A morte como deve ser?

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Tanto Madeline quanto Ivanoff se surpreenderam com a chegada de Loki. Nenhum dos dois imaginava que ele conseguiria sair daquela cadeira de força. Mas ele o fez e chegou a tempo de receber toda a carga dos raios, ficando em frente a Madeline, tentando protegê-la da melhor forma que conseguia.

– Loki, não! – Madeline gritou, surpresa e assustada. Não sabia o que poderia acontecer com o asgardiano recebendo toda aquela radiação, principalmente estando sem os seus poderes. A força dos raios era tão alta que clareava o local inteiro e começava a abrir fendas pelo corpo de Loki, que brilhavam com a luz.

Por instinto, ao ver o quanto Loki estava sofrendo para mantê-la a salvo, Madeline começou a se transformar. Enquanto seu corpo aumentava de tamanho, as algemas que a mantinha presa e a cadeira que estava sentada começavam a quebrar e ser destruídas.

– Madeline… – Loki tentava falar com a pouca força que lhe restava. Ao seu ver, ela não deveria tentar ajudá-lo e sim aproveitar e ir embora daquele lugar. E se ela se transformasse e Ivanoff tentasse direcionar os raios para ela? Só queria vê-la sã e salva. – Vá… Embora.

– Eu não vou te deixar! – a mulher gritou, com a voz mais forte, em meio a sua transformação. Quando ela finalmente terminou de se transformar, rapidamente foi em direção a Loki, o retirando da frente dos raios e, em seguida, para a máquina e começou a destruí-la, com uma raiva e determinação que os dois ali naquele local nunca haviam visto.

Em meio a toda aquela situação, Falcão e o Soldado Invernal entravam no local, presenciando a cena.

– Maddie! MADDIE! – Wilson gritou, tentando chamar a atenção da mulher, que ainda tentava destruir a máquina. Madeline não percebeu, mas aquele aparelho estava prestes a explodir. – MADELINE, VAI EXPLODIR! PRECISAMOS SAIR DAQUI!

Madeline percebeu quase tarde demais. Falcão havia conseguido ajudar Loki a se levantar e ele e o Soldado o carregaram para fora do local. Já a mulher, saiu correndo, pegando Ivanoff no caminho e o levando com ela. Em poucos segundos deles já estarem a uma distância um pouco segura, a sala explodiu.

Todos estavam caídos no chão, se protegendo da explosão. Ivanoff foi um dos primeiros a se levantar e gritava ensandecido com o que Chadwick havia feito e pelo o que ele considerava um ato de heroísmo de Loki.

– Vocês estragaram tudo! Destruíram meu laboratório inteiro, seus desgraçados! Vocês vão pagar! Vocês vão pag… – Barnes, que chegou calmamente perto de Ivanoff, deu um soco em seu rosto e o nocauteou.

– Cala essa boca, seu babaca. – ele diz, olhando para o homem caído no chão.

Madeline não ligava para nada do que acontecia em sua volta. Assim que sua consciência voltava à normalidade, a primeira coisa que fez foi correr até Loki, que estava nos braços de Sam, que tentava ajudá-lo ou ao menos deixá-lo acordado até os paramédicos chegarem. A mulher, que ainda estava transformada, voltava a sua forma natural enquanto tentava chegar até Loki. Quando ela chegou até ele, em seu tamanho normal, o tirou dos braços de Sam e o segurava com força, como se apenas aquele ato fosse fazê-lo ficar vivo.

– Loki. Loki, está me ouvindo? Você vai ficar bem, está me entendendo? – ela dizia, emocionada, enquanto apenas recebia um olhar pouco focado do asgardiano. Madeline segurou seu pulso e percebeu que seus batimentos estavam bem fracos, o que não era nada bom. Ele mal reagia a suas interações e suas feridas, causadas pela radiação da máquina de Ivanoff, sangravam muito, principalmente as do tórax, onde ele recebeu mais intensamente. – Sam, acha alguma coisa para a gente estancar o sangramento dele, por favor.

– Madeline... – Wilson tentou começar a falar algo, pois ele sabia que, por conta de tantos ferimentos, as chances de Loki sobreviver eram minúsculas, seria um milagre se isso acontecesse. Mas Madeline não deu chances.

Lembranças de um passado esquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora