uma mudança definitiva;

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— Pai, por favor não fica bravo, eu juro que posso explicar.

— É exatamente isso que eu quero que faça, pode se sentar se quiser, eu não tenho pressa. — Se acomodou pessimamente na poltrona, estranhando toda a situação por conhecer bem o homem ali presente e saber que sua calma era falsa. — Pode começar.

— Aliás, o que eu deveria começar a explicar se o meu cunhado querido te contou sobre tudo? Vocês já sabem que eu estou esperando um filho, acabaram de conhecer o pai dele, o que eu deveria falar agora?

— Sobre o que você e aquele Alfa estranho que veio aqui vão fazer. Você ao menos vai morar com ele, não é?

— Não, eu vou me virar sozinho porque não quero envolver o Chan nisso. — O riso que ouviu do pai foi suficiente para que estremecesse por completo.

— Vai se virar dentro da casa dos seus pais, sendo sustentado por mim? Porque, aparentemente, é isso que vai acontecer ou você realmente acha que vai conseguir algum emprego sendo um ômega solteiro esperando um filho? Por deus, em que mundo você vive?

— Chega de sermão, ta bom? Eu já entendi! Sei que não vai ser um conto de fadas em que eu vou arrumar um ótimo emprego e uma casa gratuita, mas eu quero tentar. Eu errei uma vez e quero a chance de aprender com os meus erros, não é porque eu sou um ômega que eu preciso depender de um alfa para sempre!

— Então se quer viver sozinho, vá. Por que ainda está aqui se é tão independente? Saia pelo mundo, tente! Pelo menos assim vai aprender que a vida não é um livro em que tudo simplesmente dá certo para todo mundo. — Ele saiu da sala, deixando para trás o loirinho atônito tentando entender se aquilo havia sido uma expulsão ou não, assim como sua mãe. Demorou um pouco até que se revoltasse a ponto de se levantar, tinha ficado esperando que ele voltasse e dissesse que tudo não passava de uma brincadeira ou de um estresse de momento, porém nada aconteceu e Han percebeu que continuar ali seria insustentável. Conhecia seu pai o suficiente para saber que se houvesse um momento para voltar atrás seria apenas aquele, pois ele era orgulhoso demais para pedir perdão depois de horas passadas.

Jisung nunca teria imaginado há duas semanas que agora estaria em seu quarto jogando as poucas roupas que tinha dentro de uma mochila que nem planejava usar mais para ir para sabe-se deus onde.

— Precisa de ajuda? — O choro que segurava a todo custo na garganta se desprendeu sem sua permissão, contrastando com sorriso que exibiu ao se virar para o cunhado que vagarosamente invadia seu cômodo.

— Para sair de casa? Não, eu posso sair com as minhas próprias pernas.

— Jisung, me desculpa de verdade. Eu fui impulsivo, contei o que não devia, estava totalmente errado! Por favor, me perdoa.

— Perdoar por quê? Você não errou Minho, o errado fui eu. Eles iram descobrir de qualquer jeito não é? Obrigado por ter adiantado a minha saída de casa. — Virou-se de costas para o Alfa, ouvindo o suspiro vindo por parte deste.

— Eu sei que você não está falando sério e não vai me perdoar nunca, mesmo que eu diga que foi por impulso ou porque o meu lobo tem ciúme de você com aquele teu alfa. — Citou com certa repulsa na voz.

— Não coloca a culpa no lobo, porque ele não tem nada a ver com o fato de você ser um idiota. Lobos são ingênuos. — Fora sua vez de suspirar, sentido o peso da própria frase por saber que seu ômega era puro o suficiente para ainda sentir afeto por aquele alfa bobo. — E você é um babaca que estragou a minha vida. Sei que já falei várias vezes para me esquecer e você me ignorou como sempre faz, mas, por favor, Minho nunca mais olhe para mim de novo.

— Sungie... — Era tarde quando tentou contestar, o garoto mais novo já havia saído do quarto levando a mochila pesada nas costas e pouca coisa nas mãos, provavelmente tinha se esquecido de coisas importantes que voltaria para buscar quando seu pai não estivesse em casa, mas por agora era aquilo.

My Sister's Fiance ; MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora