanhã. Mas quando cheguei lá, não tinha ninguém. Esperei cinco minutos para ver se alguém aparecia e voltei. Não transei com ninguém, Elena. — Ela me olha intensamente, talvez querendo ver se falo a verdade. — Precisa confiar em mim.
