Kory é amigo ou inimigo?

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Por Cloe Smith

Sinceramente não sabia que era menos pior na minha noite de sábado na praia de Santa Mônica. Se era a dor no queixo que sentia, os olhares de poucos amigos da parte do pessoal de Santa Monica ou as piadas que meu irmão Can fazia devido nosso espetáculo.

Até então só queria ajudar o meu irmão se vingar do Noah, mas depois dessa noite passou para o pessoal. Me senti humilhada por ela ter esnobado o interesse que o Kory tinha por ela e nao por mim. Nao tive nem paciência em esperar a turma ir embora peguei as chaves do carro do Can e fui embora, minha raiva era tão grande que o efeito do álcool já tinha evaporado.

Quando estava saindo do local da festa ouvi as meninas me chamando mas nem dei ouvido queria sumir o mais rápido possível, olhei rapidamente e notei que o Kory também me observava mas não dava para ver se era raiva ou pena devido a situação que arranjei.

Desde pequena sempre fui interessada pelo Kory, nós éramos bastante próximos e tive muito cuidado em expressar meus sentimentos por ele por medo de ser rejeitada e perder a amizade por ele. Como estava dois anos a frente dele na escola acabei conseguindo uma bolsa em Harvard e ele se mudou para Los Angeles e acabamos nos afastando.

Se tinha alguma chance com ele devido a esse espetáculo que dei hoje foi tudo por água abaixo, aquela pirralha vai se ver comigo. Cheguei em casa fazendo o mínimo de barulho para minha mãe não ver meu rosto, tudo que quero agora é tomar um banho e esquecer que aconteceu hoje e ver como darei o troco.

Acordei com minha mãe batendo na porta do meu quarto para tomar o café, parece que nem tive noite pois passou muito rápido. Respondi a ela que daqui uns quinze minutos desceria, fui para o banheiro realizar minha higiene matinal quando olhei para o espelho vi que não estava tão ruim como me sentia. Não tinha marcas de arranhões mas em compensação estava um arroxeado entre a bochecha e o queixo, quando ia xingar a porta do quarto se abriu e vejo o Can entrado.

Can: Bom dia maninha!

Olhei para ele de poucos amigos, minha vontade era de estrangular aquele sorrisinho debochado que estava: O que tem bom? Porque até então não tenho nada de bom, veja como está meu rosto, como vou justificar para mamãe ao ver isso.

Can: Pelo visto a baixinha tem a mão firme kkk

Cloe: Você veio aqui para torrar o resto da minha paciência? Se foi vaza daqui agora!

Can: Calma aí Cloe kkk quem bateu em você foi a Elle e não fui eu kkk

Cloe: Mas você tem uma parcela de culpa nessa história.

Can: EU?! Não tenho não, eu apenas lhe sugeri para provocar ela e não ir para via de fatos.

Cloe: Esquece, que você quer afinal?

Can: O Kory me pediu para avisar que virá aqui mais tarde para conversar com você.

Cloe: O Kory?! Que diabos ele quer comigo?

Can: Eu perguntei para ele mas não quis me dizer.

Aposto que virá para me dar lição de moral devido ter brigado com a queridinha dele, já não bastam as dores no corpo e ressaca vou ter que aguentar isso também. Fui tomar café com a minha mãe queria aproveitar a companhia dela pois mais tarde iria voltar para Boston, claro que o rosto roxo não iria passar despercebido falei que foi uma bolada que levei no jogo.

Fui para meu quarto arrumar a mala e deixar umas roupas em casa e pegar outras. O Kory apareceu em casa logo após o almoço, me chamou para irmos a uma sorveteria, o trajeto todo ficou em silêncio e eu não sabia como quebrar o silêncio. Quando estávamos sentados na praça ele deu início a conversa.

Barraca do Beijo - após casa da praia - REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora