Todas as músicas que ainda hei de ouvir

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Oi leitores amores!

Eu esqueci de ver se era isso que vocês preferiam mesmo: que eu lançasse os capítulos novos à medida que fossem ficando prontos ou se vocês preferiam deixar uma data certinha pra lançá-los.

Vou deixar esse capítulo aqui pra vocês, independente do que vocês preferirem, mas se puderem, comentem aqui me dizendo o que vocês preferem.

~~ Vou aguardar as respostas de vocês pra lançar a próxima atualização, ok?

E claro, se passou por aqui, VALORIZE SUA FANFIQUEIRA LOCAL: deixe um comentário! Votinho é básico, mas um "Oi, tá ótimo" sempre é bom. Se preferirem, usem #terapiacomjungkook pra eu seguir a opinião de vocês.

Boa leitura!

Anna Carolina

***

Jungkook estava se precipitando. A psicóloga tinha pedido pra ele pensar em um presente. Mas ele já estava fazendo. É que a ideia de presentear Namjoon com suas músicas favoritas em um CD parecia tão boa.

Mais cedo, o outro havia postado uma sequência de stories no instagram. O sol iluminava o quarto cheio de pilhas desordenadas de livros. Na imagem, as mãos delicadas de Namjoon abriram a caixa com um CD. Na capa, o perfil de um homem usando um chapéu azul e alguns colares de contas. No próximo trecho, ao som de uma voz masculina suave, Namjoon aguava suas plantas. "Bom dia!" Era a única frase escrita sobre os curtos vídeos. A música era familiar, mas Jungkook precisou recorrer ao Google pra saber exatamente o nome dela.

Trem das cores. Caetano Veloso.

Abriu o Spotify, conectado à sua TV, e deixou cada nota da música calma tomar a sala, copa e cozinha de seu pequeno apartamento. Seus olhos se fecharam, e ele se transportou para o mesmo cenário que havia visto no instagram um minuto antes. Imaginou-se deitado na cama que aparecia ao fundo dos vídeos de Namjoon, acordando ao som daqueles acordes. Ele veria, pela porta aberta que dava para a varanda, o homem que o encantava em suas roupas confortáveis, descalço sob o sol da manhã dourando sua pele, nutrindo as plantas que ele cuidava com tanto cuidado. E aí ele sorriria para Jungkook ao notá-lo acordado e viria beijá-lo, quente de sol e de amor.

Com um suspiro, Jungkook abriu os olhos. Podia pensar em Namjoon exatamente como a música descrevia. Cabelo preto, explícito objeto, castanhos lábios e pra ser exato, lábios cor de açaí. Com as últimas notas, pensou em todas as músicas que Namjoon já havia mencionado nas suas redes sociais. Eram tão boas!

Jungkook começava a gostar delas, mesmo que por conta própria jamais pensasse em um dia ouvi-las. Jungkook até ouvia as músicas que tocavam na rádio, as da moda, as que eram comentadas pelas pessoas e conhecia um ou outro funk que ouvia nas festas que frequentava, tentando se enturmar. No fim das noites, durante todo o seu ensino médio, ele e sua melhor amiga sempre acabavam no quarto dela ouvindo coisas completamente diferentes da maioria dos colegas da escola ou do gosto de Namjoon: bandas de rock e alguns pops mais melódicos. Os dois gostavam de cantar juntos, já que os pais da amiga estavam sempre ausentes e ela ficava sob a supervisão do irmão mais velho dela, que vivia com o som alto pra ficar mais à vontade no quarto ao lado com a namorada. Então, podiam ouvir música na altura que quisessem e ainda cantavam a madrugada inteira no karaokê.

Foi numa dessas noites, conversando sobre o fim do ensino médio e suas expectativas para a faculdade que Nina disse que sua primeira providência ao sair da casa dos pais para fazer faculdade fora seria arrumar um namorado. Ela logo perguntou se Jungkook pretendia arrumar uma namorada, o que o deixou completamente constrangido e vermelho. Esta reação fez com que a garota começasse a interrogar porque estava daquele jeito.

Longe da razão, perto do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora