Décima sessão

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Oi gente!


Esse capítulo demorou um pouquinho mais a sair por causa da betagem, mas enfim chegamos a mais uma sessão!

Boa leitura! Lembrem de deixar os comentários de vocês aqui ou na #TerapiaComJungkook e votem. Semana que vem eu volto com um dos meus capítulos favoritos.

Até semana que vem,

~Anna


***

Jungkook e Beatriz sorriram discretamente um para o outro assim que a porta se abriu. O paciente se levantou do sofá na sala de espera, enfiou o celular no bolso e tirou os fones dos ouvidos. Ao entrar no consultório, acomodou-se depois de um cumprimento. A psicóloga fez o mesmo, sentando-se na poltrona em frente à de Jungkook.

- Como você está essa semana, Jungkook?

O rapaz tinha muito a dizer, resumiu tudo em apenas uma palavra.

- Incerto.

Beatriz levantou as sobrancelhas, convidando-o a elaborar sua fala. Entendendo a ideia daquele silêncio, Jungkook começou pelos desdobramentos da sessão anterior.

- Bem, pra começar, eu falei com o Seojoon sobre tudo que eu senti com o reencontro com o Namjoon. Foi uma conversa estranha e eu fiquei com a impressão que o Seojoon estava segurando o choro o tempo todo. Eu queria estar lá, sabe? Ter feito isso numa chamada de vídeo, à distância, acabou deixando a situação ainda mais estranha, mas eu precisava falar com ele logo, eu não conseguia parar de pensar no Namjoon e isso não acontecia desde que eu comecei a namorar o Seojoon.

- O que ele disse?

- Na hora ele não reagiu muito. Disse que precisava de um tempo pra pensar. E eu fiquei pensativo sobre a reação dele. Fiquei um pouco arrependido, talvez? Não sei se é esse o sentimento, mas não gostei de ter deixado ele mal. Eu também sou o primeiro namorado dele, e talvez ele tenha tido expectativas ainda maiores do que as minhas porque ele já tinha chegado perto de estar em um relacionamento tantas vezes e aí quando aconteceu, eu acabei estremecendo uma coisa que ia bem com essa paixonite pelo Namjoon. Mesmo que o Seojoon já soubesse da existência dela, eu me senti mal por ter decepcionado ele.

- Você não precisa sempre agradar as pessoas, Jungkook. Às vezes você precisa fazer algo por você, e na última sessão nós conversamos sobre como o que você sentia pelo Namjoon já estava grande demais, não foi?

- É, eu sei... mas doeu, mesmo assim. Eu gosto muito do Seojoon. Gosto não, acho que eu o amo mesmo, de verdade. Só que eu não queria ficar sozinho alimentando aquela dor, aí chamei o Yoongi e o Jimin pra irem lá em casa e a gente jogou banco imobiliário a noite inteira.

Beatriz assentiu com um leve sorriso.

- Aprendi aqui que os meus amigos me ajudam muito.

- Que bom, Jungkook.

- Foi divertido, - continuou a explicar suas conclusões - e também me deu a chance de entender um pouco melhor sobre como eles lidam com esse tipo de coisa na relação deles.

- Que tipo de coisa?

- Ciúmes, outras pessoas entre um casal, os compromissos deles.

- E o que você aprendeu?

- Ah, eles são tão abertos e maduros. Eu fiquei realmente admirado pelo jeito que eles falam sobre os sentimentos e lidam com as coisas. E eles até me contaram sobre uma experiência que eles tiveram. No fim o que eles viveram com um terceiro cara nem chegou a dar certo, mas acho que consegui entender o principal: eles estão dispostos a tentar e a conversar sobre o que sentem. E, claro, às vezes as coisas dão certo e às vezes as ideias só dão certo na cabeça mesmo, na realidade dá tudo errado.

Longe da razão, perto do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora