Lembranças de um passado esquecido

Poderes

Depois de receber a ligação de Ivanoff, Madeline recebeu o endereço que deveria ir e ficou caminhando de um lado para o outro dentro de seu quarto, pensando no que poderia fazer, de forma que ela conseguisse ir sozinha para o lugar, mas pudesse avisar alguém para ir ajudá-los. Mas ela não tinha muito tempo, precisava ir antes que fizessem mais alguma coisa com Loki.

Quando saía de seu quarto, acabou dando de cara com Sam, que provavelmente estava indo vê-la e checar como ela estava. Sam franziu o cenho, estranhando a pressa da mulher ao sair de seus aposentos.

– Maddie, tá tudo bem? Onde você tá indo? – ele pergunta, segurando a garota pelos ombros. Madeline não sabia o que fazer, queria contá-lo, porém sabia que Mikhail tinha agentes infiltrados e, naquele momento, algumas pessoas estavam ao seu redor, não saberia dizer se algum deles eram ou não.

De repente, uma ideia surgiu em sua mente.

– Eu só vou dar uma volta. Sabe, esfriar a cabeça. – ela disse. Sam concordou com a cabeça. – E não se preocupe, eu estou bem. 

– Tem certeza? – ela concorda. – Quer companhia?

– Não precisa. – ele concordou e, antes de sair dali, deu um beijo na testa de Madeline. – Sam, pode me fazer um favor?

– Claro. O que é? – ele pergunta.

– Pode avisar o Nick para mim? Ele disse para mim avisar sempre que saísse. Já que você está indo na direção do escritório… 

– Tá bem, eu aviso, sim. 

– E fala que ele me deve uma dança. – Sam franziu o cenho novamente, dando um pequeno riso, estranhando a frase nada usual.

Desde que Fury passou a ser responsável por Madeline, ele fez de tudo para deixá-la segura e a ensinou tudo que podia para isso também. Quando ia em algumas pequenas missões para a SHIELD, era Fury que sempre comandava e, certa vez, precisaram criar um código secreto. Uma frase que significasse um aviso, mas que apenas os dois soubessem o seu sentido. Depois daquele dia, os dois sempre usavam a frase nos momentos em que precisavam.

Além disso, apesar da insistência de Fury em negar, Madeline sabia muito bem que existia um rastreador em seu organismo, que o agente acreditava ser uma maneira de saber se ela está a salvo. 

No entanto, fazia muitos anos que Madeline não participava de missão nenhuma ou precisou usar a frase, nem sabia se Nick lembraria do código. Teria apenas que confiar e esperar que tudo desse certo no fim.

Madeline se dirigiu a garagem do local e pegou uma moto que tinha por ali. Por sorte, o dono esqueceu a chave, o que já economizou certo tempo. Ela vestiu o capacete e foi em direção ao endereço que recebeu.

Pelo caminho, Madeline pensava em Loki, se ele estava bem, se ainda faziam algo contra ele. Por mais que odiasse admitir, ela se preocupava com ele e claramente não queria que qualquer coisa acontecesse com o asgardiano.

Como qualquer outra pessoa em desespero e em uma situação dessas, começou a se sentir culpada. Talvez, se ela tivesse o deixado entrar e conversar, ele não teria saído e não teria sido sequestrado. Mas de nada adiantava pensar naquelas coisas no momento, o importante era se focar e trazer ele de volta. Era tudo o que queria.

Quando Madeline chegou no endereço dado a ela, a mulher ficou um pouco confusa e curiosa. O local era um prédio praticamente destruído, abandonado, que nem de longe parecia ser um esconderijo. O que a fez pensar que na verdade era uma emboscada.

E ela estava completamente certa.

Não demorou muito para que alguns capangas de Ivanoff chegassem no local e a atacassem, tentando levá-la até seu chefe. Madeline lutava com todas as suas forças e, até pensou em se transformar, mas com toda a raiva que sentia naquele momento, preferiu evitar, já que poderia perder o controle. Eram muitos homens e ela era atacada por todos os lados, quando de repente sentiu uma forte pancada na cabeça que a deixou tonta, mas ainda acordada. Cambaleando, ela se virou para ir em direção ao homem que a bateu, com o que ela percebeu ser uma viga de madeira, mas foi atingida novamente e, dessa vez, acabou desmaiando.