Lembranças de um passado esquecido

O Príncipe e a Mulher Esmeralda

5 anos mais tarde…

Madeline acordava em sua cama, com muita preguiça de se levantar para trabalhar. Mas era preciso, afinal, finalmente havia conseguido voltar a exercer a profissão que mais amava: a medicina. Era bem cedo e o sol quase começava a despontar ao longe, mal iluminava o quarto onde ela se encontrava. A mulher se espreguiçou e se virou de lado, esticando seu braço para abraçar o noivo. Porém encontrou o espaço ao seu lado na cama vazio.

– Cadê esse elfo? – a mulher diz, enquanto se levantava da cama. Ao chegar na cozinha, não conseguiu segurar a risada.

Loki não estava acostumado a cozinhar, raramente ele tentava aprender a fazer algo, mas sempre dava muita coisa errada. Madeline sempre se divertia quando o observava fazendo essas coisas, pois ele fica irritado facilmente e sempre se suja todo. Dessa vez não era nada diferente.

Apenas com uma calça jeans preta, Loki estava na beira do fogão, tentando usar a frigideira para fazer panquecas. Madeline conseguia sentir um cheiro de queimado, porém nada muito forte. Quando o homem ouviu a risada da noiva, ele se virou e ela acabou rindo ainda mais, por conta da feição dele. Assim como ela já imaginava: vermelho, com o cenho franzido e a boca fechada fortemente. Ele apenas revirou os olhos e voltou a se concentrar nas panquecas.

– O que deu em você de cozinhar hoje? – a mulher diz, chegando mais perto dele.

– Queria tentar fazer algo para você. Mas não tá dando nada certo! – ele quase grita, batendo a frigideira no fogão.

– Uou, só não destrói a minha cozinha, por favor. – Madeline o repreende, pegando o utensílio de sua mão. – Deixa que eu termino, vai arrumando a mesa. – ela pede, o beijando os lábios antes de assumir seu lugar. Loki ia quase saindo para pegar os pratos no armário, quando Madeline o puxou pela barra da calça, o beijando novamente, colocando uma mecha dos cabelos compridos do noivo para trás da orelha. – Obrigada pela intenção. Te amo, príncipe. – ela diz, com um pequeno sorriso. Ele faz o mesmo e responde:

– Também te amo, minha rainha. – ele dá mais um selinho e vai arrumar a mesa.

Madeline terminou de fazer as panquecas e os dois tomaram seu café da manhã juntos, como faziam todos os dias desde que passaram a morar juntos.

– Loki, eu estava pensando em algo sobre o nosso casamento… – Madeline começa a dizer, quando quase terminava de comer. Loki continua comendo, mas sinaliza com o olhar para que continuasse. – Eu estava vendo alguns vestidos ontem e depois eu comecei a ver inspirações asgardianas para ele e me veio uma ideiazinha. – ela diz, com um sorriso meio sapeca, que fez o noivo a encarar e balançar a cabeça.

– O que é que está aprontando, Madeline? – ele questiona.

– Porque não fazemos nosso casamento temático? Tipo, "Casamento em Asgard"? – ela diz, se empolgando. – Ia ser legal! E eu desenhei um vestido tão perfeito!

– Você sabe que eu não sou, exatamente, de Asgard, não é? – ele a pergunta, com o cenho franzido.

– Eu sei, eu sei. Mas é que eu gosto dessa mitologia, não tão mitologia, já que meu noivo é o Loki, deus da trapaça. – ela responde, brincalhona. Loki não consegue segurar um pequeno sorriso. – E eu já te falei do vestido? Ele é tão lindo, príncipe!

– Deixa eu ver esse vestido. – ele pede. Madeline quase sai correndo pegar o desenho e, com um grande sorriso empolgado, ela o mostra.

Loki ficou muito surpreso quando viu aquela imagem. Era o vestido com que ele sonhou quando acordava naquele beco, o mesmo que viu em seu sonho no antigo apartamento de Madeline.