Você me deixa a rua deserta

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Oi meus amores!


Não vou falar muito sobre o capítulo, mas tem uma conversa séria com Namjoon sobre os últimos acontecimentos. Como é que nosso menino Kookie vai se sair, heim?


Lembra que eu falei da playlist? Se tem alguma música que vem na sua cabeça quando você pensa nessa história, nesse JK, nesse Namjoon, nessa confusão toda, me fala qual é? Vou acrescentar todas à playlist que eu já comecei a montar.

Boa leitura e não esqueçam de votar e me deixar MUITOS comentários. A autora ama!

Até semana que vem,

~Anna

***

Jungkook ouviu batidas na porta de madeira e logo pensou que poderia ser Seojoon, voltando da farmácia um pouco rápido demais. As cópias das chaves que havia emprestado a ele estavam sobre a mesa, o mais velho provavelmente as esqueceu em meio a distração dos beijos que ganhou de Jungkook, antes de fechar a porta e sair. Então talvez ele tivesse voltado para buscá-las. Com essa ideia em mente, o Jeon nem se deu ao trabalho de fechar a camisa de flanela xadrez, abriu a porta.

Arrependeu-se de não ter fechado a camisa, pois se sentiu nu ao ver quem era a pessoa que havia batido em sua porta. Fez o melhor que pôde para cobrir o peito com o tecido da camisa, mas as pernas ainda estavam expostas pelo short curto e confortável que vestia.

Era estranho ter seu corpo observado — com certa surpresa — por aquele par de olhos castanhos. Sentia-se completamente despido embora não houvesse nenhuma maldade aparente naquele olhar. Mas era daquele modo que costumava se sentir quando estava sob a luz dos olhos de Namjoon. Nem o próprio parecia esperar que veria Jungkook tão à vontade, mesmo que aquela fosse a casa dele.

Alguns instantes depois da surpresa, a expressão de Namjoon foi se desmanchando em um sorriso sem forças. Mesmo fracas e rasas, aquelas covinhas ainda tinham o poder de desarmar Jungkook.

O sorriso de Namjoon não parecia espontâneo. Jungkook podia ler cada expressão do outro muito bem, sem sequer tê-lo estudado profundamente. Parecia um dom natural mas talvez fosse também o excesso de tempo que havia dedicado a encará-lo repetidamente nas telas em que aquela obra de arte se exibia. Os lábios de Namjoon se torceram diplomaticamente, mostrando os dentes com hesitação, e podia imaginar o porquê daquela expressão, mas não as razões para que Namjoon batesse em sua porta.

Jungkook não conseguiu forçar um sorriso de volta, apenas sentia novamente raiva e mágoa que já até havia esquecido que sentiu de Namjoon. Não eram sentimentos fervorosos e eles se manifestavam no travar de sua mandíbula. Era difícil ter raiva do outro, ainda mais vendo aquela tristeza estranha no modo como ele se portava também.

- Oi - disse, enfim olhando nos olhos de Jungkook - eu precisava falar com você.

O tom de voz era claramente triste, desanimado, fazendo o mais novo franzir as sobrancelhas.

Por que Namjoon precisava falar com ele?

Não trocaram mais palavras. Jungkook abriu toda a porta, enfim, e Namjoon apenas deu um passo à frente, deixando espaço em cada movimento para que Jungkook o parasse, se desejasse. Jungkook indicou o sofá onde, minutos antes de abrir a porta, estava lendo um artigo sobre Sociologia Geral e da Comunicação. Tirou a cópia do artigo e uma pasta onde guardava os textos daquela disciplina da faculdade de cima do sofá e levou-as até a mesa da copa, conjugada com a sala.

Na TV que Seojoon assistia antes de sair, uma competição de natação estava sendo exibida no volume baixo. Jungkook nem havia notado que Seojoon havia deixado aquela marca de sua presença na casa, e de repente começou a notar todos os vestígios em seu apartamento, que só pareciam se destacar agora que um outro Joon também decorava o cômodo com a sua presença.

Longe da razão, perto do coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora