Pressão Familiar e o início do pesadelo

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Por Cloe Smith - semana após a agressão

Depois do caos devido ao encontro inesperado com o Can, estava em paz, me encontrava no meio de uma escuridão e isolamento. Não sentia dor, preocupação e medo por não acatar as vontades do meu irmão ou até mesmo tentar agradar alguém para entrar no ciclo de amizades. Mas essa paz durou pouco (menos era isso que sentia), a realidade aos poucos estava se aproximando e mandando embora a paz que sentia substituindo por dores em todo meu corpo como se tivesse sido atropelada.

Na medida que recuperava a consciência, as lembranças do Can me batendo como se eu fosse um saco de pancadas vinha à tona. Angústia vinha subindo pela garganta com lágrimas mas não queria deixar ninguém ver ou souber que estava acordada, minha vontade era sair às escondidas do hospital e sumir dessa cidade e começar do zero em outro lugar. Doía só de pensar em abrir mão de algumas amizades e até mesmo do Kory, mas meu desejo maior nesse momento era desaparecer e esquecer tudo que fiz e passei nesses últimos meses.

Já estava quase cem por cento desperta quando ouvi as vozes nos corredores, alguém estava discutindo no corredor, o nó na garganta veio quando reconheci e compreendi o que estavam discutindo.

Sr.Smith: Não acredito que estou ouvindo isso de você. Brenda só pode estar ficando louca!

Sra.Smith: Não podemos mais agir como se estivesse tudo normal com nosso filho, temos que deixar ele pagar pelos seus atos. Sugerir um tratamento psiquiátrico como forma para pagar a penalidade. Cesar ele quase matou a própria irmã, nossa filha! Nós como pais deles temos que protegê-los e passando a mão na cabeça do Can nao ira ajuda-lo.

Sr.Smith: Estou protegendo o meu filho, não podemos deixar que seja preso isso irá atrapalhar ele nos estudos e profissional. Temos que conversar com ele, podemos até tentar convencê-lo a procurar uma ajuda profissional.

Sra.Smith: Assim como fizemos quando ele se descontrolou depois do término com a namorada e com direito a uma restrição policial?! Não podemos cometer o mesmo erro.

Num tom de ameaça, Sr.Smith olhou para ver se alguém estava se aproximando e pressionou a Sra.Smith na parede do quarto próximo a Cloe que ainda estava fingindo que dormia.

Sr.Smith: Eu ainda sou o homem da casa e não vou permitir que faça queixa contra meu filho, eu que pago as contas e põe comida e te dar toda sua mordomia. Você por acaso se esqueceu disso ou precisa de uma ajuda para lembrar?

Não podia continuar fingindo que não tinha acordado, pelo rumo da conversa daqui a pouco outro membro da família iria precisar de cuidados médicos. Como está sendo monitorado meus batimentos cardíacos devido a minha preocupação, a máquina começou a emitir um alarme já que meu coração estava acelerado. Dois minutos depois a enfermeira entrou no quarto fazendo meu pai se afastar da minha mãe e me examinar, quando ela foi verificar meu pulso, abri meus olhos para mostrar que estava acordada.

Enfermeira: Oi Cloe meu nome é Cibele, trabalho no Hospital de Boston. Como está se sentido?

Cloe: Estou um pouco confusa e com dores no corpo. Quanto tempo estou aqui?

Cibele: Quase três dias inconsciente, vou chamar o médico para te analisar e ver qual medicação para dor que posso aplicar em você, com licença.

Cloe: Obrigada.

Assim que a enfermeira deixou o quarto meus pais se aproximaram da minha cama, vamos lá para o segundo round. Já que o primeiro foi a três dias com o Can.

Sra.Smith: Oh minha filha que susto nos deu, fala para mamãe com esta realmente se sentindo e que posso fazer por você.

Sr.Smith: Deixa de ser fresca mulher não ouviu ela falando que está com dores no corpo? Temos que conversar com ela outro assunto mais importante antes que o médico avise a polícia.

Barraca do Beijo - após casa da praia - REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora