Quando eu te vejo eu desejo o teu desejo

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Oi amores!


Espero que estejam bem! Hoje tem mais um capítulo com uma pequena reviravolta que não sei se tinha alguém esperando. Bem, no próximo capítulo, Jungkook explica tudo na terapia, então, por enquanto, fiquem com essa surpresa e se divirtam.


Boa leitura e lembrem-se de deixar um comentário pra essa autora carente aqui ou no twitter com a #TerapiaComJungkook


Até logo,


~Anna


***


Seojoon havia se encantado por Jungkook desde a primeira vez que o vira, naquela tarde em que se encontrou com Jimin para entregar as camisas do time. O rapaz havia ficado quieto no seu canto, mas Seojoon tinha reparado como ele era bonito.

O calouro de jornalismo tinha olhos tão grandes, brilhantes, redondos e expressivos, além de uma timidez que o deixava tão adorável. Jungkook não era pequeno. Pelo contrário, era possível ver por baixo das roupas escuras e largas os músculos fortes contornando sua estrutura mediana, mesmo que ele estivesse ali, encolhido mexendo no celular com aquele sorrisinho encantador no rosto. Havia algo que o envolvia naquela imagem de fragilidade, e era justamente o modo como não se impunha, mesmo sendo bonito, atraente e totalmente dentro de um padrão socialmente desejável.

Na realidade, Jungkook parecia se fazer sempre menor, e aquilo despertava em Seojoon uma simpatia, ou algo que lhe inspirasse um cuidado sobre o outro. Durante a conversa com Jimin sua atenção havia ficado em Jungkook o tempo todo, quase que inevitavelmente. Chegou a conferir o e-mail acadêmico dele, que estava na lista, antes de entregá-la a Jimin. Como o garoto havia sido mencionado durante a conversa, Seojoon guardou o nome dele e aquela informação. E o rosto, é claro. Nem era possível esquecer um rosto como aquele.

Algum dia, quando estivesse cansado de passar a tarde tendo conversas fáceis mas vazias com pessoas que só queriam saber se ele era ativo ou passivo, e se tinha um local pra se encontrarem, pretendia procurar por Jungkook. É que, entre mandar fotos suas nu, fingindo uma excitação que nem sentia em tanta intensidade por garotos aleatórios e partir para a conquista de Jungkook, Seojoon acabou se distraindo com os aplicativos de encontro nas intermináveis horas livres, e assim acabou adiando a intenção de procurar o rapaz

O que Seojoon não esperava é que iria encontrá-lo cedo e sem esforço, em sua própria casa.

Quando Teco ofereceu o quintal da república deles pra que a festa de aniversário de Namjoon fosse realizada, ele imaginou que seria apenas uma reunião entre amigos que não caberia no pequeno apartamento que o aniversariante dividia com Yoongi, que era um dos amigos que Teco, morador da república, havia feito desde que havia começado a namorar com Hobi. No entanto, a festa era bem maior do que ele podia imaginar.

Namjoon era, surpreendentemente, popular. Aparentemente sem fazer muito esforço, e apenas porque era uma pessoa magnética que gostava de se expor na internet às vezes. No quintal, cujas árvores haviam sido decoradas com luzes, o veterano de letras parecia ter reunido toda a comunidade LGBT universitária da cidade. E como a cidade era pequena, a impressão é que todos os rostos eram conhecidos e com alguns dos presentes, Seojoon já havia até mesmo se envolvido.

Até que, com uma brisa fresca de fim de inverno, Jungkook chegou junto a Jimin e Yoongi. Seus cabelos levemente compridos estavam desordenados pelo vento, e ele se vestia inteiramente de preto, exceto por uma camisa de flanela xadrez em verde e azul. As roupas largas o faziam parecer miúdo e sua expressão acanhada inspirava em Seojoon o desejo de acolhê-lo. A coincidência de tê-lo em sua casa o deixou também genuinamente animado. Não excitado ou eufórico, apenas alegre e com expectativas otimistas e simples, como passar a noite conversando com ele. Em seu celular, todas as conversas vazias esperando por continuidade naquela noite foram deixadas de lado.

Longe da razão, perto do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora