My Sister's Fiance ; Minsung

um desejo;

— Eu preciso de bolo de chocolate.

E por mais estranho e engraçado que parecesse, aquela fora a primeira frase de Jisung depois de ter acordado pela manhã, ainda encarando o telhado da sua casa. Sem saber de onde vinha aquela vontade avassaladora de comer o doce, ele desceu a escadas de casa após ter jogado uma água no rosto, chamando a mãe por todos os cômodos para perguntar se ela podia mimá-lo com o que queria, mas aparentemente ela não estava em lugar nenhum.

— Onde essa mulher se meteu? Eu estou com fome. — Bateu os pés como uma criança enquanto seu estômago roncava de fome e nada do que tinha nos armários parecia o agradar, o bendito só clamava pelo bolo, de preferência recheado, mesmo que fosse doce demais para comer as sete da manhã.

Decidiu que faria sua busca agora pela geladeira cheia de temperos velhos e, como em uma miragem, lá estava ele. Parecia iluminado pelos deuses bem no meio da grade central, com dois andares de massa e partes grossas de recheio, além de cobertura em grande quantidade que chegava a escorrer pelos lados do prato. Era tudo que Jisung precisava para a sua vida naquele momento e sem nem saber de quem era já foi comendo, saboreando cada pedacinho daquela imagem do céu enquanto se sentava no chão sem motivo nenhum.

— Ei, por que você está comendo tanto doce à essa hora? — Sua mãe apareceu na porta da cozinha reclamando consigo, tentando tirar o prato de suas mãos. Mas era óbvio que ele não a deixaria fazer tal coisa.

— Ah, então agora a margarida aparece? Quando eu estava morrendo de fome a senhora não apareceu.

— Não apareci porque estava ocupada, mas o café da manhã estava pronto em cima do armário. Não era pra ficar se entupindo de chocolate. — O loirinho deu os ombros.

— Estava com vontade de comer bolo, dai eu acordei e ele estava aqui, que culpa eu tenho? Aliás, obrigada por comprar.

— Não fui eu que comprei, foi o Minho.

Por um instante ele deixou de comer, observando a sobremesa bonita que agora lhe parecia meio estranha. Não que tivesse tanta raiva assim de Lee a ponto de não comer algo que ele havia comprado, não tinha raiva dele na verdade, porém faziam dois meses que estava empenhado em ignorá-lo totalmente para acabar com aquela relação sem sentido que começaram e ceder aos mimos de Minho era um sinal de derrota, ao menos para ele.

— Ele passou aqui hoje de manhã e deixou essas fatias, disse que tinha comprado um bolo inteiro e que era muito para ele e principalmente para a Jisoo que está dieta nesse último mês antes do casamento deles. — Em algum momento da conversa ele parou de prestar atenção, estava tonto e seu estômago traiçoeiro que tanto pedia o doce de chocolate parecia prestes a colocá-lo para fora. — Jisung, você está bem? — Negou, sentindo o típico 'gosto azedo' nos cantos da boca.

— Eu acho que vou vomitar.

Só teve tempo de sair pela porta da cozinha que dava no quintal de casa antes de despejar até mais do que achava que tinha comido, sentindo-se mal até o último fio de cabelo.

— Por deus, você está bem? — A senhora seguiu seu caminho para o lado de fora da casa e fez um carinho singelo no rosto pálido do filho apoiado na parede.

— Eu já... Já estou melhor. — Insistiu em dizer mesmo que estivesse enjoado, perdendo aos poucos o foco de visão até que ela ficasse totalmente escura e consequentemente ele perdesse os sentidos.

[•••]

— Acha que precisamos levar ele no hospital?

Em algum lugar da sua mente acordada, Jisung conseguia ouvir a voz de sua mãe bem de longe. Aparentemente estava dormindo, mas conseguia reconhecer que estavam conversando perto de si.